REVOLUÇÃO FRANCESA - UM DOS MARCOS DO RETORNO DA VERDADEIRA EUROPA
Saúde-se a França, pátria latina, pela comemoração, hoje, da «Tomada da Bastilha», que marcou o início da Revolução Francesa, cujo hino é visceralmente nacionalista:
«O quê! Tais multidões estrangeiras
Fariam a lei em nossos lares!
O quê! Essas falanges mercenárias
Arrasariam os nossos nobres guerreiros!
Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nossas frontes sob o jugo se curvariam
E déspotas vis tornar-se-iam
Os mestres dos nossos destinos!
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Banhe o nosso solo!»
A Revolução Francesa assinala também um retorno da antiga liberdade pré-cristã, verdadeira raiz ideológica da Europa, com o seu apreço pela Liberdade e pela Igualdade social, eco da Saturnália, chegando a permitir que, antes do final do século XVIII, se editasse em França um opúsculo em prol do retorno do Povo ao culto das antigas Divindades dos seus ancestrais...
2 Comments:
Frequentemente a chamada extrema-direita se coloca contra as conquistas da revolução francesa. Isso mostra que os partidos nacionalistas não estão preparados para governar, visto que são ainda muito autoritários. Essa guerra na Ucrânia serviu para demonstrar que tais partidos ainda cultuam, no seu bojo, elementos de mentalidade autoritária. A grande maioria desses partidos admiram Putin e apóiam a invasão da Rússia na Ucrânia, fazem lobby pelo interesse russo e se colocam, na maior parte das vezes, contra os valores europeus. O melhor seria que esses nao ganhassem, ainda, eleições majoritárias. A democracia é um valor próprio da Europa, o que faz identificar a cultura do continente como verdadeiramente Européia. Esses partidos, com frequência, querem mais influência da religião na sociedade, o que representa um enorme retrocesso na cultura da Europa.
Não, há aí um franco exagero, alguma inverdade e muita informação desactualizada. As forças nacionalistas europeias condenaram em uníssono a invasão russa da Ucrânia. As suas afirmações foram inequívocas. Isto incluiu o governo húngaro de Orban, ao contrário do que por aí tem sido insinuado.
Quanto ao resto, já há décadas se observa uma feição claramente democrática nos partidos nacionalistas mais desenvolvidos e bem sucedidos - e constata-se que, quanto mais se democratizam, mais votos alcançam, como se tem visto desde que Jean-Marie Le Pen, um democrata, passou à segunda volta das eleições presidenciais francesas; e, com Marine Le Pen a partir de 2012, nunca mais a segunda volta deixou de ser disputada por ela, que este ano alcançou mais de quarenta por cento dos votos. Na Hungria, não há maneira de negar a democraticidade de Orban; outros progressos notórios nesse sentido observam-se na Suécia, na Alemanha, na Holanda, na Áustria, em Itália.
A facção autoritária no seio do Nacionalismo é cada vez mais minoritária e menos influente em solo europeu. As forças partidárias nacionalistas mais evoluídas entenderam há muito que a Democracia é sua natural aliada.
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