sexta-feira, janeiro 07, 2005

LENDO...

Enquanto descanso de ler a tradução castelhana de «De Natura Deorum», ou «Sobre a Natureza dos Deuses», de Cícero (é chato ler em Castelhano, mas em Português não há, que eu saiba, nenhuma edição), vou devorando um calhamaço apropriado para esta estação: «O Rei do Inverno», de Bernard Cornwell. É o primeiro volume da trilogia «O Senhor da Guerra» e narra a gesta do lendário Artur, rei celta britânico que liderou a sua gente na resistência ao invasor saxão, nos alvores da Idade Média, século V d.c..

A obra, ficção histórica, tem muitos detalhes interessantes cá para mim, como por exemplo a existência do nome céltico «Gereint», que faz lembrar o lusitano «Arentius/Arentia», Divindade(s) lusitana(s), e tal coincidência constitui para mim um indiciozito agradável de que é realmente céltico o(s) teónimo referido...
Outra informação valiosíssima, para quem se interesse pelo tema, é a que dá conta da existência entre os pagãos Britânicos do ritual de adivinhar o futuro por meio do modo como um prisioneiro de guerra caía morto, depois de mortalmente ferido. E digo que é valiosa porque o autor clássico Estrabão afirma, na sua obra «Geografia», que os Lusitanos adivinhavam o futuro por meio desse drástico método (além de examinarem as entranhas das vítimas), o que indica, com alguma verosimilhança, a celticidade desse ritual dos nossos ancestrais. Não sei é donde Cornwell tirou essa informação, o que é chato.

A obra é no entanto para ser lida cum grano salis, de pé atrás. Tresanda de mensagem multiculturalista por oposição a um certo «racismo». O autor, embora descrevendo uma realidade de há mil e quinhentos anos, lá arranjou maneira de meter a sua colherada politicamente correcta.

Os politicamente correctos nunca dormem... e arranjam maneira de propagandear o seu credo ideológico em tudo quanto fazem...

Refiro-me em concreto à parte em que o narrador da história (narrador-participante) descreve um massacre horrendo e cobarde, dizendo que quem age desse modo é porque acha bem chacinar pessoas de outras tribos só porque são de outras tribos, enquanto ele próprio, narrador, nunca faria uma coisa dessas porque foi educado no seio de uma comunidade em que havia «gente de todas as raças», motivo pelo qual respeitava as vidas das pessoas de origens diferentes...
É a treta multiracialista do costume. Primeiro, porque considera que a fraternidade universal pode e deve ser construída por meio da destruição das identidades, o que é abjecto; segundo, porque parte do princípio de que a convivência multi-racial trás a paz, quando, na verdade, é o contrário que tem sido constatado: sociedades uni-raciais vivem em paz e não se expandem militarmente (Islândia, Noruega, Suécia, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Grécia, etc.), ao passo que os países onde há muitas raças a serem forçadas a viver lado a lado, conhecem a violência e o ódio crescentes, como são disso exemplos os EUA, o Brasil, a África do Sul, o norte de África (veja-se o que fazem os Árabes em Darfur).

Enfim, o autor, embora seja inglês, preferiu ir viver para Nova Iorque, a meca dos mundialistas e amantes da salganhada.

Há, pelo menos até onde li (cento e setenta páginas, aproximadamente), um forte pendor pró-cristão universalista (os bons da fita são cristãos) e uma depreciação da religião autóctone e do nacionalismo. 

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"A obra, ficção histórica, tem muitos detalhes interessantes, como por exemplo a existência do nome céltico «Gereint», que faz lembrar o lusitano «Arentius/Arentia», Divindades lusitanas, e tal coincidência é para mim um bom indício de que é realmente céltico o nome da(s) Deidade(s) lusitana(s)..."

