PAPA - «NÓS EUROPEUS SOMOS RACISTAS, SOMOS RACISTAS, E ISTO É MAU»

Lorena Bianchetti: E neste período, Santidade, estou a pensar na fuga: há estas imagens que falam da fuga de ucranianos que são forçados a deixar as suas terras, as suas casas, os seus afectos. É um dos últimos êxodos a que provavelmente estamos, infelizmente, a habituar-nos. Mas, neste caso, houve uma resposta concreta e real. Uma resposta que, peço-lhe, na sua opinião derrubou os muros da indiferença, do preconceito para com aqueles que fogem de outras partes do mundo porque estão feridos pela guerra, ou continuam a dividir os refugiados em categorias incómodas?

Santo Padre: É verdade. Os refugiados estão divididos. Primeira classe, segunda classe, cor da pele, [quer sejam] provenientes de um país desenvolvido [ou de] um que não é desenvolvido. Nós somos racistas, somos racistas. E isto é mau. O problema dos refugiados é um problema que até Jesus sofreu, porque era um migrante e refugiado no Egito quando era criança, para escapar à morte. Quantos destes sofrem para escapar à morte! Há um quadro da fuga para o Egito que um pintor piemontês fez. Ele enviou-mo e eu fiz alguns santinhos: há José com o menino em fuga. Mas não é São José com a barba, não. É um sírio, de hoje, com a criança, a fugir da guerra de hoje. O rosto de angústia que estas pessoas têm, como Jesus forçado a fugir. E Jesus já passou por todas estas coisas, mas ele está lá. Na cruz estão os povos dos países da África em guerra, do Médio Oriente em guerra, da América Latina em guerra, da Ásia em guerra. 

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Fonte: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2022/april/documents/20220415-a-sua-immagine-venerdisanto.html

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Novamente, o mais importante vigário do Judeu Morto expressa-se na mesmíssima linha de narrativa anti-racista da elite reinante. Os patriotas cristãos surpreendem-se muito, ficam chocados, como é disso exemplo o tipo que escreve este artigo
https://pjmedia.com/news-and-politics/robert-spencer/2022/04/16/pope-francis-through-my-racism-through-my-racism-through-my-most-grievous-racism-n1590358
o qual até está bem escrito e diz boas verdades, mas, no essencial, fica desarmado diante da fé cristã notoriamente coerente do papa - porque, de facto, o papa não se está a vender a coisa nenhuma nem está a ceder a modas. Está simplesmente a ser coerente.
Quando diz que os Europeus são racistas na maneira como recebem os imigrantes, cai no ridículo, é certo, o ridículo especificamente antirra, de contrariar os factos, pois que
 - nenhum país ocidental alguma vez bloqueia a entrada em virtude da cor de pele, 
 - são os Europeus quem mais recebe imigrantes em todo o mundo (não os ricos árabes);
 - foram os Europeus que, exclusiva e unilateralmente, acabaram com a escravatura em todo o planeta...
A ladainha anti-racista leucofóbica não tem pois sustentação racional - a questão é que nem disso precisa, porque é produto, não da razão, mas da emoção, nomeadamente de uma moral altamente emocional, a do universalismo militante - e o universalismo militante impôs-se no Ocidente por via do culto do Judeu Morto.

O papa está pois tão somente a ser cristão quando vira a sua agressividade contra a sua própria gente e quando prega o dever de deixar entrar os alógenos todos em casa. Já aqui mostrei inúmeras vezes, com todas as letras, e citações, que isto é exacta e rigorosamente o que o filho de Jeová e de Maria mandou fazer:
 - «quem não odiar o seu pai e a sua mãe como a si mesmo, não é digno de me seguir»;
 - «vim trazer o conflito dentro de cada família»,
 - «amar o próximo?, não, amar todos por igual»
 - «dai a outra face, não resisteis ao mau, se ele te quiser tirar o manto, dá-lho»...

Entretanto, pegar no sentido de culpa e atirá-lo ao povo talvez ainda vá resultando para obrigar europeus a abrir portas a alógenos, mas resulta  cada vez menos, dado que os votos do Nacionalismo crescem a olhos vistos entre os Europeus, para grave e declarado incómodo deste e doutros clérigos...

Bate tudo certo e é tudo muito óbvio: o Cristianismo é inimigo mortal da Nação e só o Nacionalismo integral e coerente pode contrariar este veneno moral oriundo do Próximo Oriente.