ALCAIDA E CALIFADO DA SÍRIA E DO IRAQUE ESTARÃO A CRIAR UMA FRENTE UNIDA
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_10/Al-Qaeda-e-Estado-Isl-mico-pretendem-criar-frente-unida-3875/
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Os ataques aéreos dos EUA contra alvos do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria fizeram com que vários grupos centrais da Al-Qaeda reconsiderassem a sua oposição às aspirações ultra-radicais do EI, escreve o jornal The Washington Times.
As duas principais asas da Al-Qaeda, de acordo com relatos anteriores, exortaram os jihadistas do Iraque e da Síria a criar uma frente unida para oferecer resistência à coligação internacional antiterrorista auspiciada pelos EUA.
Especialistas dos Estados Unidos, envolvidos no combate ao terrorismo, acreditam que as facções da Al-Qaeda estão próximas para acabar com a divisão e formar uma frente unida. Embora os líderes centrais da Al-Qaeda divulgassem em 26 de Setembro uma série de comentários negando qualquer reconciliação com o EI, nos Estados Unidos acreditam que esses documentos poderiam ter sido preparados ainda antes de as forças da coligação começarem, em 23 de Setembro, os seus ataques aéreos com bombas e mísseis, escreve o The Washington Times.
posted by Caturo at sexta-feira, outubro 10, 2014
6 Comments:
Do ponto de vista estratégico, faz todo o sentido. Por muito desprezo que tenhamos pela Alcaida e pelo EI temos de reconhecer que, do ponto de vista estratégico, os seus líderes têm estado irrepreensíveis, ao contrário dos líderes ocidentais, que se têm fartado de gastar recursos e dinheiro sem alcançarem resultados concretos.
Esta aparente competência dos árabes e a manifesta incompetência ocidental deixam-me francamente preocupado...
Não existe incompetência ocidental, existe "líderes" ocidentais maricas que não se podem "dar ao luxo" de agir com a força muitas vezes necessária porque lhes meteram na cabeça que isso seria reavivar o fantasma do Europeu opressor e o mundo inteiro estaria de olho em cima pronto para a acusação.
O EI, para além de ser uma cambada de selvagens, simplesmente não sofre o estigma de ser ocidental e por isso não tem esses problemas.
«O EI, para além de ser uma cambada de selvagens, simplesmente não sofre o estigma de ser ocidental e por isso não tem esses problemas.»
Concordo em parte, mas não estou inteiramente convencido de que o EI seja um produto exclusivamente islâmico. Há muito armamento americano nas mãos dos jihadistas e muita coisa mal contada acerca da sua ascensão fulgurante na Síria e no Iraque...
...é por isso que não acredito muito na tese dos «"líderes" ocidentais maricas». Sem querer alinhar em teorias da conspiração, estou convencido de que há algo muito mais sinistro nesta história toda.
"Concordo em parte, mas não estou inteiramente convencido de que o EI seja um produto exclusivamente islâmico. Há muito armamento americano nas mãos dos jihadistas e muita coisa mal contada acerca da sua ascensão fulgurante na Síria e no Iraque..."
Também tenho essa opinião. Mas penso que isso não exclui que haja uma certa tibieza por parte da elite ocidental. Que seja propositada ou não, ou ambas, já é algo de somenos importância para efeitos práticos porque, para todos os efeitos, as consequências são as mesmas.
E atenção: por mais que o "Ocidente" tenha financiado/armado/recrutado grupos daquela região, não foi introduzir lá nada (mentalidade, extremismo ideológico e religioso) que já não existisse. Quando se atribui toda a culpa ao Ocidente pela existência de grupos terroristas está-se a isentar das devidas culpas esses mesmos grupos e a fazer mais uma manobra de eterna diabolização dos mesmos de sempre.
Ora nem mais. A culpabilização do Ocidente por tudo e mais alguma coisa chegou já a tal ponto que agora até se infiltra, por pouco que seja, nas fileiras nacionalistas. Já vi militantes activos do Nacionalismo em Portugal a escrever comentários sobre o que sucede no califado em que a única acusação que pareciam ter a fazer era à América e à União Europeia, como se os próprios muçulmanos do califado não fossem culpados de nada, como se não estivessem simplesmente a cumprir um antigo sonho do Islão, que é o califado.
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