AUMENTA A ISLAMOFOBIA NA ALEMANHA
Um novo estudo realizado na Alemanha indica que no país está a disseminar-se a islamofobia, o que mostra que a repulsa pelo Outro já vai além da questão da etnicidade.
Diz o dirigente do Instituto de Pesquisa Interdisciplinar do Conflito e Violência, na Universidade Bielefeld, Wilhelm Heitmeyer, que «já não são "os turcos" mas sim "os muçulmanos"». Constata assim uma crescente rejeição do Islão na Alemanha.
A teoria não é nova - um estudo realizado na universidade de Münster em 2010 indica que sessenta e seis por cento dos Alemães ocidentais e setenta e quatro por cento dos Alemães orientais têm uma atitude negativa para com os muçulmanos. Um outro estudo, mais recente, elaborado no Instituto Allensbach, sugere que esta tendência não mudou nos últimos dois anos, uma vez que apenas vinte e dois por cento dos Alemães inquiridos concordam com o que disse o ex-presidente do país Christian Wulff a respeito do Islão ser parte da Alemanha, tal como o Cristianismo.
Heitmeyer observa ainda que a islamofobia existe não apenas nas fileiras da Extrema-Direita mas também em meios centristas e até esquerdistas; trata-se de um sentimento que se estende a todo o país e em todas as classes sociais.
Por seu turno, o especialista em Neo-Nazismo da universidade técnica de Düsseldorf, Alexander Häusler, disse à imprensa que enquanto a discriminação étnica é tabu, o «racismo de base religiosa» é geralmente considerado como um exercício de liberdade de expressão: «críticas ao Islão ou aos muçulmanos parece aceitável porque não é vista como classicamente racista».
Os muçulmanos organizados também se têm queixado. O dirigente do Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha, Aiman Mazyek, disse à imprensa que as autoridades têm-se recusado a classificar os ataques violentos contra muçulmanos como casos à parte, agrupando-os em vez disso no rol da xenofobia. «Ao fazer isto, a hostilidade contra o Islão está a ser abafada», alega Mazyek, que queria que o governo publicasse um relatório anual da criminalidade.
Que chatice para a elite, ver o povo, o povinho, com o seu atávico e natural etnicismo a «arranjar» novos «pretextos» para dizer não à presença do Amado Outro...
8 Comments:
Caturo, os antigos Lusitanos comemoravam todos esses festivais do calendário romano ou somente alguns deles? E no caso de terem sido somente alguns, quais seriam eles?
http://www.novaroma.org/calendar/index.html
Perguntas bem... isso gostava eu de saber mas não há, tanto quanto sei, quaisquer dados concretos sobre tal questão. Apenas alguns leves indícios, nomeadamente a respeito de uma ou outra festividade de raiz céltica, a saber, o Primeiro de Maio e o Primeiro de Novembro. Mas é perfeitamente possível, até provável, que algumas das principais datas religiosas romanas fossem celebradas na Lusitânia romanizada, tais como a Saturnália, a Agonália, a Lupercália, mas de facto não sei.
E na Peninsula Iberica em geral? Existe registo de algum festival romano em Espanha?
Tanto quanto sei, não.
enfim,tudo decorre como o planejado pelos senhores de israel.
Sim, os senhores de Israel é que põem os muçulmanos na Europa, ehnehehehh...
"Tanto quanto sei, não."
Lembrei-me agora do Carnaval de Podence. Li em um artigo que postaste aqui mesmo no blogue uma vez que era um antigo ritual de fertilidade dedicado a Saturno e Jano, ou algo parecido. Teria alguma origem na Lupercalia?
Penso que sim, e digo isso todos os anos, quando falo do Carnaval de Podence - a semelhança do que fazem os Caretos com aquilo que faziam os Luperques é óbvia: irem em grupo, mascarados, «atacar» as raparigas.
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