sexta-feira, março 04, 2016

GUARDA COSTEIRA GREGA DETÉM NAVIO TURCO COM ARMAS QUE SE DIRIGIA AO LÍBANO

Os média turcos informam que a guarda costeira grega deteve na Lues (29) um navio turco que transportava uma grande carga de armas ao Líbano.
O navio, segundo se informa, partiu do porto de Izmir em 4 de Fevereiro e transportava seis contentores, dois dos quais continham armas e munições.
As autoridades gregas detiveram todos os tripulantes, entre os quais estavam seis sírios, quatro indianos e um libanês.  
O nordeste do Líbano é atingido por um conflito que reflecte a guerra civil na Síria. No território libanês operam grupos islamistas opostos pela organização militante xiita Hezbollah e exército governamental.
Não se sabe para que parte foram destinadas as armas. Porém, é de lembrar que em meados de Fevereiro o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acusou a Turquia e a Arábia Saudita de tentarem provocar uma guerra generalizada no Médio Oriente por não estarem prontas para aceitar uma solução política para a Síria.
O ex-brigadeiro-general do Exército libanês e pesquisador no em Assuntos Estratégicos, Mohammed ABBAS, comentou: "Certamente, os mais afectados pelos acontecimentos em curso na Síria são três países: Arábia Saudita, Turquia e Israel. Na verdade, assim que foi declarada, eles anunciaram que ‘a trégua iria ‘falhar", enquanto muitos relatórios mostraram o oposto. A primeira violação da trégua foi anunciada pela Arábia Saudita através de fontes dos média; a segunda violação foi quando a Turquia bombardeou áreas curdas; além disso, houve uma violação que o ‘Daesh’" fez em Tal al-Abyad.
"Estes três países querem agitar a arena política no Líbano e na Síria. Assim, quando as partes russas e americanas concordaram sobre as soluções na Síria, não houve nenhuma intervenção na Síria; sem invasão terrestre na Síria — a trégua tornou-se a favor do ‘Regime’ e não da ‘oposição’; uma questão que implicará na rendição dos grupos militantes que podem juntar-se às negociações de paz”, afirmou o especialista. 
“O povo e o exército libanês não é necessário para os países mencionados acima. Eles estão a comportar-se com uma mentalidade de vingança, principalmente no Líbano. Os objectivos e interesses da Arábia Saudita no Líbano não têm limites. Eles não dizem apenas respeito ao ‘Hezbollah’, como tal, mas o Líbano como um todo, o seu povo e o exército”, acrescentou Mohammed Abbas.
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Fonte: http://br.sputniknews.com/mundo/20160303/3734010/Grecia-navio-turco.html#ixzz41sJkLLV9