CENAS DA EUROPA AUTÊNTICA - CELEBRAÇÃO DO MEIO DO INVERNO NA VELHA ALBION
Fotos da celebração do Imbolc, grande festa céltica invernal da saudação à luz primaveril que se aproxima, realizada a meio caminho entre o solstício de Inverno e o equinócio da Primavera.
As imagens foram registadas em Marsden, Huddersfield, no norte de Inglaterra.
Durante o ritual, os celebrantes mascarados levaram a cabo uma procissão de tochas, seguida de fogo de artifício e culminando com uma batalha entre o representante do Frio e o Homem Verde.
Esta festividade tem sido realizada em Marsden desde há vinte anos. No ano passado, atraiu cerca de duas mil pessoas, entre celebrantes e observadores.
Podem ver-se mais fotos destas no seguinte local internético: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2096842/Imbolc-Festival-2012-Pagan-sun-worshippers-battle-winter-traditional-ceremony.html#ixzz1mUx3Iuyw
82 Comments:
Em entrevista concedida, renomado especialista em mundo islâmico, o Prof. Alexandre del Valle alerta: o mesmo perigo que ameaça o Continente Europeu poderá atingir também a América Latina. Ele exemplifica esta ameaça com a política de acolhimento de terroristas islâmicos, praticada por países como Venezuela, Bolívia, Equador e Cuba, entre outros. Política que encontra apoio em meios de esquerda, “tolerantes” em relação a maometanos que por sua vez são totalmente “intolerantes” para com a Civilização Europeia Cristã.
A fim de que a ameaça islâmica não surpreenda também o Brasil, o Prof. del Valle recomenda aos cristãos que reajam firmemente, o quanto antes, pois diz ele: “O Brasil consagrou-se agora recentemente como a 6ª Potência Económica Mundial, ultrapassando o Reino Unido. A nossa franca prosperidade atrairá ainda mais imigrantes e em pouco tempo chegarão de todas as partes islâmicos para trabalhar, e os islamitas radicais procurarão instrumentalizá-los como fonte inicial de conquista”.
Entrevista:
C — O Sr. poderia expor sinteticamente as várias vertentes religiosas do islã na atualidade?
Prof. del Valle — O islã é hoje o mesmo do século IX! Existem no Islã sunita (em árabe Ahl al Sunna, ou seja, “gente da tradição” ou “ortodoxos do Islã”, correspondente a 80% do mundo islâmico) quatro principais escolas: Malikismo, Hanbalismo, Shafeísmo e Hanafismo. Dentro destas quatro escolas sunitas ortodoxas há algumas formas mais radicais, como a corrente wahabita (na Arábia Saudita, por exemplo), que não é senão uma forma ultra-rigorista da escola hanbalita. O mesmo vale para os talibans, que embora pertençam à escola indo-paquistanesa de origem hanafita, são influenciados pelo hanbalismo e pelo wahabismo saudita.
A partir do século IX, as 20 escolas então existentes do Islã foram reduzidas, restando somente 4 mais ortodoxas e intolerantes. Isso em decorrência da “reforma integrista” do sunita Al-Ghazali, que nos séculos IX e X proibiu todas as escolas não ortodoxas do Islã. O mesmo sucedeu com o sufismo: Al-Ghazali conseguiu proibi-lo, para adequá-lo à ortodoxia das quatro únicas correntes islâmicas sunitas. Esta revolução integrista foi chamada “la fermeture des portes de l’Ijtihad” (fechamento das portas da interpretação).
Dentro do mundo xiita estão todas as escolas heterodoxas mais liberais e tolerantes do Islã, correntes ou seitas que quase sempre são perseguidas pelos sunitas: o druzismo (Líbano, Síria, Israel, etc.), o alauitismo (Síria, Turquia, etc.), o ismaelismo (Paquistão).
As lutas entre sunitas e xiitas são invariavelmente muito graves e importantes: no Irã, os sunitas são perseguidos pelos xiitas, mas no Bahrein, na Arábia Saudita, no Kuwait, no Paquistão e no Afeganistão ocorre precisamente o oposto. Na Turquia e na Síria, os mais “laicos” e antiintegristas são os alauitas, odiados pelos sunitas que os acusam na Síria de perseguir e dominar os sunitas majoritários; na Turquia é o contrário: os alauitas, modernos, pró-ocidentais e laicos acusam o governo islamita do presidente Erdogan (sunita) de perseguir os alauitas, denominados alaviti na Turquia.
