sábado, novembro 22, 2014

INGMAR BERGMAN FOI SIMPATIZANTE DO NACIONAL-SOCIALISMO

O famoso cineasta sueco Ingmar Bergman revelou que foi um grande admirador do ditador alemão Adolf Hitler, tendo todavia perdido o seu entusiasmo pelo Nacional-Socialismo (NS) depois de se terem revelado os horrores dos campos de concentração.
Bergman contou isto mesmo a Maria-Pia Boethius, autora do livro «Honra e Consciência», que aborda a questão da autenticidade da posição neutral da Suécia durante a II Guerra Mundial. 
Autor de alguns dos mais aclamados filmes do século XX, o sueco já tinha admitido noutras ocasiões que chegou a ser um simpatizante do NS. Viu Hitler em 1936 e testemunha: «ele electrificava a multidão». Em 1936 encontrava-se em Berlim nessa altura, alojado em casa de uma família NS, quando viu o austríaco a discursar: «Hitler era inacreditavelmente carismático. Electrificava a multidão.»
Bergman conta que o seu pai era ultra-direitista e as suas ideias políticas espelhavam-se em toda a família. E acrescenta: «O Nazismo que eu tinha visto parecia divertido e jovial. A grande ameaça eram os Bolcheviques, que eram odiados.»
O livro acima citado refere um ataque perpetrado pelo irmão de Bergman e um amigo contra uma casa de um judeu. O grupo pintou uma suástica nas paredes da casa. 
Bergman continuou a ser um admirador do NS até ao fim da guerra, quando se começou a divulgar o que alegadamente teria acontecido nos campos de concentração: «Quando as portas dos campos de concentração foram abertas, eu a princípio não queria acreditar nos meus olhos. Quando a verdade se revelou foi um horrendo choque para mim. De uma maneira brutal e violenta eu fui subitamente destituído da minha inocência.»
O realizador retirou-se da carreira cinematográfica em 1983, depois do sucesso de «Fanny e Alexandre», vencedor do Óscar do melhor filme estrangeiro. Continua todavia a ser um activo escritor e um director de palco.
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Fonte: http://news.bbc.co.uk/2/hi/entertainment/441057.stm