quarta-feira, fevereiro 01, 2012

... COMEÇA FEVEREIRO...

Fevereiro, altura propícia para os rituais purificatórios da cidade e para honrar os mortos, antes do início do novo ano (Março, no calendário romano mais arcaico, de dez meses). O seu nome pode derivar ou de FébruoPurificador»), um dos nomes de Pai Dite, mais conhecido por um teónimo de origem grega, Plutão, Deus dos Mortos e do Inferno (não no sentido maligno que o Cristianismo lhe dá), ou de Febris, Deusa romana da febre, ou ainda de Fébrua, epíteto de Juno como Deusa das Purificações, eventual esposa de Fébruo ou Februus.
Juno
Sérvio escreve o seguinte:
«duo mensis a Iano et Februo nominati sunt. Februus autem est Ditis Pater cui eo mense sacrificabatur», ou seja, «dois meses (Janeiro e Fevereiro) receberam o nome de Jano e de Fébruo. Este, porém, é o Pai Dite (Dis Pater), ao Qual se fazem sacrifícios neste mês.» (in Mitologia e Religião Romana - Dicionário Mítico-Etimológico, de Junito Brandão, editora Edunb).
Pai Dite ou Dis Pater significa, à letra, o «Pai Rico», porque as profundezas são a fonte das riquezas (alimentos, pedras preciosas). O nome grego Plutão, ou Pluton, significa o mesmo, «Rico».

Segundo Júlio César, na sua obra A Guerra das Gálias, os Gauleses acreditavam ser descendentes de Dis Pater (interpretatio romana), o que pode ou não tratar-se de uma confusão com algum Dies Pater céltico, dada a semelhança do teónimo: de notar que o próprio Varrão, famoso autor romano, considerava que, passo a citar (Brandão, op. cit.), «dives a divo qui, ut deus, nihil indigere videtur», ou seja, «dives (rico) origina-se de divo (céu) que, como deus, parece não carecer de coisa alguma

Para se dirigirem a Dis Pater, as pessoas batiam com as mãos na terra; a este Deus sacrificavam-se cordeiros negros, e quem o fazia desviava a cara. Tendo poucos adoradores, o Deus tem igualmente poucas estátuas, tanto em Roma como na Grécia. Nesta última, a Sua consorte é Perséfone, que em Roma Se chama Prosérpina. A esposa do Dis Pater céltico poderá ou não ser Aerecura



, que por acaso parece ter semelhanças com a lusitana Ataegina, à Qual, note-se, foi associado o nome de Prosérpina (interpretatio romana).
Plutão, acompanhado por Cérbero, cáo tricéfalo guardião do Inferno
E agora pergunto - seria Endovélico o Dis Pater «lusitano»? Logo se vê o que é que se descobre nos próximos tempos em Terena... Recentemente foi aí encontrada uma estátua, sem cabeça, e com um enorme haste na mão, que a equipa de arqueólogos julga tratar-se de uma lança. Mas nem todas hastes compridas têm de ser lanças, como na imagem acima se constata...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Imundícias podres e asquerosas. O politeísmo é a mais vil e estúpida invenção humana. Acreditar nestas
fantasias ridículas e escrotas é uma
prova cabal de degeneração mental.

1 de fevereiro de 2012 às 00:53:00 WET  
Blogger Caturo said...

Quem presta culto a um judeu morto e insulta os Deuses Nacionais da Europa não tem credibilidade para determinar o que é ou deixa de ser degeneração mental, porquanto o seu ponto de vista é profundamente aberrante. A cristianização foi a maior ofensa, a mais blasfema e criminosa imposição de que há memória na História da Europa e o seu totalitarismo deve ser denunciado todos os dias.
Ainda bem que essa miséria está a cair, à medida que as igrejas fecham umas atrás das outras e os cultos pagãos retornam, renovados...

1 de fevereiro de 2012 às 15:56:00 WET  

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