sexta-feira, setembro 14, 2012

A MULHER NO MUNDO INDO-EUROPEU

"(...) [Na Bíblia], juridicamente, a mulher está ao nível dos «incapazes» com os escravos, os enfermos, os idiotas. Excepto em alguns casos determinados, o seu testemunho não pode ser aceite. Ela não tem o direito de se divorciar, mas pode ser repudiada: então torna-se impura (Levítico XXI, 7). (...) No dialecto acádico, a flexão que indica o feminino aplica-se a tudo o que é inferior. (...) À hostilidade cristã à mulher, que procede do Judaísmo, acrescenta-se por isso uma hostilidade mais geral em relação a todas as coisas da carne (...).
Em todas as sociedades indo-europeias - de que procedem as culturas europeias actuais -, a mulher ocupa um lugar privilegiado. (...) É porque uma concepção não igualitária do mundo se fundamenta necessariamente no reconhecimento da diversidade que o outro sexo sempre foi considerado na Europa como um enriquecimento, e não como uma maldição (...). O politeísmo é o reflexo desta diversidade dos humanos, assim como o monoteísmo é o reflexo duma aspiração regressiva à unidade. (...) Seja em Esparta, Atenas Roma, ou com os Indo-Arianos, os Celtas ou os Germanos, a mulher está plenamente integrada nas estruturas sócio-económicas, culturais e políticas. Ela participa na vida pública. Ela está em todas as circunstâncias ao lado do seu marido. Ela exerce os seus direitos por processos de justiça. (...) Na Irlanda, as mulheres exercem funções religiosas, políticas e mesmo militares. Nos Cimbros e nos Godos, não é raro que elas tomem parte nos combates. (...) "Há poucos vestígios de misoginia nos textos épicos gregos", observa Sara B. Pomeroy (...). Platão, que descreve a mulher como «mais fraca que o homem», afirma simultaneamente que ela tem vocação para levar a cabo as mais altas funções filosóficas e guerreiras (República V, 455-6).
Em Roma, a mulher já não está confinada num gineceu. É vista no templo e nos espectáculos. Ela janta na cidade à vontade. Pode possuir as suas próprias terras ou bens. Pode herdar - e na herança, a rapariga tem uma parte igual à dos rapazes: como os seus irmãos, ela é co-proprietária do património familiar. (...) Catão o Velho declara: «O homem que bate na sua mulher levanta uma mão ímpia sobre o que há de mais santo e mais sagrado no mundo.»
«A mãe de família já usufruia em Roma de uma consideração real, escreve Louis Bridel. «Mas nos antigos Germanos é a mulher que era venerada e pode-se dizer que a noção de feminilidade (Weiblichkeit) entrou no mundo através deles.»
Tácito escreve na sua «Germânia»: «Os Germanos vão ao ponto de acreditar que há nelas (as mulheres) qualquer coisa de profético e de santo: eles não desprezam os seus conselhos, escutam as suas predições.» Entre os Germanos, a rapariga maior de idade usufrui igualmente da livre administração dos seus bens. Casada, ela pode, sem a autorização do marido, hipotecar e contrair empréstimos (...) raparigas e rapazes escolhem-se livremente - de acordo com as leis e tradições. A viúva volta para a sua família de origem e torna a casar-se a seu gosto.
(...)
Na Grécia, no dia do casamento, à dona de casa é entregue um molho de chaves, insígnia do seu poder e da sua autoridade. Encontra-se também este costume nos celtas irlandeses, assim como na Escandinávia. Nos Germanos, diz Tácito, «a família não existe e não subsiste senão através da mulher. (...)
Ao implantar-se na Europa, o Cristianismo transformou profundamente todas as antigas estruturas. (...) Considerada como a personificação e o símbolo da sexualidade por excelência, a mulher torna-se objecto de um ódio desprezivo, que dissimula por vezes uma espécie de pânico psicológico perante o segundo sexo. (...) Enfim, o culto de Maria, tomando por vezes o seguimento do de Ísis (cf. as «virgens negras» da tradição gaulesa), idealiza uma mulher irreal e lança assim as bases para a alternativa virgem e mártir ou prostituta tentadora.
(...) Para Agostinho, a mulher é uma «cloaca»; para Origénio, ela é «a chave do pecado»; para S. Jerónimo, o «caminho da iniquidade». Clemente de Alexandria afirma: «todas as mulheres deveriam morrer de vergonha ao pensarem ser mulheres.» No seu tratado sobre a «toilete» das mulheres (De Cultu Feminarum), redigido provavelmente em 202, Tertuliano esforça-se para provar a origem satânica das jóias e das pinturas do rosto, e «culpa de orgulho e de luxúria» tudo o que provém do cultus (ornamento) e do ornatus (cuidados de beleza). Da mulher, não hesita em dize que «perdeu o género humano». (...)"

