quarta-feira, julho 08, 2020

REINO UNIDO - CATEDRAL REABRE COM PINTURA DE JESUS NEGRO

Uma pintura da Santa Ceia mostrando um Jesus negro foi instalada numa catedral no Reino Unido, num movimento que activistas descreveram como uma "declaração ousada". O quadro, da artista Lorna May Wadsworth, foi colocado no Altar dos Perseguidos na ala norte da Catedral anglicana de St Albans, cidade a cerca de 35 km de Londres.
A igreja afirmou que tomou tal atitude em "apoio ao movimento Black Lives Matters" (vidas negras importam, em tradução livre), que registou manifestações com cerca de 1000 pessoas na cidade. O trabalho original, pintado em 2010, já havia sido alvo de um tiro quando foi exibido em uma igreja de Gloucestershire.
Um apoiante do movimento na cidade disse que o uso do quadro pela catedral causou uma conversa mais ampla entre a comunidade.
A artista usou um modelo jamaicano de base para a sua interpretação da obra do século XV de Leonardo da Vinci, e disse que queria "fazer as pessoas questionarem o mito ocidental de que Jesus Cristo tinha cabelo claro e olhos azuis".
Responsáveis pela catedral informaram que a pintura de 2,6 metros de altura foi parte de uma instalação para marcar a reabertura da igreja, e convidar as pessoas a "olhar com olhos renovados para algo que você pensa que já conhece".
Em nota oficial, a catedral informou: "Apoiamos o movimento Black Lives Matter como aliados em prol da mudança, construindo uma comunidade forte e justa onde a dignidade de todos os seres humanos é honrada e celebrada, onde as vozes pretas são ouvidas, e onde vidas negras importam".
Um porta-voz acrescentou que era o "sentimento [do movimento] que apoiamos, e que não apoiamos de maneira acrítica nenhuma organização política".
O grupo do BLM para St Albans, que não é afiliado ao movimento nacional e é um grupo criado separadamente para a resposta da cidade ao movimento, disse que a pintura não tem objectivo de ser um retrato preciso da aparência de Jesus, mas de "promover uma conversa sobre como a história é frequentemente embranquecida".
Shelley Hayles, representante do grupo, afirmou: "Grande parte da nossa sociedade não tem problema em aceitar um retrato impreciso do Jesus 'branco', mas são rápidos a questionar o Jesus 'preto' e esse é só mais um exemplo do racismo sistémico no Reino Unido", diz.
"A declaração corajosa da Catedral de St Albans trouxe uma conversa para a comunidade que seria pouco provável antes do Black Lives Matter ganhar espaço".
A instalação causou debate na página da catedral no Facebook, com uma postagem dizendo: "Porque precisamos nós de transformar tudo numa questão de cor? Se Jesus foi de Jerusalém teria provavelmente sido mais escuro, mas ensinou-nos a amar todos, essa é a minha crença".
Outros tinham opinião diferente: "Eu acho que é uma iniciativa muito bem-vinda. Obrigada por isso, é necessário".
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Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-53291411?at_custom3=BBC+Brasil&at_custom4=830BA0AC-BDF2-11EA-A1B6-227D96E8478F&at_custom1=%5Bpost+type%5D&at_medium=custom7&at_campaign=64&at_custom2=facebook_page&fbclid=IwAR3qAF7J1cq-JtZgT447sASEi6qWaAxXHFdy4rEbsrPrXlFfwjX7DU0uWH0

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Só os mais distraídos é que ficam surpreendidos com isto. A tomada de atitudes destas por parte do clero cristão nem sequer é propriamente inédita no Reino Unido. Já em 2011 a catedral de Manchester tinha celebrado o dia de S. Jorge - o santo padroeiro de Inglaterra, note-se - representando este «santo» como negro, como aqui foi noticiado. A música tocado no evento foi o jazz, som de negros afro-americanos. 
Agora, a propósito deste Jesus negro, a explicação do porta-voz da catedral de S. Albans é sintomática: de tal modo está instituída a doutrina do anti-racismo e do ressentimento anti-europeu, que esta posição política já nem é considerada política pelos seus defensores, precisamente porque, considerando-se donos da única verdade possível, dão por adquirido que a sua política não é política, é «decência!». Esta espécie de gente sente-se portanto no direito, até no dever, de entrar na vida das pessoas tanto quanto possível para as «confrontar» com uma diferença racial que estas pessoas nunca pediram, dela não necessitando para absolutamente nada. Este anti-racismo é, de facto, o cancro do Ocidente - contra isto, só há um antídoto, que é o crescimento do Nacionalismo democrático e espiritual.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

2 medio orientais sofismados com os de sempre afinal nao brancos menos escurinhos sao pouco diversos mesmo mongrels

10 de julho de 2020 às 16:51:00 WEST  

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