quarta-feira, janeiro 09, 2013

LÍDER DA POTÊNCIA ASIÁTICA QUE QUER ENTRAR NA EUROPA EXPRESSA VONTADE DE RETORNAR AOS LOCAIS CONQUISTADOS PELOS SEUS ANCESTRAIS...

Num importante discurso proferido no final do ano passado, por ocasião de inauguração de um aeroporto regional na Turquia, o primeiro-ministro turco Recep Tayip Erdogan declarou:

«Vivemos num mundo com sete mil milhões de pessoas. Qual a nossa tarefa, sabemo-lo muito bem. Onde quer que os nossos antepassados tenham pisado com os seus cavalos, iremos nós. Estamos interesssados em cada um desses lugares.»

De lembrar que, no Islão, todo o território que alguma vez tenha sido conquistado pelos muçulmanos, é para sempre muçulmano - na doutrina islâmica, chama-se a tal espaço dar-al-kafir-taari. É o caso do território actualmente israelita e da Ibéria, por exemplo.

Não é de resto novidade que a Turquia está apostada em expandir-se neo-imperialmente pela Europa adentro. A derrota sofrida pelos Turcos às portas de Viena de Áustria ainda lhes está atravessada. E até os EUA, o seu maior aliado no Ocidente, sabem bem disto, como aqui se pôde ler:
http://gladio.blogspot.pt/2010/11/ha-quem-ja-lhe-chame-um-11-de-setembro.html
Diplomatas norte-americanos fizeram vários relatórios a dizer que:
- a Turquia não é um parceiro confiável;
- a liderança está dividida e infiltrada por islamistas;
- o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, é representado como tendo «pontos de vista neo-otomanos», isto é, imperialistas e que usaria a sua influência sobre o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, descrevendo-o como «excepcionalmente perigoso»;
- um dos conselheiros do partido do poder, AKP, quer «a reconquista da Andaluzia e a vingança pela derrota no cerco de Viena de Áustria em 1683»;
- muitas das principais figuras do AKP são membros de uma fraternidade muçulmana e Erdogan nomeou banqueiros islamistas para posições influentes.
 
«A falta de coesão dso AKP como partido e a sua falta de abertura como governo é reflectida na gama de motivos de contornos pouco claros para se juntarem à União Europeia por parte dos membros do AKP que dizem que querem a pertença da Turquia à UE... Alguns vêem o processo como uma maneira para marginalizar os militares turcos e o que resta do árido "secularismo" do Kemalismo.
Também demos de caras com a raramente referida abertamente mas muito divulgada crença entre os aderentes do Islão turco de que o papel da Turquia é disseminar o Islão na Europa "para reconquistar a Andaluzia e vingar a derrota no cerco de Viena em 1683" como disse um participante num encontro recente do principal grupo de pressão intelectual do AKP. Este pensamento vai na mesma direcção que a lógica (...) do ministro Ahmet Davutoglu que num artigo de opinião de 13 de Dezembro do International Herald Tribune que é em essência um apelo a uma tolerância multicultural de um só sentido, isto é, só da parte da UE.»
 
Ora os EUA, mesmo sabendo disto, continuam a querer meter a Ásia Menor na Europa. Cá pelo burgo, entretanto, até já o «direitista» CDS virou o bico ao prego e também já quer a Turquia na UE.
Isto é uma razoável confirmação, como se fosse necessária, de que a elite pensa o mesmo que a extrema-direita a respeito da presença turca na UE - mas, ao contrário da extrema-direita, a elite não quer proteger disso os Europeus.

9 Comments:

Blogger Ludovico Cardo said...

http://www.youtube.com/watch?v=jGyfmhFobdM

9 de janeiro de 2013 às 03:13:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Caturo disse...
«Isto é uma razoável confirmação, como se fosse necessária, de que a elite pensa o mesmo que a extrema-direita a respeito da presença turca na UE - mas, ao contrário da extrema-direita, a elite não quer proteger disso os Europeus.»

Ora, lá está. E isso só nos pode levar a uma conclusão lógica: a islamização do Ocidente beneficiará as elites, e beneficiá-las-á a um tal ponto que elas decidiram que vale a pena sacrificar a estabilidade e a paz social da Europa e dos EUA para usufruir desses benefícios.

Infelizmente, temos demasiados nacionalistas nas nossas fileiras que continuam a achar que é mais importante partilhar vídeos com os discursos anacrónicos do Hitler ou com o Goebbels, ou denunciar os "abusos" de Israel sobre os palestinianos, do que falar sobre a maior ameaça à identidade dos povos que enfrentamos na actualidade: a islamização do Ocidente.

