NA TERRA DOS HELVÉTICOS - DEMOCRACIA PERMITE AOS NACIONALISTAS ENCOSTAR O GOVERNO À PAREDE NA QUESTÃO DO ESTRANGEIRAME

Fonte: http://www.thelocal.ch/page/view/svp-piles-on-pressure-over-foreign-criminals

Na Suíça, o partido nacionalista União Democrática do Centro (UDC em Português, Francês e Italiano, SVP em Alemão) volta à carga, não pára, e renova agora a pressão sobre a classe política reinante para que os criminosos estrangeiros sejam expulsos do País - esta formação partidária conseguiu fazer passar mais um referendo, alcançando 154982 assinaturas, bem mais do que as cem mil necessárias para o efeito, referendo este que tem por mote exigir ao governo que se digne honrar o referendo que em Novembro de 2010 teve como resultado cinquenta e três por cento dos votos a aprovar a expulsão compulsiva dos estrangeiros que tivessem cometido crimes na Suíça. A UDC acusa o governo de estar a engonhar...

O governo colocou duas propostas detalhadas em Maio, ambas significativamente mais indulgentes do que as propostas originais, porque, argumenta o governo, era necessário fazer com que estas se tornassem compatíveis com a lei internacional.

A nova iniciativa, posta em marcha pela UDC, é muito mais detalhada do que a original e se for aprovada em referendo dará ao governo menos espaço de manobra. O texto especifica que a expulsão dos estrangeiros que tenham cometido homicídio, roubo ou violação deve ser automática, ainda que se trate da primeira vez que o crime é pelo meliante cometido. Outros delinquentes alienígenas em risco de expulsão seriam os «notórios e incorrigíveis» cujas acções «afectassem seriamente a ordem e a segurança públicas».

No texto da iniciativa, o partido declara que «é mais que tempo de actuar severamente contra a criminalidade estrangeira. A criminalidade continua a ser um grave problema. O número de roubos e furtos está literalmente a explodir em vários cantões.»

 

 

É mais um bom trabalho deste exemplar partido nacionalista europeu, não só porque continua a combater pelo Povo, mas também porque a sua acção deixa a nu, com notória clareza, que, de facto, é mesmo, mas mesmo verdade que o povo, o povinho, quer uma coisa, enquanto a elite reinante quer outra: o povo quer ver-se livre dos alógenos criminosos, enquanto a classe dirigente suíça, igual à dos outros países do Ocidente, tudo faz para encher o país de alógenos ou pelo menos não os expulsar, e satisfazer-lhes até os caprichos imperialistas - lembrar que no caso do referendo do minarete o grosso da classe política suíça expressou o seu desagrado em relação à rejeição popular dessas «baionetas» muçulmanas em solo helvético (e quando uso termo «baioneta» para designar o minarete estou só a fazer o mesmo que o primeiro-ministro turco Erdogan, que, citando um poeta turco, definiu desse modo os minaretes na Alemanha e na Europa: «os minaretes são as nossas baionetas»...).

 

Prova-se portanto, mais uma vez, que isto de Democracia a sério, ou seja, de sistema político em que a vontade popular se alça, soberana, sobre a da classe política, é realmente uma grande chatice para a hoste anti-racista e xenófila, porque quanto mais democrático é um país, maior é o seu potencial «racista e xenófobo»...