OSTARA - MEGALÉSIA

Cíbele e o Sol - prato litúrgico do segundo século a.c.; encontrado no Afeganistão.

Estátua de Cíbele, em Madrid

Crê-se que era mais ou menos nesta altura do ano que se celebrava entre os Germanos o festival de Ostara, Deusa da Primavera e da Fertilidade. O famoso escritor alemão Jacob Grimm julgou que do nome desta Deusa derivava a palavra germânica para dizer Páscoa («Ostern» em Alemão, «Easter» em Inglês).
Grimm baseou-se, para o dizer, num texto do antigo monge anglo-saxão Bede, texto este que deu a conhecer os nomes que os antigos Anglos e Saxões davam aos meses - e, nessa nomenclatura, o nome do mês de Abril, Eosturmonath, derivava, segundo Bede, do nome da Deusa Eostre. Põe-se em dúvida se esta Divindade existiu mesmo, havendo quem diga tratar-Se duma invenção de Bede; todavia, é sabido que quando Carlos Magno deu aos meses os nomes que estes tinham na sua língua nativa, chamou «Ostarmanoth» a Abril. Há entretanto quem diga que «Eosturmonath» significa simplesmente «Mês da Abertura», o que, note-se, coincide precisamente com o significado latino de Abril (de «Aprire», isto é, «Abril», uma vez que se trata do mês em que a terra «abre» para ser fertilizada; este mês é entre os Romanos consagrado a Vénus).

Paralelamente, festejava-se em Roma a Megalésia, celebração em honra de Cibele, Deusa Mãe frígia, Cujo Filho, Atis, morria em grande sofrimento para depois renascer por obra e graça da Deusa sua Mãe...

Para o ambiente sonoro desta quadra festiva, recomenda-se esta singela e inspiradora canção do moderno folk escandinavo, precisamente em honra de Suvetar, Deusa finlandesa da Primavera...