sexta-feira, dezembro 18, 2015

MULHER IAZIDI IMPLORA À ONU QUE ACABE COM O CALIFADO

Uma jovem Yazidi apelou na quarta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que acabasse com o Estado islâmico, depois de descrever a tortura e estupro que sofreu nas mãos dos militantes, que a raptaram como “despojo de guerra” e a mantiveram  presa por três meses.
“O estupro foi usado para destruir as mulheres e meninas e garantir que estas mulheres nunca pudessem levar uma vida normal novamente,” disse Nadia Murad Basee Taha, 21 anos, na primeira reunião do conselho de 15 membros sobre o tráfico humano.
“O Estado Islâmico transformou as mulheres iazidis em carne para tráfico", disse ela acerca do grupo extremista que apreendeu faixas de território no Iraque e na Síria.
Taha disse que foi seqüestrada em Agosto do ano passado na sua aldeia no Iraque e levada de autocarro para um edifício no reduto do Estado Islâmico em Mosul, onde milhares de mulheres e meninas yazidis foram trocadas pelo militantes como presentes.
Poucos dias depois, foi levada por um homem. “Ele forçou-me a vestir-me e colocar a minha maquilhagem e, em seguida, naquela noite terrível, que ele fez isso, forçou-me a servir como parte da sua facção militar, humilhou-me todos os dias.”
Ela tentou fugir, mas foi impedida de o fazer por um guarda.
“Naquela noite bateu-me. Disse-me para tirar a roupa. Pôs-me num quarto com os guardas e depois eles passaram ao crime até eu desmaiar”, disse ela.”Imploro-vos, livrem-se completamente do Daesh (Estado Islâmico).”
Taha disse que vários dos seus irmãos foram mortos por militantes muçulmanos do Estado Islâmico, mas ela conseguiu escapar e agora vive na Alemanha. Visivelmente emocionada depois de contar a sua história, foi aplaudida pela sua coragem por parte dos membros do Conselho de Segurança da ONU.
A ONU disse que o Estado Islâmico pode ter cometido genocídio na tentativa de acabar com a minoria Yazidi e exortou o Conselho de Segurança da ONU a submeter a questão ao Tribunal Penal Internacional para a acusação.
O conselho disse em comunicado nesta quarta-feira que deplorou o tráfico de pessoas feito pelo Estado Islâmico e outros grupos, como o Boko Haram. Advertiu que “certos actos associados com o tráfico de pessoas no contexto de um conflito armado podem constituir crimes de guerra.”
Os militantes do Estado Islâmico consideram os Yazidis como adoradores do diabo. A fé Yazidi tem elementos do Cristianismo, Zoroastrismo e Islamismo. A maioria da população Yazidi, composta de cerca de meio milhão de pessoas, permanece em campos de deslocados no interior da entidade autónoma no norte do Iraque conhecida como Curdistão.
Dos aproximadamente 5.000 homens e mulheres yazidis capturados pelos militantes no Verão de 2014, cerca de 2.000 conseguiram escapar ou foram contrabandeados para fora do califado ou auto-proclamado Estado Islâmico, dizem os activistas. O restante permanece em cativeiro.
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Fontes: 
 - https://ecoandoavozdosmartires.wordpress.com/2015/12/18/mulher-yazidi-implora-ao-conselho-de-seguranca-da-onu-para-acabar-com-estado-islamico/
 - http://in.mobile.reuters.com/article/businessNews/idINKBN0TZ33B20151216?i=8

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

se fosse um branco a dar uma estalada a um preto tinha-se visto e revisto e comentado varias vezes nos media.

Mas isto, nao vi nenhuma vez.

18 de dezembro de 2015 às 22:58:00 WET  

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