segunda-feira, outubro 15, 2018

MILHARES NAS RUAS DO PAQUISTÃO PARA EXIGIR A MORTE DE MULHER QUE INSULTOU O ISLÃO

Milhares de manifestantes foram às ruas no Paquistão pedindo que uma mulher cristã acusada de insultar o Islão seja morta. Asia Bibi tornar-se-ia na primeira pessoa executada por blasfémia se o seu apelo falhar.
A cidade paquistanesa de Lahore foi o centro dos protestos de sexta-feira, organizados pelo partido anti-blasfémia Tehreek-e-Labaik Pakistan (TLP). Manifestações também aconteceram em várias outras cidades do país, incluindo Karachi e Rawalpindi.
Os protestos ocorreram depois de a Suprema Corte do Paquistão ouvir o apelo final de Bibi, uma trabalhadora cristã acusada de blasfémia contra o profeta Maomé, em 2009, por mulheres muçulmanas com quem ela trabalhava num campo.
De acordo com a autobiografia de Bibi, "Blasfémia: uma memória: sentenciado à morte por um copo de água", o incidente começou quando ela foi buscar uma xícara de água de um poço durante um dia quente de colheita de frutas. Quando uma mulher muçulmana ao seu lado a viu a fazer isso, gritou: "Não beba essa água, é haram (proibido)!" Virou-se então para as outras mulheres no campo, dizendo-lhes que Bibi havia sujado a água no poço bebendo do copo delas.
"Agora a água não está clara e não podemos beber! Por causa dela!", disse a mulher. Várias mulheres chamaram a Bibi "cristã imunda" e disseram-lhe para se converter ao islamismo. "Eu não me vou converter. Acredito na minha religião e em Jesus Cristo, que morreu na cruz pelos pecados da humanidade. O que fez o seu profeta Maomé para salvar a humanidade? E porque deveria eu ser convertida em você?", declarou Bibi. Nesse momento, uma mulher cuspiu-lhe enquanto outra a empurrava. Dias depois, foi acusada de blasfémia.
Os protestos de sexta-feira ocorreram apesar do tribunal ter dito que havia chegado a uma decisão numa audiência na Lues, mas que não seria libertada imediatamente por "razões para serem registadas mais tarde".
A Corte também informou que havia decidido numa petição que colocaria Bibi numa lista de exclusão aérea se libertada, mas também não publicou essa sentença.
O caso de Bibi levou a pedidos internacionais para a sua libertação, com o Papa Bento XVI a juntar-se aos apelos em 2010. O Papa Francisco reuniu-se com a filha de Bibi em 2015.
Embora a lei do Paquistão leve a acusação de blasfémia muito a sério e as pessoas tenham sido condenadas à morte, jamais foi alguém realmente executado.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2018101312433476-paquistao-execucao-crista/?fbclid=IwAR0J9NNfD5oeODChkX8BDM9elORgY7J0j0XheVkidV_6AhJN0zYlcjQmsNM

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É a tal maioria de moderados, porque os radicais são pouquíssimos, são mesmo muito poucos, são sim, «ele» vê-se...
O mais significativo é que esta gente provavelmente tem uma vida pacífica no quotidiano e caso lhes perguntem se apoiam o terrorismo até são eventualmente capazes de o negar com toda a sinceridade. Se lhes perguntarem também se são radicais, igualmente o negarão. Isto para eles não é ser radical, é só ser muçulmano...