quarta-feira, setembro 12, 2012

MILITARES AVISAM GOVERNO DE QUE ESTÃO AO LADO DO POVO CONTRA A AUSTERIDADE

Militares admitem endurecer as manifestações de descontentamento e já marcaram um encontro nacional para 22 de Outubro.
A Associação Nacional de Sargentos (ANS) reagiu hoje às novas medidas de austeridade anunciadas ontem pelo Governo e que vão fazer parte do Orçamento do Estado para 2012.
Ao Económico, O presidente da ANS diz que "já há muito tempo" que os militares estão "a preparar uma série de iniciativas". E "se alguma dúvida existia na mente dos mais crédulos, as afirmações de Passos Coelho deitaram abaixo qualquer dúvida".
António Lima Coelho lembra que "há meses atrás, na oposição, Passos Coelho disse a Sócrates, na altura primeiro-ministro, que cortar nos subsídios era um disparate" e acrescenta: "Nós temos de ter memória, não podemos continuar a ser adormecidos com conversas bem ditas".
Por isso, no próximo dia 22, oficiais, sargentos e praças vão realizar um encontro nacional. "E este não é um encontro que se encerra em si mesmo, dado que poderão ser encontrados outros caminhos, quer sejam de demonstração de mau estar quer sejam de reiterar a disponibilidade para com quem está no poder de encontrar soluções para todas as partes", sublinha António Lima Coelho.
É que, segundo o responsável, as novas medidas de austeridade anunciadas ontem por Passos Coelho, "põem em causa os direitos constitucionais e inclusive de soberania" do país, sendo que "o corte dos subsídios é um agravamento de uma situação que já era muito difícil".
António Lima Coelho admite que "para o cidadão comum é muito difícil não conseguir cumprir os seus compromissos, mas para um militar que está obrigado a cumprir com as leis da República é muito mais grave".
Os militares garantem assim que "estão ao serviço do povo português e não de instituições particulares", e avisam: "Que ninguém ouse pensar que as Forças Armadas poderão ser usadas na repressão à convulsão social que estas medidas poderão provocar".
Questionada sobre um possível endurecimento dos protestos por parte dos militares, a Associação avança que "as revoluções não se anunciam, quando chegam, chegam porque têm de chegar, mas espero que a bem do Estado de direito que nunca um cenário desses se venha a pôr", conclui.
Recorde-se que no mês passado Passos Coelho fez questão de frisar, no discurso que escolheu para a sessão de encerramento das Festas do Povo, em Campo Maior, que "em Portugal, há direito de manifestação, há direito à greve. São direitos que estão consagrados na Constituição e que têm merecido consenso alargado em Portugal".
No entanto, avisou na altura o primeiro-ministro, "aqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo", quando o que existe é "uma guerra contra o atraso, a dívida e o desperdício", esses "saberão que nós sabemos dialogar, mas que também sabemos decidir".

Provavelmente não sai nada daqui, assim de repente salta à mente a ideia de que a malta da tropa vai receber qualquer coisita para ficar sossegadinha e tudo ficará na mesma. Mas a ver vamos.


11 Comments:

Anonymous joão said...

O que os militares querem é o deles ao fim do mês e mais nada. Estão bem domesticados. E, mesmo que não estivessem, é bom não esquecer onde estamos e qualquer aventurazinha teria logo a UE a pôr cobro ao assunto.

12 de setembro de 2012 às 19:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

o aurora dourada da certo na grecia justamente por contar com apoio crucial de setores militares; se setores militares mais fieis a portugal se unirem com o pnr, acho que pode surgir uma aliança solida como na hellada

12 de setembro de 2012 às 19:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Fico pasmado, como é que nacionalistas cultos acreditam que uma revolta de militares sindicalistas, portanto marxistas esclarecidos, apátridas internacionalistas, podem vir a beneficiar Portugal??
Mas não há ninguém dentro do PNR que saiba qual é a ideologia dos militares que encabeçam a ANS? É que basta ver o teor das afirmações do lider sindicalista para perceber em quee campo ele se move. (Falo com conhecimento de causa).

12 de setembro de 2012 às 19:58:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

No exército há uma certa mentalidade minho-timorense.

12 de setembro de 2012 às 20:09:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não conheço esses militares de lado nenhum. Faço simplesmente notar que o sindicalismo não contraria forçosamente o Nacionalismo. Aliás, até existe o Nacional-Sindicalismo.

12 de setembro de 2012 às 20:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Garanto-lhe que o sindicalismo militar actual é marxismo encapotado, apenas para os incautos, esse tipo de sindicalismo é o oposto de qualquer nacionalismo, e aliás, não é por acoso que o sistema legalizou essas associações a que chamam sócio-profissionais. Recomendo que tenham cautela em relação a esse tipo de gente. Esses são dos tais que dizem que faz falta um novo 25 de Abril. Respeitosos cumprimentos,

12 de setembro de 2012 às 20:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

COncordo com o que os anonimos dizem.

O nacionalismo bem pode esquecer os militares (e felizmente sao poucos em POrtugal). Para alem de haver la bastantes pretos ainda subsiste aquela atitude minho timorista.

Na Grecia por varias razoes e conflitos recentes com os turcos e picardias com os albaneses, é que o exercito é assumidamente nacionalista.

Em POrtugal temos que enverdar por outra via.Assim de repente lembro-me da policia como possiveis nacionalistas.



12 de setembro de 2012 às 21:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

É incrivel haver essa historia do 25 de Abril!!!!!!!!!!!!!

ahahahahah

Revolução???

Fodasse, até parece que nao têm as urnas para irem votar num outro partido!!!Querem fazer revolução de que ao certo???Ja estamos num sistema democratico, ja á liberdade a rodos, tambem a liberdade para votar em merda e depois dizer que se quer revolução.


Populacia burra que nao aprende.

12 de setembro de 2012 às 21:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Só disparates.....

12 de setembro de 2012 às 22:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A policia sobretudo na AM de Lisboa é cada vez mais nacionalista em todos os sentidos, muitos deles até elogiam o Mário Machado por exemplo, o problema é que quem manda neles são os traidores e cumprem leis muitas vezes anti-nacionais e pró criminalidade extra-europa.
Na Grécia grande maioria dos policias votou Aurora Dourada.

13 de setembro de 2012 às 01:52:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A tropa é um dos grandes cancros do país. Mas toda a gente tem medo de mexer demasiado nos privilégios, não vão eles irritarem-se à séria.

13 de setembro de 2012 às 14:22:00 WEST  

Enviar um comentário

<< Home