SOBRE A CULPABILIZAÇÃO DA VÍTIMA
Tem dado que falar este vídeo https://www.youtube.com/watch?v=LkfXEAXGt9k - que não vou pôr em imagem, por uma questão de bom gosto - de Gustavo Santos, mediático guru social ou lá o que é. E com razão. O fulano afirma, preto no branco, que num relacionamento a vítima da agressão é culpada. Chega mesmo a dizer que «o grande responsável não é o violador, não é o agressor - o grande responsável é o passivo (...)».
Uma ideia que além de parva é perigosa - e por acaso muito disseminada em certos meios juvenis. É mentalidade de pildra, se é verdade o que diz quem por lá passa. É a lei da selva: é partir do princípio que o agressor lá terá o seu direito de «fazer o seu jogo», fazer o gostinho ao dedo, agredir/violar sempre que alguém «se puser a jeito». Contra esta realidade é escusado organizarem-se campanhas de sensibilização e coisas assim - têm só de existir leis explícitas para que seja sempre punido o agressor, sempre o agressor, mais ninguém senão o agressor. Nenhuma iniciativa de agressão é tolerável, seja ela qual for.
É por outro lado necessário prevenir a eventual aceitação, consciente ou inconsciente, deste tipo de pensamento, facilitada pelo próprio medo das pessoas. Quando algo de muito mau acontece a alguém inocente, há nalguns a tendência para pôr a culpa em quem sofreu a desgraça, argumentando que a vítima «não teve cuidado» ou que «deixou» que a vitimassem: é uma maneira inconsciente de dizer «isso a mim nunca me acontecerá porque eu tenho sempre cuidado!» ou «a mim não faziam eles isso!» Torna-se assustador pensar que algo grave pode acontecer a qualquer um e por isso «mais vale» acreditar que com muito cuidadinho nenhum mal tem lugar. A verdade óbvia é que A) nem é possível controlar tudo o que sucede B) nem ninguém consegue actuar com perfeito cuidado/rigor o tempo todo.
É uma perspectiva que parece muito típica das sociedades terceiro-mundistas, onde reina o desprezo pelos mais desprotegidos e o primado da força hierarquizante - sociedades desequilibradamente patriarcais, onde há muito menos respeito pelos mais vulneráveis que na Europa, porque aos mais fortes ninguém lhes diz que pisar os mais fracos é feio - sociedades onde quem mais manda são gajos que de uma maneira ou doutra pensam da mesma maneira que este Gustavo embora numa versão menos «soft» e sem o verniz do jet set televisivo. É dessas sociedades que vem o grosso da iminvasão que neste momento se abate sobre o Ocidente.
11 Comments:
http://pt.euronews.com/2016/05/29/alemanha-deputada-de-extrema-esquerda-atacada-com-um-bolo-de-chocolate/
Nem de propósito!... http://observador.pt/opiniao/o-colapso-moral-da-esquerda-freud-explica/
Esta é de bradar aos céus, Caturo:
https://www.rt.com/news/344743-refugees-netherlands-free-money/
Pois eu concordo é com o gajo, já que são os mesmos fortes e "patriarcais" que asseguram os direitos dos mais fracos, incluindo desta mulheradazinha que se diz forte e independente, mas que hoje diante dos muslos... E os homens europeus passivos afeminados nada fazem por elas (mas isso acho que fazem eles bem)...
Não é por serem fortes que têm o direito de abusar dos mais fracos. Se lhes asseguram os direitos, melhor. A partir do momento em que queiram valer-se da posição de «protectores» para abusarem, então passam a ser mafiosos e há que abatê-los. É simples. E quem não gostar disto e quiser contrariá-lo, está bem é na prisão, que na prisão é que, diz-se, vigora a lei do mais forte.
Pois fora da prisão também e ainda mais. Só não vê quem não quer.
NÃO TEM A VER COM FORTES E FRACOS MAS COM TRAIDORES DA TRIBO E ESTABILIDADE INTRA TRIBAL SE VC PERMITE A SELVA A TRIBO COLAPSA SE VC PERMITE TRAIDORES INFILTRADOS DO MESMO IDEM ALOGENOS
«Pois fora da prisão também e ainda mais. Só não vê quem não quer.»
Cada vez menos. Pelo menos enquanto isto não for invadido por não europeus.
Infelizmente, este tópico é bastante mais complicado do que parece.
O pateta do Gustavo até não está mal no primeiro minuto do vídeo... mas depois estraga tudo ao enfiar violadores, agressores e abusadores psicológicos todos no mesmo saco.
O conselho dele só é válido para a manipulação psicológica... e mesmo nesses casos há ressalvas que devem ser feitas, como por exemplo quando há uma grande diferença de idades e experiência de vida entre o abusador e o abusado. Já a mistura de conceitos que os Gustavo faz entre egocentrismo e auto-estima é confrangedora, para dizer o mínimo.
É uma misturada perigosa e parva, de facto, que só serve para tirar responsabilidade ao agressor.
«https://www.rt.com/news/344743-refugees-netherlands-free-money/»
Está boa está...
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