"Arentius/Arentia" lembram-me o nome Aruns ou Aruncio, que não sei se tem algo a ver e não me lembro bem de que época é. Gereint lembra-me os nomes (os nomes Celtas em geral têm algumas variantes - Lachlan, Lochlin e Llewellyn, Griffith e Gruffudd, mas pronunciam-se quase da mesma forma, quando não mesmo da mesma) Gerrit, Garrett, Garet, Garry e Gerry, talvez (o nome Garrido em Portugal pode derivar daí...)...


"No entanto, a obra de Cornwell é para ser lida cum grano salis, isto é, de pé atrás. O autor espeta-lhe com a mensagem multiculturalista por oposição ao «nacionalismo», por assim dizer. Isto é, o sujeito, embora falando de uma realidade de há mil e quinhentos anos, lá arranjou maneira de meter a sua colherada politicamente correcta."

É nojento que estejam sempre a fazer isto a toda a hora, nos filmes, na televisão, nos livros, nos jornais... até chegam a elogiar implicitamente a violência, como num dos episódios d Os Sopranos...


"Enfim, o autor, embora seja inglês, preferiu ir viver para Nova Iorque, a meca dos mundialistas e amantes da salganhada."

Mas nem sempre foi assim. Espero é que não o venham a conseguir impor da mesma forma, dizendo que o inverso é impossível - só é impossível o que se deixa fazer sem se fazer nada (inclusivamente a pretexto de, realmente, ainda haver Raças puras em Nova Iorque). Isso faz-me lembrar o filme Gangs of New York, onde o meu - e nosso, decerto - personagem favorito era o memorável e saudoso Bill the Butcher... Não vi o filme no cinema, mas vi na televisão.


"No livro há, pelo menos até onde li (cento e setenta páginas, aproximadamente), um forte pendor pró-cristão universalista (os bons da fita, são cristãos) e uma depreciação do paganismo e do nacionalismo. É pena."

Tem bom remédio: compre outras versões!...


Imperador

7 de janeiro de 2005 às 15:39:00 WET  
Blogger Caturo said...

«"Arentius/Arentia" lembram-me o nome Aruns ou Aruncio, que não sei se tem algo a ver e não me lembro bem de que época é.»

Sim, bem lembrado.


«Gereint lembra-me os nomes (os nomes Celtas em geral têm algumas variantes - Lachlan, Lochlin e Llewellyn, Griffith e Gruffudd, mas pronunciam-se quase da mesma forma, quando não mesmo da mesma) Gerrit, Garrett, Garet, Garry e Gerry, talvez (o nome Garrido em Portugal pode derivar daí...)...»

Bem visto.



«É nojento que estejam sempre a fazer isto a toda a hora, nos filmes, na televisão, nos livros, nos jornais... até chegam a elogiar implicitamente a violência, como num dos episódios d Os Sopranos...»

Como foi isso?



"No livro há, pelo menos até onde li (cento e setenta páginas, aproximadamente), um forte pendor pró-cristão universalista (os bons da fita, são cristãos) e uma depreciação do paganismo e do nacionalismo. É pena."

«Tem bom remédio: compre outras versões!...»

E comprei, e li. Há mais de dez anos, devorei «O Regresso do Rei», obra em dois volumes de Nikolai Tolstoi (aristocrata inglês descendente de Leon Tolstoi, historiador do mito arturiano). É excelente, a todos os níveis, particularmente no modo como, na primeira parte do segundo volume, descreve a vivência e a forma de ser dos invasores germânicos (Saxões). Um autêntico poema em prosa, verdadeiramente belo.
A história não é bem a de Rei Artur, mas sim duma fase posterior à morte de Artur.

7 de janeiro de 2005 às 16:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Como foi isso?"

