PRESIDENTE TURCO QUER TODOS OS ALUNOS DA ESCOLA PÚBLICA A ESTUDAR O ALCORÃO
Notícia do final de Agosto que me passou despercebida: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=4097810&page=-1
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O primeiro-ministro cessante da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi empossado como presidente da República, o que levou a oposição, que acusa o novo chefe de Estado de autoritarismo, a abandonar a cerimónia de posse.
O novo chefe de Estado cumprirá cinco anos de mandato, nos quais prometeu construir uma "nova Turquia", através de uma nova Constituição e na aplicação de um programa de desenvolvimento ambicioso.
Erdogan, de 60 anos, fez o juramento de posse em Ancara.
Deputados da oposição do Partido Republicano do Povo (CHP) - que acusam Erdogan de violar a Constituição - saíram da cerimónia um pouco antes do novo Presidente ser investido no cargo.
Engin Altay, o líder dos deputados do CHP, atirou pelo ar o livro de regras que contém os procedimentos parlamentares e os deputados do seu partido deixaram o recinto antes de Erdogan ser empossado, o que aconteceu sob aplausos dos seus partidários.
O novo presidente, do Partido para a Justiça e o Desenvolvimento (AKP), deixou claro que quer exercer um genuíno poder executivo, depois de ter sido o primeiro chefe de Estado eleito directamente.
Erdogan, que concorreu à Presidência na qualidade de primeiro-ministro, obteve 52% dos votos nas eleições de 10 de Agosto.
Os seus antecessores no palácio presidencial de Cankaya desempenhavam um papel sobretudo cerimonial.
A eleição foi um triunfo para Erdogan - que se tornou primeiro-ministro em 2003 -, depois de sobreviver aos tumultuosos protestos de 2013 contra o governo e às acusações de corrupção no seu círculo mais íntimo.
Erdogan recebe a presidência de Abdullah Gul, um ex-aliado próximo e cofundador do AKP, que agora não deverá desempenhar um papel no próximo governo.
Como Erdogan pode exercer dois mandatos presidenciais, teoricamente poderia ficar no poder até 2024 e neste período celebra-se os 100 anos da Turquia moderna (2023), o que poderá torná-lo uma figura histórica como Mustafa Kemal Ataturk, fundador da República turca e um grande reformador.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, de 55 anos, um aliado de longa data do novo chefe de Estado, irá substituir Erdogan no posto de primeiro-ministro do país.
E o que fez já Erdogan? Vejamos: http://pamelageller.com/2014/09/erdogans-new-turkey-requires-all-students-to-study-the-quran.html/
Ora o presidente Recep Tayyip Erdogan tratou de implementar uma reforma educativa que já tinha sido adoptada há um ano mas que agora entra em força e que ministra o ensino do Alcorão a todos os estudantes do ensino público - todos. Aquilo que até aqui só era oferecido nas escolas religiosas superiores, para formação do clero muçulmano, fará doravante parte do ensino público dirigido a todos os cidadãos turcos, da primária ao décimo-segundo ano.
Outra alteração que a mencionada reforma introduz é a de permitir que os estudantes das escolas religiosas se candidatem ao ensino universitário destinado a formar indivíduos que ocuparão cargos cimeiros na administração pública.
A reforma instaura ainda o ensino do Árabe como segunda língua, para permitir que os estudantes entendam melhor o Alcorão, uma vez que a tradução do texto sagrado muçulmano para Turco tem limitações.
Só os estudantes do ensino privado poderão (pelo menos por enquanto) escapar ao estudo do Islão e estes encontram-se usualmente nas camadas mais abastadas da população.
O actual primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, foi ouvido a defender o califado, como aqui se leu: http://gladio.blogspot.pt/2014/08/ministro-turco-defende-califado-do.html
E é este o país «laico» e «moderado» que a elite reinante no Ocidente, classe governativa tuga incluída - até o CDS - quer meter pela Europa adentro.
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