quarta-feira, agosto 15, 2018

SOBRE A ESPANHA COMO PORTA DE IMINVASÃO DA EUROPA

Em 26 de Julho cerca de 800 imigrantes de África Sub-sariana avançaram de forma violenta sobre a cerca da fronteira entre Marrocos e o enclave espanhol de Ceuta, onde viviam ilegalmente. Segundo as autoridades espanholas: "Visando impedir que a 'Guarda Civil' se aproximasse da área invadida, os imigrantes lançaram contra os polícias garrafas pet com excrementos e cal, pedras e paus e ainda fizeram uso de aerossóis como lança-chamas."
Muitos ficaram feridos no confronto, 602 imigrantes conseguiram entrar em território espanhol.
Duas semanas antes, o barco de salvamento marítimo Aquarius, operado pela ONG francesa Sos Méditerranée, resgatou 629 migrantes sub-saarianos na costa da Líbia. Depois de Itália e Malta se recusarem a receber os imigrantes e o ministro do interior italiano Matteo Salvini declarar: "não ao tráfico de pessoas, não ao negócio da imigração ilegal", Espanha recebeu o navio e mais dois transportando imigrantes ilegais no porto de Valência.
O primeiro ministro Pedro Sánchez, chefe do recém-formado governo socialista de Espanha, que prometeu assistência médica gratuita aos imigrantes, salientou que avaliará cada pedido de asilo individualmente, salientando em meados de Junho: "é nosso dever ajudar a evitar uma catástrofe humanitária e providenciar um porto seguro a essas pessoas, cumprindo assim com as nossas obrigações no tocante aos direitos humanos".
De acordo com uma reportagem de 27 de Julho sobre a Espanha no jornal The Telegraph: "O país é hoje a maior porta de entrada de imigrantes que cruzam o Mediterrâneo a caminho da Europa, 20.992 pessoas já aportaram somente este ano... A Itália distancia-se de Espanha em quase 3.000 chegadas, há uma semana a diferença era de apenas 200 pessoas."
Isto, segundo a reportagem, "sobrecarregou" totalmente a guarda costeira espanhola, que está solicitando recursos urgentes para ajudar a equacionar o gigantesco influxo.
Segundo um levantamento realizado em 2017 pela Comissão Europeia: "A distribuição geográfica revela claramente que a maioria dos imigrantes irregulares resgatados no Mediterrâneo Central muito provavelmente não são refugiados conforme preconiza a Convenção de Genebra, uma vez que cerca de 70% vêm de países ou regiões que não sofrem com conflitos violentos ou regimes opressivos".
Absorver esse enorme contingente de imigrantes não é o único problema que Espanha tem de enfrentar. De acordo com uma reportagem do Financial Times de Dezembro de 2016, segundo relatos confidenciais, a Agência Europeia de Controle de Fronteiras (Frontex) acusou algumas organizações de caridade que defendem os resgates no Mediterrâneo de conluio com traficantes de pessoas. Esta afirmação também foi feita pelo think tank pan-europeu Gefira, que postou um Vídeo no Youtube listando as ONGs cúmplices, independentemente das suas "boas intenções", da prática criminosa de contrabandear pessoas para a Europa com o objectivo de auferir ganhos financeiros.
De acordo com o The Independent: "Na última reunião de cúpula da Comissão Europeia realizada em Bruxelas no final de Junho, os líderes de cada país da UE concordaram com a necessidade de criar centros seguros para processar pedidos de asilo, além de concordarem com uma série de posturas mais duras em relação aos imigrantes, como condenar as ONGs que operam barcos de salvamento marítimo na costa da Líbia." ... "Os líderes também concordaram, em princípio, com a proposta de instalar "plataformas de desembarque" no norte de África, onde funcionários da UE poderiam processar os pedidos de asilo fora do território da UE..."
No entanto, apesar dos membros da UE estarem de acordo, "nenhum país norte-africano concordou em aceitar centros de triagem de imigrantes no seu território para o processamento de pedidos de refugiados" segundo Dimitris Avramopoulos, comissário europeu para a imigração.
O presidente da Câmara dos Representantes do Egipto, Ali Abdel Aal, disse ao jornal alemão Welt am Sonntag em 1º de Julho: "a instalação de dependências para a recepção de migrantes no Egipto pertencentes à UE violariam as leis e a constituição do nosso país".
Abd al-Aal lembrou que um enorme contingente de imigrantes se encontra no seu país. "Já acolhemos cerca de dez milhões de refugiados da Síria, Iraque, Iémene, Palestina, Sudão, Somália e de outros países", salientou. No Egipto, todos os refugiados têm direito a assistência médica e educação. "Isto significa que hoje as nossas capacidades já estão esgotadas. Por isso é importante que o Egipto obtenha suporte da Alemanha e da UE."
Numa entrevista concedida à agência distribuidora de notícias alemã Bild em 19 de Julho, o primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj, salientou: "Criámos abrigos para refugiados para dezenas de milhares de pessoas, mas há centenas de milhares de imigrantes ilegais no nosso país. Isto tem prejudicado e muito a situação da segurança. Entre eles encontram-se terroristas, criminosos e traficantes de pessoas que não ligam para os direitos humanos. É horrível. Para melhorar a situação, temos de combater essas estruturas. Para tanto também necessitamos de mais ajuda internacional. Começando com as fronteiras do nosso país. É imperativo que sejam mais bem controladas". ... "Somos rigorosamente contra a Europa formalmente assentar imigrantes ilegais no nosso país, imigrantes que ela não quer na UE. Também não aceitaremos nenhum acordo que envolva dinheiro da UE em troca de mais imigrantes ilegais. A UE deveria, acima de tudo, trocar ideias com os países dos quais essas pessoas estão a vir e pressioná-los. Connosco não haverá nenhum acordo.
