quarta-feira, março 11, 2015

SOBRE AS COMBATENTES CURDAS CONTRA O CALIFADO


No norte da Síria e do Iraque, as mulheres combatentes na frente da batalha são um problema para o Estado Islâmico.
No norte da Síria, em Rojava, surgiram em 2012 as brigadas femininas do YPG (Unidades de Protecção do Povo), a milícia armada que combate o avanço do Estado Islâmico. São as YPJ, ou Unidades de Protecção Femininas.
São cerca de 7000 mulheres voluntárias, com idades entre os 18 e os 40 anos, que recebem o mesmo treino que os homens e combatem lado a lado com eles ou em batalhões exclusivamente femininos. Algumas são muçulmanas, outras cristãs, outras ateias, e para além da ferocidade no combate destes batalhões femininos, há algo nelas que enche os jihadistas do Estado Islâmico (EI) de terror: numa entrevista ao Mirava News, uma combatente explica que eles acreditam que se forem mortos por uma mulher, não entram no paraíso.
Tiveram um papel determinante do salvamento e realojamento dos milhares de Yazidis que foram encurralados no monte Sinjar pelo EI em Agosto de 2014 e mais recentemente na reconquista de Kobane, em que foram mortos cerca de 1000 jihadistas, batalha em que receberam apoio dos "peshmergas" do Norte do Iraque e da coligação internacional contra o EI com ataques aéreos ao inimigo.
Tanto as mulheres do YPG na Síria, como as mulheres peshmergas no norte do Iraque são aconselhadas a suicidarem-se caso sejam capturadas pelos militantes do EI: às mãos dos jihadistas é certo que serão violadas e vendidas como escravas, se não forem decapitadas.

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Fonte: http://www.tsf.pt/Multimedia/Galeria/?content_id=4445561

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É curioso como a pouco e pouco tudo o que era do mundo antigo parece retornar ao campo de visão dos Ocidentais. Neste caso trata-se do «retorno», em certa medida, das lendárias «Amazonas», que, por coincidência ou talvez não, viveriam perto da zona donde são estas combatentes curdas. 
E seja por mera admiração do seu valor ou, mais importante, pelo reconhecimento de um laço étnico inegável com esta gente - comum raiz indo-europeia - é um dever moral da parte dos Europeus fazerem o que estiver ao seu alcance para salvaguardar a existência e continuidade desta Nação, por enquanto sem pátria soberana.


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estranho esta crença dos muslos do EI, sendo que a maioria dos curdos são muçulmanos também e até praticam "assassinatos de honra" e "mutilação genital feminina". Bem que já li umas feministas a grasnar que elas estão apenas a ser usadas como "idiotas úteis" pelos próprios curdos pelo facto dos gajos do EI temerem ser mortos por mulheres, mas ainda assim é estranho pois já li também que a crença era que se eles fossem mortos por mulheres, eles entrariam no "Paraíso" mas não receberiam as tais "virgens prometidas por Alá".

12 de março de 2015 às 01:48:00 WET  
Anonymous PL said...

Caro Caturo,

O povo Curdo merece ser ajudado, sem dúvida.

Mas quem se lembra de ajudar o povo da pobre Ucrânia?:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/03/os-fascistas-ucranianos.html

12 de março de 2015 às 03:42:00 WET  

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