A filha do Tony Soprano apareceu em casa com um amigo / namorado que era Judeu pelo lado do pai e Afro-Americano pelo lado da mãe. Ele chamou-o à parte e, chamando-lhe "farrusco" [coisa que eu não chamo a ninguém, pois "farrusco" é nome de cão :-)], disse que não era racista mas não gostava que se misturassem. Mais tarde, em diálogo com outra personagem, não me lembro qual, a filha, sabendo disso, ao lhe perguntarem onde estava o pai, respondeu que devia andar ocupado a pegar fogo a uma cruz, e o tal rapaz disse que o deveria ter agredido por causa do que ele disse (aí está o truque, a associação pavloviana, para que a maralha, concordando que ele devia ter sido agredido por lhe chamar "farrusco", associe e ache que também devia ter sido agredido pelo resto...). Foi mais ou menos isto.


"E comprei, e li. Há mais de dez anos, devorei «O Regresso do Rei», obra em dois volumes de Nikolai Tolstoi (aristocrata inglês descendente de Leon Tolstoi, historiador do mito arturiano). É excelente, a todos os níveis, particularmente no modo como, na primeira parte do segundo volume, descreve a vivência e a forma de ser dos invasores germânicos (Saxões). Um autêntico poema em prosa, verdadeiramente belo.
A história não é bem a de Rei Artur, mas sim duma fase posterior à morte de Artur."

Então teve só pouca sorte e calhou-lhe na rifa uma obra menos recomendável mas que infelizmente é das que pululam por aí...


Imperador

7 de janeiro de 2005 às 17:17:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, o truque propagandístico que refere no caso dos «Sopranos» é esse mesmo. Por isso é que quando por vezes se exprime, nalgum lado (nalgum forum, por exemplo) o ideal racialista, é comum haver gente a responder logo com ameaças ou semi-ameaças físicas (do género «Devias era levar nas orelhas para não fazeres aos outros o que não gostas que te façam a ti!»). Claro que não é só por isso, enfim, o que se passa é que a escumalha militante de esquerda, sendo muito activa, infesta os foruns.

Sobre o livro, não sei se tive azar se tive sorte. Inclino-me mais para a segunda: adquire-se informações preciosíssimas (só por saber aquela do ritual divinatório por meio da queda do prisioneiro, já valeu a pena começar a ler a obra) e denuncia-se o que por aí se edita...

7 de janeiro de 2005 às 17:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"«Devias era levar nas orelhas para não fazeres aos outros o que não gostas que te façam a ti!»"

Como desmontar? Primeiro: é desproporcional a agressão aos actos que praticamos; segundo, não lhes fazemos nada de muito grave, apesar das constantes acusações de Nazismo e Hitlerianismo; terceiro, se eu gosto de afastar os estrangeiros, também não me importo e gosto que me afastem deles, vai dar ao mesmo, o que conta é o resultado final!... Mas, no fundo, esses falsos liberais são cobardes: como estão em maioria e se refugiam na lei, arrotam postas de pescada, mas em confronto directo o que é que eles nos fazem? Nem nos podem, tão pouco, proibir de ser como somos. (Tirando o Pym Fortuyn (apesar de ser da Esquerda Liberal, pior ainda para nós) e alguns que foram presos das nossas fileiras, até do One Nation da Austrália...) Nós é que nos rendemos à Liberdade que eles nos exigiam, e só por isso é que eles se impuseram, e nunca por mérito próprio, ou melhor, foi só para eles pararem de nos chatear a cabeça com Woodstocks, Maios de 68, manifs abortistas e outros fogos de vista, mas agora são eles a tiranizar, sendo que, de facto, eles não têm poderes nenhuns: antes, nós tínhamos, podíamos fazer toda a espécie de tropelias desde os tempos da Inquisição e para trás, agora, eles, não têm nada, e estão, inclusivamente, reféns do seu próprio pacifismo... O seu poder advém não da força de facto mas sim do temor reverencial que se tem actualmente dos que gritam "racista", "moralista", e outros que tais, que não proibem mas chateiam e ainda cativam alguns...


