ALEMANHA - JUDEUS ACONSELHADOS A NÃO USAR «KIPÁ» PARA SUA PRÓPRIA SEGURANÇA...
Não usem o kippa em público. O apelo partiu do comissário de anti-semitismo do governo alemão e é dirigido aos Judeus, que usam esta touca (tradução literal do hebraico é cobertura) na cabeça tanto como símbolo da religião como de temor a Deus.
Felix Klein, que é o primeiro responsável nomeado pelo governo de Berlim para os assuntos da comunidade judaica, advertiu os Judeus contra o uso do kippa em certas regiões do país, após um aumento do anti-semitismo. O responsável alemão disse que a sua opinião sobre o tema "mudou em comparação com o que costumava ser".
"Não posso recomendar aos Judeus que usem a cobertura craniana em todos os lugares da Alemanha", disse Klein ao jornal Funke.
Um aumento acentuado no número de crimes anti-semitas foi registado pelo governo alemão no ano passado. Dados oficiais mostram que 1646 crimes de ódio contra judeus foram cometidos em 2018 o que representa um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
Ataques com agressões físicas contra judeus na Alemanha também aumentaram no mesmo período, com 62 incidentes violentos contabilizados, contra 37 em 2017.
Falando ao jornal Handelsblatt, a ministra da Justiça, Katarina Barley, disse que o aumento dos crimes anti-semitas é "vergonhoso para o nosso país".
Felix Klein sugeriu que "o levantamento das inibições e da falta de clareza" da sociedade pode estar a motivar o aumento dos crimes anti-semitas. A internet, as redes sociais e os "ataques constantes contra a nossa cultura de lembrança" podem ser factores que contribuem, disse. Pediu que policias, professores e advogados recebam preparação para esclarecer "o que é permitido e o que não é" quando "lidamos com o anti-semitismo".
Estes comentários surgem semanas depois da principal especialista da Alemanha sobre o anti-semitismo afirmar que o preconceito continuava "profundamente enraizado" na sociedade alemã. "O anti-semitismo sempre esteve aqui. Mas acho que, recentemente, tornou-se novamente mais alto, mais agressivo e flagrante", disse Claudia Vanoni à agência de notícias AFP.
Grupos judaicos têm alertado que o aumento da popularidade de grupos de Extrema-Direita está a estimular o anti-semitismo e o ódio contra outras minorias em toda a Europa.
Desde 2017, a Alternativa para a Alemanha (AfD) tem sido o principal partido de oposição do país. A AfD é abertamente contra a imigração, mas o partido nega ter opiniões anti-semitas. No entanto, uma série de comentários de políticos deste partido, incluindo alguns sobre o Holocausto, geraram críticas de grupos judaicos.
No ano passado, uma pesquisa realizada com milhares de judeus europeus revelou que muitos estavam cada vez mais preocupados com o anti-semitismo.
Já várias vozes se fizeram ouvir em forma de preocupação. Simon Schama, o historiador britânico de origem judaica, comentou no Twitter, não só o maior anti-semitismo como a própria reacção do governo alemão.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://www.dn.pt/mundo/interior/judeus-alemaes-aconselhados-a-nao-usar-kippa-devido-a-aumento-de-ataques-10942699.html
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Agora falta dizer o que o jornal não diz - que o anti-semitismo na Alemanha é em grande medida praticado por muçulmanos, como se lê num relatório dos serviços secretos alemães e como a própria Angela Merkel já referiu, conforme aqui se lê: https://besacenter.org/perspectives-papers/german-intelligence-muslim-antisemitism/#, bem como aqui: https://www.jihadwatch.org/2019/05/german-intelligence-issues-taboo-breaking-report-on-muslim-antisemitism
Culpar a AfD pelo ressurgimento do anti-semitismo é desonestidade pura, e cretina, dado que esta formação partidária tem até um grupo de judeus consigo, como já aqui foi noticiado.
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