GOVERNO IMPEDE CRIAÇÃO DE ZONA PROTEGIDA NO SADO

O Estado ignorou as propostas que pediu a um grupo de biólogos sobre quais as zonas marinhas na costa portuguesa que deveriam ser integradas na Rede Natura 2000, a rede ecológica da União Europeia. O objectivo principal seria proteger os cetáceos, mas o estuário do Sado ficou de fora numa altura em que cresce a polémica em torno das dragagens que deverão ser efectuadas este mês naquela zona.

De acordo com a TSF, olhando para as zonas de protecção propostas e para o mapa das dragagens no Rio Sado, fica claro que o Sado ficou de fora da Rede Natura porque isso iria dificultar o plano de dragar o rio, com o objectivo de permitir a entrada a navios de grande porte no Porto de Setúbal.

Ambientalistas, grupos de cidadãos e pescadores estão contra as dragagens que, dizem, irá pôr em causa as praias da Arrábida e a presença da comunidade residente de golfinhos, única no país e que circula exactamente na área que vai ser dragada.

João Branco, da Quercus, vai mais longe: “Não é normal uma área protegida estar prevista e em consulta pública e de repente desaparecer. Há uma relação directa pois o Governo deixou cair esta área protegida para fazer as obras no Estuário do Sado sem contestação.”

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Fonte: https://greensavers.sapo.pt/governo-impede-criacao-de-zona-protegida-no-sado/?fbclid=IwAR348yNxw7_u0XZLmkx5iIic6OOh0cx2u0QAGm4UCGnTXTj01VU-pyadL_8

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É assim num país do terceiro-mundo, ou pelo menos «em vias de desenvolvimento», torna-se «necessário» atropelar a fauna e o meio-ambiente em nome dos interesses económicos (de alguns?).