sexta-feira, outubro 10, 2014

SOBRE A ASIATIZAÇÃO DE PARTES DE LISBOA

Agradecimentos a quem aqui trouxe este artigo: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4172194&seccao=Su
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Caril "verdadeiro", paparis, quiabos, lentilhas e barras de coco são alguns dos ingredientes que passaram a fazer parte da ementa de muitos lisboetas com a chegada à capital de comerciantes de várias nacionalidades.
"Há quem ponha as tripas de molho na banheira. E é engraçado: vê-se carne pendurada nas janelas." Pedro Damásio trabalha há duas décadas na Mouraria e ainda se lembra de quando, nas casas e ruas daquele bairro histórico de Lisboa, eram visíveis quase exclusivamente pessoas e hábitos "portugueses". A época é recordada sem saudade.
Na semana em que, em entrevista ao blogue Pensar Lisboa, a historiadora Raquel Varela causou polémica ao afirmar que aquilo de que menos gosta na capital é, além da "invasão de turistas" e hostels, de "mercearias asiáticas" e de "lojas de chineses", o comerciante elogia a existência num dos lugares mais antigos de Lisboa de comunidades originárias de diversos países. Afinal, salienta o olisipógrafo Appio Sottomayor, após a conquista, no século XII, da cidade aos muçulmanos e o seu confinamento ao que é hoje a Mouraria, existia "comércio entre cristãos e mouros".
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Não tenho dúvida que, pela sua filiação política, Raquel Varela foi sujeita a toneladas e toneladas de propaganda e lavagem cerebral anti-racista, desde cedo. Ela própria diz que sempre foi anti-racista e se solidarizou com os negros abatidos pela polícia. Nisso estamos nas antípodas. De saudar é, contudo, a sua coerência em combater a exploração da mão-de-obra barata, atitude que lhe granjeou agora acusações de racismo porque isto já se sabe, a Esquerda típica acha muito bem que se critiquem os capitalistas exploradores!!!!!!, desde que estes sejam brancos europeus, bem entendido... 
Um meio louvor para Raquel Varela por contribuir com a sua voz para que mais gente em Portugal abra os olhos no sentido de perceber a terceiro-mundificação que estará a acontecer em Portugal, e no resto do Ocidente, com a enchente de imigrantes não europeus pela Europa adentro.
Da sua publicação no Facebook a 7/10:
«Queridos amigos, não creio que seja relevante policiarmos as palavras uns dos outros a propósito de uma entrevista que dei onde disse que não gosto das mercearias asiáticas em Lisboa, não gosto mesmo, podiam ser asiáticas, do magrebe, brasileiras, há um racismo social gravissimo que está a expulsar os lisboetas de Lisboa, gentrificar a cidade. Não é que há uma merceria das beiras com queijo fresco e outra mais barata que só vende fast food, é que a do queijo fresco desapareu, e para ser feita com trabalho barato usa mão de obra mais barata, frequentemente ilegal, e vende fast food. »

Quanto ao sujeito que recorda «sem saudade» o passado tipicamente português de um bairro de Lisboa, não surpreende - há de facto quem odeie a sua própria cultura e considere um gesto de civilização sofisticadíssima abrir braços e pernas a tudo o que seja alógeno e descaracterizador. Contra esse veneno, só o Nacionalismo se ergue. 



7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há-de haver um dia em que os turistas visitarão Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, seja que país ocidental for, e o que hão-de ver é Estados Unidos da América em menor escala. O mesmo multiculturalismo que transforma tudo e todos numa só coisa homogénea. As diferentes culturas europeias pertencerão a um passado que se quer esquecido.
Mas se os turistas quiserem conhecer culturas intactas e intocáveis poderão sempre ir a África, ao Médio Oriente, à Ásia, às Américas, pois então.

Quanto a esse Pedro Damásio, que acha que é um enorme crime haver casas típicas lisboetas e portuguesas em Lisboa e Portugal e, ainda mais, que seja lícito que estas mesmas sejam suprimidas por outras de gente que veio de milhares de quilómetros daqui e que não tem nada a ver com isto, a traição paga-se cara.

11 de outubro de 2014 às 13:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Paga-se caro, aliás.

11 de outubro de 2014 às 15:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Portugal, país que foi colonial e que se afirma tolerante, pode vir a ter, pela primeira vez, um primeiro-ministro "não branco".


http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4173861

11 de outubro de 2014 às 18:27:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Pois. Ainda por cima é manipulação barata de emoções, a querer esquecer que é perfeitamente natural ficar mais impressionado com um caso de rosto humano conhecido do que com números. Já Estaline o dizia - a morte de uma pessoa é uma tragédia, a morte de milhões é uma estatística.
Sintomática é a maneira como o autor do artigo vai buscar o caso do africano que morreu nos EUA para dali extrair mais acusações colectivas de «racismo» que supostamente deveriam «envergonhar» os Norte-Americanos (brancos), os ocidentais brancos deviam ter vergonha por estarem preocupados com a eventualidade de serem contaminados por alógenos, pois claro...

Haverá ainda quem possa duvidar que o «anti-racismo» - culpabilização do branco europeu por tudo o que de mal possa acontecer ao não branco - é a grande «religião» de boa parte da elite me(r)diática? Isto é toda uma sensibilidade construída em torno da ideia de que o Amado Outro é sempre sagrado e nunca se pode recusar-lhe a entrada no nosso país, dê lá por onde der e custe o que custar.

Ou então, ou aliás, e também, é a hoste anti-racista a espernear de raiva por haver agora mais um argumento, e que argumento!, contra a imigração...

12 de outubro de 2014 às 04:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ja ha trezentos anos se fala nisso e nada..catai e moscou deviam investir numa industria tipo bollywood e cnns para impor sua visao em detrimento da cia e oferecer os canais a assinantes no resto das nostratias

12 de outubro de 2014 às 13:30:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Claro o ocidental e o unico otario ke cai nesses discursinhos furados

12 de outubro de 2014 às 13:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Ou então, ou aliás, e também, é a hoste anti-racista a espernear de raiva por haver agora mais um argumento, e que argumento!, contra a imigração..."

Exactamente! Toda esta situação do vírus do Ébola e do recrutamento de "ocidentais" pelo EI é uma pedra no sapato da elite pró-imigração e e veio expor os malefícios da imigração descontrolada.
Uma verdadeira chatice; quem diria que a própria realidade fosse desmentir a elite?!

13 de outubro de 2014 às 18:45:00 WEST  

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