quarta-feira, março 11, 2015

MORREU MAIS UM JIHADISTA DITO PORTUGUÊS

Fonte: http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/estado_islamico_anuncia_morte_de_jihadista_portugues.html
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O Estado Islâmico está a anunciar a morte de um jihadista português. Dava pelo nome de guerra de Abu Juwairiya al-Portughali estaria entre os comandantes da organização. Era conhecido por "O Português". A informação foi  avançada pelo correspondente do jornal kuwaitiano Al Rai, Elijah J. Magnier, na sua conta no  Twitter. 
Contactado pela SÁBADO, o repórter explica que a informação foi partilhada por um jihadista que passou algum tempo detido com o português na Turquia. Abu Juwairiya al-Portughali terá sido um dos 180 jihadistas libertados em Setembro do ano passado em troca dos cerca de 50 reféns feitos no consulado de Ancara em Mossul. "Ele era temido até na prisão. Os prisioneiros não fumavam à sua frente porque fumar é proibido no EI", revelou o jihadista na rede social. Aos guardas turcos, acusava-os de serem apóstatas: "Como é que se dizem muçulmanos se não rezam?" Segundo o jornalista, o português terá sido morto na Síria. 
É a primeira vez que o nome Abu Juwairiya al-Portughali aparece referenciado publicamente. Até agora, foram reveladas as identidades de Nero Saraiva, Fábio Poças (AbduRahman Al Andalus), Celso Rodrigues da Costa (Abu Issa Al Andalusi), Edgar Rodrigues da Costa (Abu Zakaria Al Andalusi), Sandro Monteiro, Steve Duarte (Abu Muhajir Al Andalous), Mickael Batista (Omar Al-Fransi), Mickaël dos Santos (Abou Uthman), Joni Parente (Abu Usama al-Firansi), Ângela B. e Dylan Omar (Omar Khattab).  
Ao que a SÁBADO apurou, as autoridades portuguesas desconheciam sua presença na Síria e só agora ficaram a par da sua detenção anterior na Turquia. Estão agora a tentar apurar a sua verdadeira identidade. 
Contactado pela SÁBADO, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, não tinha conhecimento desta morte. "Nós não temos embaixada na Síria, portanto o mais provável é que nunca venha a saber", explicou. 
A confirmar-se, será a quarta morte anunciada de um jihadista português no conflito na Síria e no Iraque. O primeiro foi Joni Parente que, em Maio de 2014 realizou um atentado suicida no Iraque. O segundo Sandro Monteiro que, no fim de Outubro do mesmo ano terá morrido vítima de um bombardeamento da coligação internacional em Kobane. Já em Janeiro deste ano, foi a vez de Mickael Batista ser atingido na mesma cidade por um míssil. 
As autoridades nunca confirmaram oficialmente as suas mortes. Como os corpos nunca foram encontrados, existe o receio de as mortes terem sido forjadas para os combatentes mais facilmente regressarem à Europa. 

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O reforço militar dos Curdos deveria ser, só por isto, mesmo que não houvesse mais nenhum motivo, uma prioridade da política externa da União Europeia.