O PNR DENUNCIA O QUE CAUSA A CRISE
É impossível falar da “ideologia” do regime sem falar do seu constituinte central: a Crise. Palavra fundadora de todo o seu discurso, pensamento e método, a crise serve de fundamento e argumento para as mais insanas medidas de que a classe de cleptocratas sem escrúpulos que se instalou no poder se lembra para aparar os seus apetites e desejos devoradores. Mas a História mostra que essa “Crise” veio para ficar em definitivo enquanto os partidos do costume estiverem no poder. No presente, a lógica do poder a todo o custo tornou-se superior a qualquer outro princípio que dê sentido às suas acções. Em nome da crise, aprofunda-se a crise; é um ciclo vicioso e viciado. Eles sabem usar estes argumentos em favor de si próprios mas não em benefício daqueles que os elegem.
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Isto implica a substituição do Estado de Direito por um poder privativo, exclusivista, hereditário, que tudo permite em troca da fidelidade canina. Nenhum sistema político-económico, ou projecto de sociedade poderá ter sucesso com os principais responsáveis pelo fracasso na posse dos mecanismos de gestão e controlo da administração.
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Isto implica a substituição do Estado de Direito por um poder privativo, exclusivista, hereditário, que tudo permite em troca da fidelidade canina. Nenhum sistema político-económico, ou projecto de sociedade poderá ter sucesso com os principais responsáveis pelo fracasso na posse dos mecanismos de gestão e controlo da administração.
Veja-se que o grupo central dos poderosos da “Democracia” actual são, na sua maioria descendentes dos poderosos do lado mau do regime anterior, ou seja, dos oportunistas (que também os houve). Agora, começam a querer confundir o futebol com a política. É assim no terceiro-mundo. Hoje, a genuína Política já não existe nem se pratica, o que existe, sim, é o marketing político, o conto do vigário a uma escala descomunal.
No entanto, a riqueza subtraída da política e a hipocrisia governativa são acessíveis apenas a uns quantos privilegiados, seguidores da cartilha, integrados nas “jotas” ou beneficiários do caciquismo local e dos grupos fabricados e mantidos pelo próprio regime que devora o Estado. Porque se sentem impunes, os seus elementos são cada vez mais arrogantes.
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O individualismo e a desconfiança estão de tal forma entranhados no sistema político e na sociedade que não aceitam o domínio de muitos para benefício de todos, mas aceitam o domínio de poucos, para prejuízo de todos.
A Crise institucionalizou-se, e estes governantes precisam dela como do ar que respiram. Mas a crise é verdadeira, agudiza-se por entre a sociedade e todos os sectores estão em decadência. Na verdade, é como um jogo de espelhos. Estes sacrifícios inúteis a que forçam a sociedade e não se sujeitam eles mesmos não são suficientes para esconder o seu fracasso. Nada mais se pode esperar da actual classe política. Foi por culpa da ideologia e da incompetência deles que entrámos na crise, logo jamais poderão ser eles a conseguir tirar-nos dela.
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/crise-os-seus-verdadeiros-autores/
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