"Sobre o livro, não sei se tive azar se tive sorte. Inclino-me mais para a segunda: adquire-se informações preciosíssimas (só por saber aquela do ritual divinatório por meio da queda do prisioneiro, já valeu a pena começar a ler a obra) e denuncia-se o que por aí se edita..."

Pois, é a História do trigo e do joio: dispõem de bons elementos e de talento, mas depois metem lá uma data de porcarias...


Imperador

7 de janeiro de 2005 às 17:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E o universalismo da Igreja é tal que, sem quaisquer provas a não ser "de Fé" e sendo J.C. filho de Deus, crêem que é Deus que cria as Almas em lugar de acreditar, como antes, pois existe o nome, no Generacionismo, ou seja, em elas derivarem dos seus verdadeiros pais - como o Caturo até acredita que as Almas são diferentes... (o que não é verdade quanto à sua Vontade Livre)


Imperador

8 de janeiro de 2005 às 11:46:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

VIGO ESTÁ INDIGNADA PELA AGRESSÃO FEITA POR GRUPO DE SKINS A ADÉPTOS DO SPORTING DE BRAGA!

Vários adeptos do SB tiveram de receber tratamento hospitalar, depois de terem sido agredidos por cerca de 30 cabeças rapadas. Entre as vitimas encontavam-se familias com crianças, que aproveitando a curta distancia desta cidade galega, assistiram ao jogo amigável com o Celta.
A consternação em Vigo é generalizada dada a excelênte relação entre galegos e portuguêses.
É lamentável que o Caturo sendo uma pessoa minimamente decênte e civilizada, mantenha relações com estes delinquêntes.

Saudações

Miguel Braancamp de Vasconcellos

8 de janeiro de 2005 às 18:36:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Esqueci-me de dizer que, nesse episódio d Os Sopranos, na tal conversa, também o Tony Soprano dizia que até tinha amigos negros - é uma crítica que fazem sempre, até num dos episódios da Sabrina, a Bruxinha Adolescente: criticam as Pessoas que dizem ter amigos doutras Raças mas são contra misturas, como se isso os atingisse! A vida é nossa, eles não possuem quaisquer direitos de suserania sobre as nossas amizades! Não há de ser um grande ódio!... Pior era não ter amigos estrangeiros ou fazer-lhes mal! Também não gostamos de toda a gente da mesma maneira nem a esse ponto tão pouco. Não gostam é do critério de gosto. Noutra série ainda, Family Law, ainda fazem pior: num episódio, dão ideia de que os que defendem a sua própria Raça acham necessariamente que as outras Raças são inferiores (associam as duas ideias) e que era mau conservarem-se puros - a ideia era dar a entender que é mau porque se baseia em premissas de inferioridade e superioridade, mas é, também, uma tentativa de associação Pavloviana, para se passar a achar sempre mal ou julgar que é sempre por esses motivos, e que um pai não podia ficar com a custódia dos filhos por professar essas opiniões (o que, se é correcto quanto a umas coisas, não o é quanto à simples conservação Racial).


Imperador

10 de janeiro de 2005 às 13:36:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E noutra série ainda, no Stargate, as personagens iam parar a um planeta onde um grupo lutava contra um inimigo que diziam tê-los acossado e que os obrigava a viver debaixo da terra, em bunkers, o qual diziam que queriam apenas vencer para sobreviverem (e conseguiram obter das personagens armas atómicas para tal, conseguindo enganá-los, dizendo que podiam confiar neles) quando, na realidade, o que eles queriam era exterminar o inimigo (que se tratava de gente de várias Raças misturadas que se haviam disseminado por todo o Planeta) e substituí-lo por clones loiros e de olhos azuis. Acabaram por ser abandonados e deixados vencer pelos que combatiam. Tudo isto para dar a falsa ideia de que os Nacionalistas Raciais querem exterminar as outras Raças e que nem se quer se deve sequer dar-lhes confiança.


Imperador

10 de janeiro de 2005 às 13:43:00 WET  

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