"Causa espécie que, conforme ninguém na Europa queira receber imigrantes, ela pede-nos para absorvê-los, às centenas de milhares."
Num artigo publicado pelo Gatestone Institute em Março de 2018, Uzay Bulut esclarece a razão da crise migratória ter-se tornado num problema que muitos governos europeus estão a começar o a reconhecer: a "jihad demográfica". Bulut cita o parlamentar turco Alparslan Kavaklıoğlu, membro do partido governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) do presidente Recep Tayyip Erdogan e chefe da Comissão de Segurança e Inteligência do parlamento, que declarou: "... a Europa está a passar por um período fora do comum. A população está diminuindo e envelhecendo... De modo que no velho mundo as pessoas de fora conseguem arrumar emprego. Contudo, a Europa enfrenta um problema. Todos os recém-chegados são muçulmanos. Do Marrocos, Tunísia, Argélia, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Irão, Síria e Turquia. Os que vêm desses lugares são muçulmanos. Chegou a tal ponto que o nome mais comum em Bruxelas, na Bélgica, é Mohammed... Se esta tendência continuar, a população muçulmana superará em número a população cristã da Europa... A Europa será muçulmana. Seremos eficientes nessa Europa, se Alá quiser. Tenho a certeza disso."
A avaliação da liderança turca ecoa um sermão proferido na Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém em 11 de Setembro de 2015 (14º aniversário dos atentados de 11 de Setembro) pelo imã Xeque Muhammad Ayed, que em determinado trecho afirmou: "Eles (ocidentais) perderam a fertilidade... Dar-lhes-emos fertilidade! Dar-lhes-emos filhos porque conquistaremos os seus países. Quer vocês gostem ou não, ah Alemães, ah Americanos, ah Franceses, ah Italianos e todos aqueles como vocês. Acolham os refugiados! Em breve eles juntar-se-ão a nós em nome do próximo Califado... Dir-vos-emos: estes são os nossos filhos. Envie-os a nós ou enviar-vos-emos os nossos exércitos."
O acto de imigração tem um fundamento forte no Alcorão. Por exemplo, a Surata 9:20 reza: "Os fiéis que migrarem e sacrificarem os seus bens e as suas pessoas pela causa de Alá, obterão maior dignidade ante Alá e serão os ganhadores."
Surata 22:58 reza: "Aqueles que migraram pela causa de Alá e foram mortos ou morreram, serão infinitamente agraciados por Ele, porque Alá é o melhor dos agraciadores." 
Nenhuma das Suratas acima, no entanto, parece ter afectado as políticas ou a ideologia dos partidos de Esquerda que apoiam o novo governo espanhol. Em 29 de Junho, terminada a reunião de cúpula europeia, Sanchez tuitou: "a UE está a começar a dar o primeiro passo na direcção certa: atribuir uma perspectiva europeia a um desafio europeu, como a imigração."
Sanchez estava certo, mas pelas razões erradas. A "perspectiva europeia" que ele e os demais membros da UE devem abraçar é a democracia e a liberdade, e não permitir a entrada irrestrita de milhões de imigrantes ilegais sem recursos e sem nenhuma qualificação profissional, entre os quais se encontram radicais islamistas cujas crenças são opostas aos valores europeus.
Caso Sanchez não tenha prestado atenção, o influxo de imigrantes ilegais do Médio Oriente e de África têm exaurido seriamente a Europa. De acordo com um estudo do Heritage Foundation: "Nos últimos quatro anos 16% das conspirações islamistas na Europa tiveram como pivô candidatos a asilo e refugiados... A radicalização dos conspiradores geralmente ocorria no exterior, embora nos casos mais recentes esteja usualmente a acontecer dentro da Europa. A resposta europeia aos fluxos migratórios tem sido inadequada e inadvertidamente aumentou de forma drástica a ameaça terrorista".
No livro Europe All Inclusive de autoria do ex-presidente checo Václav Klaus, escrito juntamente com o economista de língua árabe Jiří Weigl, os autores resumem o papel que a Esquerda desempenha na crise migratória: "A Europa e em especial a zona 'integrada' está pontuada de hipocrisia, pseudo-humanismo e outros conceitos ambíguos. Destes, os mais perigosos são as ideologias do multiculturalismo e humanismo actualmente em voga e, em última instância, suicidas. Tais ideologias forçam milhões de pessoas rumo à resignação quando se trata de conceitos como pátria, terra natal, Nação e Estado. Essas ideologias promovem a noção de que a imigração é um direito humano e que o direito de migrar leva a mais direitos e benefícios, como por exemplo assistência e bem estar social aos imigrantes. A Europa está enfraquecida pela utopia esquerdista que tenta transformar um continente outrora orgulhoso do seu passado num Estado solidário e ineficiente, metamorfoseando os seus habitantes de cidadãos em clientes dependentes".
Sendo a "maior porta de entrada" dos imigrantes que agora ingressam na Europa, a Espanha tem uma responsabilidade particularmente enorme de despertar e enfrentar a realidade.
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Thomas Paul Wiederholen está radicado na Europa.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/12855/espanha-porta-migracao-massa

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Claro que a Espanha está neste momento transformada em grande porta de entrada de imigrantes na Europa - é um país dominado pela Esquerda onde o sector nacionalista está fraco porque os seus dirigentes andaram a puta da vida toda agarrados à merda dos seus ideais anti-democráticos e agora não têm força para travar absolutamente nada. Podem bem limpar as mãos à parede.