9 de janeiro de 2013 às 14:12:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pois... porque «os sionistas!!!» é que dão cabo de tudo, tudo, tudo, e portanto ao negar o alegado holocausto e denunciar Israel, consegue-se que o povo vote nos «nazis» e que os muçulmanos resolvam ir embora daqui para fora...

9 de janeiro de 2013 às 18:09:00 WET  
Blogger Caturo said...

«E isso só nos pode levar a uma conclusão lógica: a islamização do Ocidente beneficiará as elites»

Ou as elites é que pensam que podem entender-se bem com um poder islâmico, atenção...

9 de janeiro de 2013 às 18:10:00 WET  
Blogger Caturo said...

Ou talvez acreditem que a religião muçulmana há-de acabar por se dissolver na Europa, tal como o Cristianismo...

9 de janeiro de 2013 às 18:11:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Caturo disse…
«Ou as elites é que pensam que podem entender-se bem com um poder islâmico, atenção...»

Sim, mas disso eu não tenho qualquer dúvida. Entendo que os benefícios a que me referi anteriormente são, neste momento, meras projecções ou estimativas que alguns membros da elite fizeram para o futuro. Mas não são mero “wishful thinking”, têm por base episódios concretos da história do Médio Oriente.

Por exemplo, Bat Ye’Or refere no seu “Eurábia” que uma das razões para o sucesso político da irmandade muçulmana é que a utilização da doutrina e islâmica e das feridas do colonialismo europeu cega os muçulmanos para os problemas concretos dos seus países. Quando as pessoas ficam “hipnotizadas” pela raiva e pela indignação, não se interessam tanto pelas questões realmente importantes, como o acesso à água potável, a alfabetização ou a disponibilidade de saneamento básico, mas mais pela reparação das “injustiças” históricas. Isto torna a vida política e a governação muito mais fáceis, porque desde que os preceitos islâmicos sejam seguidos, a tendência das pessoas é não protestar demasiado.

Ora, é minha convicção pessoal que os líderes ocidentais perceberam este fenómeno há já muito tempo. E compreenderam que é preferível importar mais desta gente, até por outras questões como a importação de mão-de-obra mais barata e a renovação demográfica, do que investir nos europeus, cujo espírito crítico, capacidade de procura de informação alternativa e activismo político se tornaram intoleráveis.

Tudo se encaixa: primeiro destruíram a família tradicional ocidental, fazendo cair o número de casamentos e as nossas taxas de fertilidade ao mínimo de sempre; agora, exigem a substituição dos filhos que já não temos por massas imigrantes mais fáceis de contentar e, por isso, mais facilmente manipuláveis.

Caturo disse...
«Ou talvez acreditem que a religião muçulmana há-de acabar por se dissolver na Europa, tal como o Cristianismo...»

Eu pessoalmente não acredito que eles queiram saber disso, pelo menos para já. O objectivo nos próximos anos é sobretudo recolher os votos dos muçulmanos e despedaçar ainda mais o sentido identitário dos europeus, para que a nossa civilização seja diluída e a nova ordem mundial possa começar a ser erguida.

Quanto mais dedicada ao Islão for a sociedade, mais fácil será manter os salários baixos, mais fácil será arranjar consenso político e sobretudo, mais fácil será manter o poder.

Não quer isto dizer que, certos sectores da elite, como os professores, os juristas, os artistas e os intelectuais não acreditem na laicização dos Islão.

Mas é minha convicção pessoal que o grande poder político e o grande capital não só não acreditam, como estão apostados na deterioração da laicidade ocidental.

9 de janeiro de 2013 às 19:15:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Quanto mais dedicada ao Islão for a sociedade, mais fácil será manter os salários baixos, mais fácil será arranjar consenso político e sobretudo, mais fácil será manter o poder.»

Pois, manter o poder - mas quem o manterá? Dificilmente pode esta elite ocidental, multiculturalista, laica, o mais das vezes ateia, constituir poder numa sociedade islamizada. Nessa altura a elite será outra e o «conde Julião e o bispo Opas» vão para o galheiro (o conde Julião foi o nobre visigodo que chamou à Ibéria as forças norte-africanas para combater o rei Rodrigo e o bispo Opas foi um dos aliados de Julião).


9 de janeiro de 2013 às 20:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

a maior ameaça à identidade dos povos que enfrentamos na actualidade: a islamização do Ocidente.
__________

Portugal pouco sofre disso, no entanto está a ficar um novo brasil e eu também vejo nacionalistas mais preocupados em debater o islão não sei onde, que o estado em que a Amadora, Almada ou a Queluz estão.

9 de janeiro de 2013 às 20:54:00 WET  
Blogger Caturo said...

Ainda não vi nenhum nacionalista desses, que discuta a islamização e não fale da negrificação do território português.

9 de janeiro de 2013 às 23:10:00 WET  

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