terça-feira, fevereiro 07, 2017

Soles, 15 de Junho de 2778 AUC

TRANSPORTES PÚBLICOS EM AVEIRO PIORARAM COM PRIVATIZAÇÃO

“Creio que, neste país, não há ninguém neste momento que não perceba que um serviço que é público tem de ser prestado pelo Estado”, frisou Catarina Martins durante uma viagem de autocarro, entre Mamodeiro e Aveiro, na Aveiro Bus.
Segundo a coordenadora bloquista, este é mais um “exemplo de que por que é que os transportes públicos devem ser públicos”, na medida em que “quando são privados não servem a população”.
"Se alguém se tinha esquecido do que era a governação PSD-CDS está aqui à vista em Aveiro, onde acabam de privatizar os transportes colectivos e com isso aconteceu uma brutal redução do número de carreiras e horários", avançou.
Catarina Martins criticou ainda o anúncio da autarquia de que será feita uma avaliação, e que apenas em Março poderão ser introduzidas algumas alterações, com o reforço de carreiras, por exemplo. Para a deputada, é uma falta de respeito e “totalmente inaceitável” dizer “fiquem três meses sem transportes e nós depois avaliamos”.
O Bloco, que se solidariza com a população que se mobilizou para reivindicar transportes públicos de qualidade, vai, “por todos os meios, apoiar as populações que ficaram sem transportes”, garantiu Catarina Martins, lembrando que, a par das populações, também os trabalhadores são “vítimas da privatização”.
“Creio que neste país não há ninguém neste momento que não perceba que um serviço que é público tem de ser prestado pelo Estado”, frisou a coordenadora bloquista, assinalando que “cada vez que entregamos um serviço a um privado, além de estarmos a pagar o custo desse serviço, estamos também a pagar o lucro desse privado”.
E, assim como aqui não tem sentido nenhum a privatização de transportes, como acabámos de ver, também não tem sentido fazer PPP (parcerias público privadas), que foram dos contratos mais ruinosos que o nosso Estado conheceu”, acrescentou.
Referindo que a posição do Bloco sobre esta matéria, leia-se a sua oposição às PPP, é conhecida, Catarina Martins afirmou que “espera que exista a sensatez de compreender que quando um privado está a gerir um serviço público, além do serviço público estamos a pagar o lucro do privado”.
“Se os contribuintes pagam, não devem pagar o lucro do privado, devem pagar o que custa o serviço público. Esse é um princípio salutar, de políticas saudáveis, e esperamos que seja esse o caminho que o país faz, será esse o caminho pelo qual o Bloco de Esquerda vai lutar”, rematou.
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Fonte: http://www.esquerda.net/artigo/quando-um-privado-gere-um-servico-publico-alem-do-servico-estamos-pagar-o-seu-lucro/46841


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O BE volta a ter razão, neste caso particular. O que cada vez mais se observa, pelo menos neste País, é que quanto mais os tubarões da privatagem intervêm na cena pública mais esta se degrada. Constitui um maneira de a privatagem (a pirataria oriunda do sector privado) meter o dente no que pertence ao povo e ganhar dinheiro com isso à custa do povo. Isto serve para mostrar a desgraça que foi e poderá voltar a ser o governo PSD/CDS, o qual, se não tivesse perdido as eleições, teria entregado a CP a privados, permitindo a estes não apenas despedir dez por cento do pessoal, mas também encerrar pelo menos quatro linhas de comboio da zona da Grande Lisboa...