quarta-feira, fevereiro 01, 2012

HINO E OFERENDA AO TONANTE NO CENTRO DA EUROPA - NA MAIS ARIANA DAS NAÇÕES


Didysie mūsų,Dievaitie mūsų,
Didysie mūsų Perkūne mūsų

Savo stiprybe savo galybe
Sujunki mumis stiprinki mumis

Didysie mūsų Dievaitie mūsų,
Didysie mūsų Perkūne mūsų

Ąžuolo jėgom Ąžuolo galiom
Sujunki mumis stiprinki mumis

Didysie mūsų Dievaitie mūsų,
Didysie mūsų Perkūne mūsų

Ugnies šviesybe
Sujunki mumis stiprinki mumis

Tradução:
O nosso maior, o nosso Deus
O nosso maior, o nosso Tonante
Com o Teu poder, com a Tua força
Une-nos, fortalece-nos
O nosso maior, o nosso Deus
O nosso maior, o nosso Tonante
O poder do Carvalho, a força do Carvalho
Une-nos, fortalece-nos
O nosso maior, o nosso Deus
O nosso maior, o nosso Tonante
O brilho do fogo, o poder do fogo
Une-nos, fortalece-nos.

Pode ver-se acima um excerto de ritual realizado (talvez a 2 de Fevereiro) pelo grupo pagão Romuva, liderado pelo sacerdote Jonas Trinkunas (fundador e presidente do E.C.E.R., Conselho Europeu das Religiões Étnicas), professor universitário em tempos preso pelo KGB. O ritual decorre algures na Lituânia, centro geográfico da Europa e nação cujo idioma é o mais puramente indo-europeu de entre as línguas vivas - um ritual consagrado a Perkunas, Deus do Raio, ou Perkons, na Letónia, a outra nação do ramo balta da família indo-europeia. O teónimo designa a versão balta do grande Tonante indo-europeu, que entre os vizinhos e igualmente indo-europeus eslavos é Perun, para os indianos é Indra, para os Hititas seria Tarhunt, enquanto os Germânicos o conhecem pelo nome de Thonar/Thunor (Thor, na Escandinávia), o mais forte dos Deuses, ao Qual é consagrado o Carvalho, ferrabrás ruivo, amigo da pinga, capaz de beber mais do que todos os outros, relativamente ingénuo, por vezes simplório, mas sempre corajoso e combativo, que na hora da bordoada a todos esmaga com o seu martelo Mjolnir; na Gália celta, o representante local deste arquétipo é Taranis, Deus do Trovão, que os Gauleses eventualmente considerariam «hebetos» ou «fácil de enganar. O nome primordial desta Entidade é por alguns alguns especialistas reconstruído como *Perkwunos. Trata-Se de uma das principais Divindades indo-europeias, distinta da maior de todas, o Pai Céu, ou *Dyēus ph2ter, que na Índia ariana é Dyaus Pitar, na Grécia é Zeus e em Roma é Júpiter; a norte, seria Tyr na Escandinávia (Tiuz, Tiwaz, na Germânia) e Dievas no Báltico.
Pode ler-se mais sobre o assunto aqui: http://gladio.blogspot.com/2007/03/filho-de-deus.html no qual se faz a ligação deste arquétipo indo-europeu com Hércules/Héracles, o maior herói da Grécia, que veio a tornar-se num semi-deus adorado não apenas na Hélade mas também em Roma, e muito, sobretudo na fase final do império pagão. Hércules não é, formalmente, Deus do Raio; todavia, o seu arquétipo corresponde e muito a Thor, e o facto de Hércules ter sido especialmente adorado pelas legiões romanas numa época em que estas se encontravam repletas de soldados de origem germânica talvez não seja mera coincidência. A equivalência entre ambos já fora vista por Tácito na obra «A Germânia». Ambos são os guerreiros mais fortes das respectivas mitologias, dados à bebida, ingénuos, brutais, protectores da população em geral e portadores de uma arma curta e esmagadora, que no caso nórdico é um martelo (ou um machado) e no meridional é uma clava. E isto remete para o tópico seguinte, sobre o enigmático «Homem da Maça» que se vê em Matosinhos...