In «Nova Direita, Nova Cultura», Alain de Benoist, editora Afrodite, páginas 346 e seguintes.

17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nada mais falso, na Grécia e em Roma a mulher era um ser de segunda classe, não tinha direito a participação política e nem era considerada cidadã. Em Esparta era considerada apenas uma "produtora" de soldados, nessas culturas o pai e posteriormente o marido, detinham ainda que tacitamente a "propriedade" da filha ou esposa. Dentre os germânicos a situação era um pouco melhor, desde que as mulheres não fossem aprisionadas por outra tribo durante uma guerra. Nesses casos a coisa ficava feia para elas. Em todo o mundo indo-ariano a situação era parecida, com pequenas diferenças de um para outro povo. Somente entre celtas a mulher tinha realmente destaque e direitos quase iguais.São os sujos criticando os mal lavados.

14 de setembro de 2012 às 10:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A mulher da figura é algo doutro mundo.
Incrivelmente bela numa maneira clássica.

14 de setembro de 2012 às 11:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O caminho para o abismo da França;

http://www.dailymail.co.uk/news/article-2202920/Harlem-Desir-make-history-black-man-lead-major-political-party-Europe.html

14 de setembro de 2012 às 13:09:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

bem, não haviam sociedades barbaras em que as viuvas eram queimadas junto com os cavalos e pertences dos maridos guerreiros no mundo arya original?e na parte minórica civilizada tipo athenas não eram as mulheres trancafiadas para tentar resguardar o genoma local dos aliens que perambulavam pela pólis ao contrário de esparta em que aliens ficavam do lado de fora (a casta dos comerciantes era tida como inferior e formada por pré-dórios; pelasgos?), e portanto as espartanas podiam sair livremente as ruas e praticar suas atividades para uma gestação futura com foco em formar os melhores guerreiros (realmente conseguir atrasar aquele exercito persa de tantos nas termophilas com tão poucos já mostra muita coisa por si só)

14 de setembro de 2012 às 15:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Se o Romney vencer...


http://www.stormfront.org/forum/t913160/

14 de setembro de 2012 às 16:09:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«bem, não haviam sociedades barbaras em que as viuvas eram queimadas junto com os cavalos e pertences dos maridos guerreiros no mundo arya original?»

Sim, era um sacrificio voluntário.



«na parte minórica civilizada tipo athenas não eram as mulheres trancafiadas para tentar resguardar o genoma local dos aliens que perambulavam»

As mulheres da elite é que se encontravam o mais das vezes em casa, porque não precisavam de trabalhar. Mas é absurdo presumir que estivessem trancadas em casa, quando há testemunhos de que passeavam e se visitavam entre si.



14 de setembro de 2012 às 16:23:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Nada mais falso,»

Nada mais falso não, isto é tudo verdadeiro - factos. É assim.


