DEPUTADOS IRLANDESES EXIGEM QUE TURQUIA SAIA DO CHIPRE - TURQUIA DEIXA NO AR AMEAÇA VELADA À EUROPA

Fonte: http://www.alertadigital.com/2013/01/02/turquia-amenaza-a-europa-despues-de-que-parlamentarios-irlandeses-condicionen-su-incorporacion-a-la-ue-a-una-solucion-al-problema-de-chipre/

Na União Europeia (U.E.), a presidência rotativa cipriota terminou, dando lugar à presidência irlandesa - e os deputados da República da Irlanda afirmam que as negociações de adesão da Turquia à U.E. devem ficar paralisadas enquanto o dito país asiático não retirar as tropas e os colonos turcos da parte «turca» de Chipre, isto é, da área do país que está ilegalmente ocupada pelo Estado turco, que é a zona norte da ilha cipriota. Esta ocupação é um crime internacional, conforme os deputados irlandeses salientaram, sublinhando, a propósito, a questão humanitária respeitante aos indivíduos desaparecidos durante a ocupação. Os deputados do Eire expressaram ainda o interesse em aceder aos arquivos e zonas militares do exército. Estas declarações foram proferidas no parlamento irlandês, na presença do ministro turco dos Assuntos Europeus e principal negociador das conversações de adesão à U.E., Egemen Bagis.

Durante a presidência cipriota, a Turquia negou-se a qualquer tipo de relação com a presidência, atitude condenada por todas as instituições da U.E..

Os parlamentares da verde Erin exigem além disso a libertação de todos os cidadãos legais da cidade de Famagusta, ocupada pela hoste militar da Ásia Menor. Referindo-se à zona económica exclusiva (ZEE) cipriota e às reservas de hidrocarbonetos, os deputados irlandeses afirmaram que Chipre tem «o direito soberano na sua zona económica exclusiva que deve ser respeitado.»

Chipre tem estado dividido desde 1974, quando a Turquia invadiu e ocupou a parte norte da ilha. A última ronda de conversações encabeçadas pela O.N.U. começou em 2008 com o objectivo de reunificar a ilha sob o um tecto federal. Até agora pouco se alcançou e as negociações chegaram a um beco sem saída.

Diante do parlamento irlandês, o ministro turco Bagis disse que o problema de Chipre não de ser obstáculo a que o seu país entre na U.E. e que Ancara quer uma solução pacífica para a ilha, baseada na «igualdade política» entre as comunidades greco-cipriota e turco-cipriota. E disse também o seguinte: «ninguém deve desafiar as capacidades militares da Turquia. Não devemos olvidar que o exército turco é o maior da Europa e o segundo maior da OTAN. Se a Turquia é empurrada para que não entre na U.E., quero deixar claro ao embaixador cipriota grego que Chipre tem algo a perder com esta eliminação. Se a Turquia for provocada ou questionada de algum modo, Chipre e a Europa arrependem-se.»

Mais uma vez se observa a desbragada arrogância turca para com a Europa - uma arrogância que desta feita chega ao ponto da ameaça militar, o que soma o insulto à já de si preocupante hostilidade desta gente asiática. Só isto, mesmo que mais nada houvesse, só isto já deveria ser suficiente para que nunca a Turquia pudesse entrar na U.E.. Que em vez disso o grosso da elite reinante no Ocidente, sobretudo a mais americanizada, queira a todo o custo permitir que este cavalo de Tróia islâmico entre pela Europa adentro, só atesta a podridão universalista militante e subsequentemente pró-islamista, dimiesca, estabelecida ao mais alto nível das esferas de poder ocidentais - a ponto de nesses meios se chegar a utilizar como argumento para meter a Turquia na UE precisamente aquele de que a Turquia agora se serviu para ameaça a Europa, o que só atesta cobardia e uma total falta de ética e de princípios da parte de quem teria por dever conduzir os destinos do Ocidente.