EM FRANÇA - MUÇULMANOS VOTAM MAIS À ESQUERDA, AUTÓCTONE MAIS SOCIALMENTE BAIXOS VOTAM NA EXTREMA-DIREITA

Fonte: http://www.alertadigital.com/2013/07/10/en-francia-los-musulmanes-votan-a-la-izquierda-mientras-que-los-obreros-prefieren-a-la-extrema-derecha/

Em França, vários estudos sociológicos confirmam que em termos político-eleitorais há dois grandes grupos emergentes: os muçulmanos, que se inclinam em massa para partidos de Esquerda, e os trabalhadores menos qualificados, que preferem, em geral, os partidos da Direita, sobretudo da Extrema-Direita.

Sabia-se já que eleitores muçulmanos tinham contribuído de maneira determinante para a vitória do actual presidente do país, François Hollande, na segunda volta das eleições presidenciais de 2012. Entretanto, a Fundação Jean-Jaurés publicou recentemente um estudo sublinhando que os partidos de Esquerda está a deixar de representar os trabalhadores franceses, os quais cada vez mais se voltam para a Frente Nacional (FN), dirigida por Marine Le Pen, maior grande representante da Extrema-Direita em França.

Jérôme Fourquet, director do departamento de opinião do instituto IFOP, publicou um estudo compilando todos os votos das presidenciais de 2012, das eleições parciais que se lhe sucederam, das sondagens e observação da intenção de voto. Deste estudo desprende-se um dado significativo: os muçulmanos franceses, que ascendem já aos seis milhões de indivíduos, mostram óbvia preferência pelos partidos esquerdistas, nomeadamente o Partido Socialista (PS), a Frente de Esquerda (FdG) e o Partido Comunista Francês (PCF). Observa-se, até, uma presença cada vez maior de muçulmanos e muçulmanas, de véu algumas delas, em manifestações de partidos de Esquerda. Fourquet deixa claro do que se trata: «segundo os nossos estudos, os franceses muçulmanos foram a categoria social que votou mais maciçamente a favor de Hollande, fosse por simpatia para com o candidato, fosse por rejeição de Nicolas Sarkozy. Um ano depois a tendência confirma-se.»

 

Porque esta gente sabe, cada vez mais, o que lhe convém... as agendas de Esquerda, usualmente liberalizantes em termos sociais - defesa quando não promoção dos homossexuais, da droga, do aborto, etc. - em princípio agradariam muito pouco ou nada a uma população de cultura visceralmente conservadora e frequentemente adepta de um estilo de vida particularmente limitador das liberdades, inimigo mortal das libertinagens. E todavia... todavia esta gente sabe passar por cima de tudo isso, porque percebe que o que realmente mais interessa é escancarar completamente a porta do país para poder entrar à vontade, e a seu tempo trata-se dessa questão das manias liberais europeias...

 

Do lado contrário, a população indígena mais afastada dos círculos sócio-economicamente superiores está por isso mesmo menos influenciada pela corrente ideológico-cultural dominante nesses meios, que é a do cosmopolitismo internacionalista, multiculturalista, anti-racista - esta secção da população, recebendo muito menos interferência cultural na sua natureza tradicional de estirpe, e sofrendo, por outro lado, cada vez mais a pressão negativa da presença maciça de alógenos, vira-se por isso mesmo cada vez mais para quem melhor representa o vitalismo mais profundo da Estirpe: as forças do Nacionalismo.