«na Grécia e em Roma a mulher era um ser de segunda classe, não tinha direito a participação política»

Conversa de atirar areia para os olhos. Claro que na Grécia e em Roma a mulher não tinha os direitos que tem hoje, mas tinha sobejamente mais direitos do que no mundo oriental seu contemporâneo. Comparar situações de épocas completamente diferentes é um processo desonesto que só serve para obscurecer a questão.



«Em Esparta era considerada apenas uma "produtora" de soldados,»

Em Esparta tinha muito mais autonomia do que no resto da região toda - a ponto de num conhecido episódio histórico, registado por Plutarco, um estrangeiro ter ficado surpreendido por ver em Esparta uma mulher a dar a sua opinião em público. Isto além do facto de a mulher espartana ser cidadã, ao contrário do que foi escrito pelo anónimo. A de Atenas era igualmente cidadã, mais uma vez ao contrário do que diz o anónimo. E tanto o era que Péricles declarou, na sua Constituição, que só quem fosse filho de dois cidadãos de Atenas podia ser considerado cidadão... ora dois homens não fazem um filho, parece...



«Dentre os germânicos a situação era um pouco melhor, desde que as mulheres não fossem aprisionadas por outra tribo durante uma guerra. Nesses casos a coisa ficava feia para elas.»

Como em toda a parte em que haja guerra; aliás, ai do rei capturado pelo inimigo. Isso não significa que os reis entre os Germanos não tivessem direitos - esse é mais um argumento sem qualquer valor.


«Somente entre celtas a mulher tinha realmente destaque e direitos quase iguais»

Até isso está errado. Na verdade, a mulher germana tinha tantos direitos como a celta, senão mais.



«São os sujos criticando os mal lavados.»

Relativismo barato e medíocre que não contribui para se perceber o esssencial.

14 de setembro de 2012 às 17:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

os romanos não deixavam as mulheres sairem à rua, isso é um facto.

14 de setembro de 2012 às 19:45:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não é facto nenhum, é treta.

14 de setembro de 2012 às 20:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

não. é um facto que se aprende em qualquer cadeira sobre a vida na Antiga Roma.

14 de setembro de 2012 às 21:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«não. é um facto que se aprende em qualquer cadeira sobre a vida na Antiga Roma.»

Não. É uma aldrabice que não se em nenhuma escola que mereça tal nome.

14 de setembro de 2012 às 21:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Esse Caturo é uma besta quadrada que fica postando baboseiras escritas por obscuros pesquisadores tendenciosos e falaciosos. Claro que desde que tais escritos coadunem com suas posições imbecis e toscas, esse cara é um merda que acha que sabe muito.

14 de setembro de 2012 às 23:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

O favelado que falou antes está é irritado porque queria poder contestar o que digo mas não tem nem argumentos nem conhecimentos para o fazer. É mais um dos merdas mentecaptos à-espreita que fica zangado por ver a merda das suas concepções do mundo a serem por mim metidas no lixo sem que ele o consiga impedir.
De resto, só um atrofiado completamente ignorante é que poderia dizer que um dos principais ideólogos do pensamento nacionalista do século XX é um autor «obscuro».

15 de setembro de 2012 às 02:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

É obscuro sim seu apatetado, pois só encontra respaldo no meio de uns poucos imbecis como tu, que digo novamente, não passa de um merdão que acha que sabe muito, és um tosco.

15 de setembro de 2012 às 08:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, tu és fascinado pelo nacional-socialismo, não és?

15 de setembro de 2012 às 13:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«é um autor obscuro sim»

Um autor obscuro queres tu na peida, porque leres alguma coisa de jeito está quieto. Por isso mete nesses cornos tropicais que o que tu dizes vale a mesma merda que tu, que és um corno iletrado e, como agravante, burro que nem um cepo.

15 de setembro de 2012 às 16:26:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mas quem é que deu computadores aos zucas sul americanos bisnetos de escravos? xispa daqui para fora favelado.

15 de setembro de 2012 às 22:00:00 WEST  

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