HAJA ORGULHO NA PRODUÇÃO NACIONAL

Imitemos, nisto, os Espanhóis, cujo orgulho no que é seu muito contribuíram para o grande desenvolvimento da sua economia. De resto, os produtos nacionais até costumam ser bastante bons.

Do JN, via Fórum Nacional,

"Cá se fazem, cá se compram". A frase, ao contrário do ditado popular, não pressupõe nenhum tipo de vingança, antes encerra a mensagem do projecto "Compro o que é nosso", desenvolvido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) para promover o consumo de produtos e marcas nacionais. A campanha publicitária que lhe está associada começou ontem a ser divulgada e, para já, conta com a adesão de uma centena de empresas, mas o objectivo é chegar ao final do trimestre com 250.
Além da campanha publicitária - suportada nos diversos meios de Comunicação Social e em vários outros veículos de divulgação, como a emissão de nove milhões de sacos de supermercado - o "selo" do "Compro cá dentro" vai ser colocado também nos rótulos e embalagens, de forma a ajudar os consumidores a identificar facilmente os produtos e marcas que contribuem para gerar valor acrescentado em Portugal e para dinamizar a nossa economia.
Dinamizar, sensibilizar, escolher são assim objectivos fundamentais num projecto que, como sublinhou ontem Paulo Nunes de Almeida, do Conselho de Administração da AEP, não contém qualquer apelo a proteccionismos, nem tem nada contra os produtos importados.
Além de ter entre os consumidores um dos seus públicos-alvo (no sentido de lhes lembrar o efeito da sua decisão de compra na economia nacional), este projecto pretende também chegar aos empresários (sensibilizando-os para a necessidade de produzirem bem e ao melhor preço) e aos colaboradores das empresas (motivando-os para "fazerem bem" e, com isso, aumentar a produtividade).
A campanha que ontem começou a ser divulgada e que, numa primeira fase, estará "no ar" até finais de Maio (mais para a frente é retomada, sendo reforçada no período de Natal), dispõe de um orçamento de 2,1 milhões de euros e conta com o apoio de várias empresas (entre as quais o JN).
Vestuário, alimentação, casa e tecnologia são os sectores de actividade da maioria das empresas que já aderiu a esta campanha (ou seja, que quer mostrar aos portugueses que os seus produtos são portugueses), mas a AEP quer chegar ao final de Março com pelo menos 250 adesões, o que equivalerá a cerca de mil produtos e marcas.
Outro dos objectivos é fazer com que o projecto consiga manter-se além deste primeiro ano e que se autofinancie através do "fee" que as empresas pagam pela utilização do logótipo "Compro cá dentro".

Kit de produtividade
As empresas aderentes recebem um kit de produtividade com dicas para se tornar mais eficientes e reduzir custos.

"Fees" e facturação
Orgulhando-se do facto de o projecto ser financiado por capitais privados, a AEP definiu um "fee" (entre 500 e 1500 euros) para a utilização da marca "Compro o que é nosso", que varia em função da facturação.
Objectivos Ganhar quota de mercado interno é o grande objectivo deste projecto, se bem que a AEP acredite que o aumento da eficiência das empresas acabe também por se traduzir numa subida das suas exportações.
Condições para aderir Ter incorporação nacional superior a 50% na produção , ter sede em Portugal e cumprir legislação laboral, entre outras.


Luso, Vitalis, Caramulo, UCAL, Primor, Argos, Mimosa, Longa Vida, Sagres, Floc-Choc (Imperial), Jubileu (Imperial), Regina (Imperial), Pintarolas (Imperial), Allegro (Imperial), Pleno (Chá), Sumol, Sucol, Frisumo, Buçaco, Triunfo, litradas infindas de vinhos nacionais, Licor Beirão, Frutol, Fima, Gresso, Nova Açores, Terra Nostra, queijos tradicionais, Loreto, e marcas brancas de super-mercado Pingo Doce, Feira Nova, ACS, etc....