SOBRE O PRÉMIO NOBEL VITIMADO PELA INQUISIÇÃO ANTI-RACISTA

Fonte: http://rt.com/news/210059-watson-dna-nobel-racist/

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O geneticista James Watson, vencedor do Prémio Nobel em 1962 por ter descoberto a estrutura do ADN, está agora completamente queimado profissionalmente, desde que em 2007 caiu na ingenuidade de dar em público a sua opinião sobre a inteligência dos negros, afirmando que o QI dos negros africanos era mais baixo do que o dos Europeus, e que por o seu nível intelectual ser baixo os Africanos teriam eventualmente um triste futuro se não se percebesse este facto: «todas as nossas políticas sociais estão baseadas no facto de que a sua inteligência é a mesma que a nossa, enquanto todos os testes dizem que isso não é verdade.» Mais tarde até veio a dizer que os empregados negros eram menos inteligentes e que não havia cientistas negros talentosos que pudessem ser recrutados para trabalharem no seu laboratório.

Disse, depois do «escândalo», o seguinte: «por eu ser uma "não pessoa" fui expulso dos quadros das empresas, não tenho nenhum salário para além do meu salário como académico». Nessa altura foi forçado a retirar-se do Laboratório Cold Spring Harbor, onde trabalhara por quatro décadas.

«Ninguém quer realmente admitir que eu existo», acrescentou, em entrevista ao Financial Times.

Desde então não mais foi convidado para palestras públicas. Resolveu entretanto vender a sua medalha nobel - que poderá valer entre dois milhões e meio e três milhões de dólares, que é praticamente o mesmo em euros - e planeia doar parte do dinheiro que assim conseguiu realizar. E diz também que quer vir a adquirir arte, pretendendo, em concreto, vir a ter um quadro do pintor inglês David Hockney.

De notar que as teorias raciais de Watson a respeito do QI têm algum apoio académico, nomeadamente da parte de Richard J. Hernstein e Charles Murray com o seu controverso livro «A Curva de Bell», mas a maior parte da comunidade científica condenou-o como «preconceituoso», acusação que Watson ainda hoje rejeita, argumentando que não é «um racista no sentido convencional» do termo. 

De um ponto de vista ético e político, o mais relevante nem é saber se Watson tem ou não razão no que diz. O grave é que tenha sido discriminado profissionalmente por exprimir a sua opinião. Tivesse ele dito que a genética prova a superioridade dos negros na corrida ou dos mestiços na resistência às doenças e todo o aparelho me(r)diático lhe teceria os mais rebuscados louvores, aproveitando para histericamente guinchar aos quatro ventos que «o cientista que descobriu o ADN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! diz que os negros/mestiços são superiores nisto e naquilo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, abaixo o racismo e a xenofobia e o nazismooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!» e ficava toda essa cambada culturalmente dominante toda contente. Não lhe perdoam portanto o facto de dar a sua inevitavelmente credível voz ao fortalecimento de um pensamento «proibido» e perseguido por lei. E, assim, violam, involuntariamente ou se calhar não, um dos valores basilares do Ocidente, que é a liberdade de expressão.