terça-feira, outubro 16, 2018

CONGRESSO E EXPERIÊNCIA NACIONALISTA (A PARTIR) DE 2001

Nos dias 13 e 14 de Outubro, há 17 anos – que, tal como este ano, corresponderam a sábado e Domingo -, o PNR com apenas um ano de existência e nula experiência, promoveu o primeiro Congresso Nacionalista com o intuito de aproximar as múltiplas facções existentes no seio nacionalista que apenas uns meses antes não tinham partido político que as representasse.
“Era elevada a expectativa. A ilusão de que todos os nacionalistas iriam corresponder entusiasticamente ao “toque dos sinos”, acorrendo a esta nova alvorada de união, acabou por ficar muito aquém das ingénuas expectativas. Na totalidade das sessões que decorreram ao longo dos dois dias, pouco passaram de cem as pessoas que foram àquela sala do Hotel Penta.
E no fim, que consequências práticas houve para além da experiência ganha – que já não é coisa pouca – e de alguma motivação para uns quantos? Nenhumas! Afinal, durante dois dias falou-se de passado, passado e mais passado. Em relação ao futuro, apenas houve alguma discussão inútil e “treinos de bancada”. Além da iniciativa se revelar inconsequente, claramente se percebeu que não havia vontade operativa, da parte da quase totalidade dos participantes, por se encetar um combate estruturado e que crescesse. O congresso trouxe à evidência o saudosismo de muitos, que apenas lamenta e nada produz além de cenários delirantes de um hipotético futuro de resgate nacional sem que nenhum dos “cenógrafos” alguma vez se dispusesse a sacrificar-se a sério por isso.” (*)
Essa iniciativa do PNR, louvável por certo, teve a vantagem de revelar o imenso abismo que separava a ilusão da dura realidade, acabando assim com falsas expectativas. Teve ainda a virtude de contribuir para o crescimento e experiência daqueles que tinham começado o combate político que hoje continua e se afirma, iniciando precisamente um caminho cujas etapas não poderiam ser abreviadas, antes, tinham de ser vividas como parte de um todo que se vai edificando.
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(*) Excerto do livro, ainda em fase de escrita, de José Pinto-Coelho
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Fonte: http://www.pnr.pt/2018/10/a-experiencia-do-1o-congresso-nacionalista/

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Estes eram os tempos em que o grosso do Movimento Nacionalista ainda era inquestionavelmente fiel ao ódio pela Democracia e ao desprezo pelo «povinho»... Por um lado, queria muita gente a chegada de um homem providencial, «com os tomates no sítio!», que pusesse «isto!» tudo «no lugar»; por outro, percebia-se que nunca tal fulano apareceria em lado nenhum, mas ao mesmo tempo não se queria a Democracia, mas também não se podia fazer doutra maneira, assim era uma chatice... Foi assim que o pensamento anti-democrático andou anos a travar, a atrasar, o desenvolvimento do Nacionalismo em Portugal (e noutros países), até à época, mais recente, em que os Nacionalistas do PNR se começaram lentamente a livrar desse autêntico atraso de vida que sempre foi o anti-democratismo...
Custou, e ainda custa, a muita gente perceber a evidência de que em Portugal e no resto da Europa um movimento tem tanto mais sucesso quanto mais próximo estiver do povo e mais democrático for. O caso português é em particular muito elucidativo - o PNR é o grupo mais democrático de todo o Nacionalismo em Portugal desde 1974 e é, também, o que tem mais tempo de duração e o que mais sucesso obtém.

O Nacionalismo avança cada vez mais pela senda que lhe é natural, a democrática, porque a Nação é o Povo e a Democracia é a vontade do Povo.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

De facto, tenho que concordar. Não concordo contigo em variados assuntos mas saúdo-te por esta clarividência, algo rara. Primeiro conquista-se a mente e o estômago das pessoas e depois vence-se nas eleições: é tão "simples" quanto isto, e no fundo tem sido com esta receita que a "esquerda" tem estado por cima um pouco por todo o mundo Ocidental. É claro que muitos têm sido os obstáculos colocados a partidos como o PNR de modo a que a mensagem não passe, mas também há muito "burro" dentro do movimento. Por todos os motivos e mais alguns, nunca após o 25 de Abril foi possível fazer uma "revolução" de extrema-direita em Portugal, e quem o tenta-se ia invariavelmente parar à cadeia ou ser assassinado, e no fim ainda recebia "ódio" por parte do povo. O único caminho sensato é ser inteligente e jogar o jogo democrático.

18 de outubro de 2018 às 11:44:00 WEST  

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