ELIZABETE
Aconselho que se dê uma aturada vista de olhos ao filme «Elizabeth», estreado nas salas de cinema nacionais há cerca de duas semanas.
É certo que se verifica aí a presença de um certo maniqueísmo primário, com a heroína da história a ser vista como detentora de virtudes não só da ética mas também do intelecto (até fala fluentemente Alemão), enquanto o Espanholame todo é genericamente representado como uma cambada de beatos fanáticos (o que até nem era grande mentira, mas enfim) sem qualidade alguma; mas tal representação cinematográfica, de certo modo compreensível (cada qual puxa a brasa à sua sardinha, e o filme é feito por Anglo-Saxónicos), e que nem sequer tem, que eu tenha notado, qualquer falsificação histórica, é perfeitamente compensada pela qualidade do argumento e da excelência com que apresenta a figura de uma monarca que lutou pela Liberdade da sua Pátria contra a arrogância e beatice de um inimigo que, arquétipo do império espiritualmente opressor e totalitário, queria vergar os filhos de Hengist e Horsa aos ditames da «Santa» Inquisição.
Merece destaque a actuação da actriz Cate Blanchett, esplendorosa no papel de Elizabeth, cuja voz vibra com épica e majestosa elevação, tanto quando responde altivamente aos emissários de Castela, como quando, na tradição das rainhas guerreiras do norte europeu, enverga armadura e galvaniza as hostes britânicas para resistirem à chamada «Invencível Armada» que se preparava para invadir a Inglaterra, mas que, por maior fortuna dos Ingleses e da Liberdade, foi destroçada por providencial tempestade, pela perícia dos marinheiros ingleses e pela fúria do mar setentrional.
Merece destaque a actuação da actriz Cate Blanchett, esplendorosa no papel de Elizabeth, cuja voz vibra com épica e majestosa elevação, tanto quando responde altivamente aos emissários de Castela, como quando, na tradição das rainhas guerreiras do norte europeu, enverga armadura e galvaniza as hostes britânicas para resistirem à chamada «Invencível Armada» que se preparava para invadir a Inglaterra, mas que, por maior fortuna dos Ingleses e da Liberdade, foi destroçada por providencial tempestade, pela perícia dos marinheiros ingleses e pela fúria do mar setentrional.
6 Comments:
Este filme foi feito por um Indiano.
Viva o multiculturalismo!
Me liga, vai!
http://www.escortportugal.com/ver_ficha.php?id=4105&nick=INDIA%20AMAZONICA
Oh candongueiro e mais não sei quantos nicks, não tens piada nem argumentos, por isso já bazavas daqui. Vai fazer algo de útil, já que aqui não convences ninguém e quando puxas de argumentos és sempre batido.
Quanto ao filme, esse império da beatice e não sei que mais foi o mesmo que salvou a Europa em Lepanto. Prejudicou Portugal (utilizando barcos nossos em guerras que não eram nossas, como o caso da tentativa de invasão da Grã-Bretanha, e ao contrário do estipulado - o rei Filipe não era, de facto, um homem de palavra), mas no entanto é digno de respeito. Por seu lado, Elizabeth I era protestante e sabemos bem que o Protestantismo foi bem mais implacável com o Paganismo do que o Catolicismo (embora não tivesse inquisição oficial, na Grã-Bretanha e mais tarde nas primeiras colónias britânicas na América foram queimadas e afogadas "bruxas" a torto e a direito), pelo que ver um pagão a vibrar com a vitória dela sobre o Imperador Filipe é estranho. Só se nesse caso não é o Paganismo a falar mas sim a admiração por quem luta pela sua liberdade.
Quanto a heroínas guerreiras, também as há no sul europeu: recordo Jeanne D'Arc.
Oh Caturo, e se de vez em quando também desses a conhecer verdadeiros actos de coragem como este em que uma apresentadora da televisão saudita enfrenta um mufti imbecil.
http://www.youtube.com/watch?v=WH12fGYrRqQ
Quanto ao filme, esse império da beatice e não sei que mais foi o mesmo que salvou a Europa em Lepanto
Não há nada que seja perfeito ou que não tenha defeitos...
Prejudicou Portugal (utilizando barcos nossos em guerras que não eram nossas, como o caso da tentativa de invasão da Grã-Bretanha, e ao contrário do estipulado - o rei Filipe não era, de facto, um homem de palavra)
Só por isso já merece a condenação dos Portugueses. De notar que, além da perda dos navios portugueses nessa aventura imbecil e arrogantemente imperialista, esta atitude castelhana ainda fez com que as colónias e os navios portugueses doutras paragens fossem alvo dos corsários ingleses, como se não bastassem os holandeses.
Ora esta derrota dos beatos enfraqueceu severamente o poderio castelhano, facilitando, uns anos mais tarde, a independência portuguesa.
Por seu lado, Elizabeth I era protestante
Sim, mas já agora é de lembrar que a aliança entre Inglaterra e Portugal é a mais antiga da Europa, e que os Ingleses auxiliaram os Portugueses em pelo menos duas ocasiões (ou mais) contra os Castelhanos.
e sabemos bem que o Protestantismo foi bem mais implacável com o Paganismo do que o Catolicismo (embora não tivesse inquisição oficial, na Grã-Bretanha e mais tarde nas primeiras colónias britânicas na América foram queimadas e afogadas "bruxas" a torto e a direito), pelo que ver um pagão a vibrar com a vitória dela sobre o Imperador Filipe é estranho
Nem por isso - tanto o Protestantismo como o Catolicismo atacaram o Paganismo, só que o segundo fê-lo duma maneira mais sonsa e «subtil», ao passo que o primeiro era mais fanaticamente sincero e obstinado.
Só se nesse caso não é o Paganismo a falar mas sim a admiração por quem luta pela sua liberdade.
Evidentemente que a Liberdade é o que neste caso está a ser louvado, visto que, em matéria de Paganismo, o Protestantismo está bem para o Catolicismo, cada qual à sua maneira. Faço notar já agora que se houve traços do Paganismo a serem preservados em países católicos, o mesmo sucedeu em Inglaterra, apesar do zelo anti-pagão protestante.
Quanto a heroínas guerreiras, também as há no sul europeu: recordo Jeanne D'Arc
Sim, mas também Joana D'Arc é de um povo com substracto céltico.
Mas, em falando de sul, mais valia citar o exemplo português, o da lendária Brites, padeira de Aljubarrota. Por extraordinária coincidência, ou talvez não, «Brites» é um nome de sonoridade céltica, e a mulher em questão era muito forte e alta, o que aponta mais para um tipo físico norte-europeu do que meridional.
so pela actriz vale a pena
a gaja é podre de boa, mamava-lhe toda
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