C — Há no Alcorão uma primeira fase, em que Maomé prega a moderação, inclusive a colaboração com cristãos e judeus; e uma pregação posterior, em Medina, na qual ele propugna a violência e o extermínio de todos os que não se submetem ou se convertem ao maometismo. É bem assim?
Prof. del Valle — Sim, isto historicamente é muito lógico. Em primeiro lugar, Maomé queria fazer a união com os monoteístas judeus e cristãos abraamitas para lutar contra os “Pagãos da Meca”, muçulmanos membros de sua própria tribo. Mas quando, depois da imigração de Medina (Hijra), ele se tornou mais forte e vitorioso, quis submeter e dominar os aliados judeus que haviam acolhido os muçulmanos quando de sua fuga da cidade de Meca. Mas como os judeus não queriam tornar-se muçulmanos, Maomé ordenou então o massacre de todos os judeus das cidades de Medina e de Khaibar.
C — Em que pontos os maometanos laicos – como Ataturk na Turquia e seus seguidores até os nossos dias – se diferenciam dos islamitas radicais?
Prof. del Valle — Os muçulmanos laicos ou laicistas, chamados kémalistas, denominação derivada do famoso Mustafá Kémal “Ataturk” (“pai dos turcos”), criador, em 1923, da república turca moderna após a destruição do império otomano pelos aliados ocidentais e as tropas anti-imperiais de Ataturk. Embora nem todos os muçulmanos laicos sejam kémalistas ou seguidores de Ataturk, entre 1920 e 1960 a ideologia laica deste inspirou muitos líderes muçulmanos anti-religiosos, pró-ocidentais ou nacionalistas que desejavam modernizar seus respectivos países em relação à teocracia islâmica, a responsável, segundo eles, pelo seu atraso. Bourguiba na Tunísia, o xá Reza Pahlevi no Irã e os nacionalistas da Indonésia, por exemplo, se inspiravam em Ataturk. Mas hoje – a partir da década de 1980, data do nascimento da ideologia do islamismo radical e político – as velhas ideologias nacionalistas árabes, iranianas ou turcas de inspiração laica ou antiislamita foram vencidas pelos muçulmanos radicais teocráticos, os quais conseguiram estabelecer a crença de que o islamismo radical anti-laico é “a única fórmula política autenticamente indígena” e pós-colonial. Para resumir, o nacionalismo laico é considerada desde os anos 1980-1990 como a ideologia “pagã” antiislâmica “importada” pela ação do colonialismo ocidental. E, a meu ver, a principal força do islamismo radical, desde os sucessos políticos da “Irmandade Muçulmana” no Egito e da revolução islâmica no Irã, foi impor a crença de que o islamismo radical é “a verdadeira ideologia identificadora da Umma” – a comunidade mundial que reúne os muçulmanos.
C — O regime sunita wahabita da Arábia Saudita é mais intolerante em relação aos cristãos do que os regimes políticos dominados pelos xiitas?
Prof. del Valle — Sim, absolutamente! Não me apraz dizer coisas bonitas sobre o terrível regime totalitário do Irã, criado pelo imã Aiatolá Khomeini no ano de 1979, mas é um fato que na Arábia Saudita, país sunita “aliado do Ocidente” e “amigo”, sob a ideologia oficial chamada wahabismo – escola sunita particularmente fundamentalista do ramo sunita hanbalismo –, os cristãos são constantemente perseguidos, não têm nenhum tipo de direitos, nem sequer de se expressarem e muito menos de praticarem a sua religião. Os muçulmanos que desejam converter-se ao cristianismo são condenados à pena de morte, por métodos horríveis. É também verdade que os engenheiros e oficiais ocidentais residentes nos bairros ricos das cidades sauditas podem viver de modo “quase tranquilo”, mas oficialmente não têm o direito de se expressarem cristãos; já para os cristãos pobres das Filipinas ou de outros países, e para os não-muçulmanos em geral, é impossível e altamente perigoso ser-se cristão e praticar a religião cristã, ainda que muito discretamente.
Enfim, no Irã, enquanto os cristãos protestantes ligados ao Ocidente são selvaticamente perseguidos, acusados de serem “espiões da América imperialista”, os cultos autóctones cristãos de rito oriental, como os armênios, são um pouco mais felizes, ainda que isto possa parecer impossível. O Irã foi o principal país a ajudar os cristãos armênios quando a Armênia estava em guerra contra os turcófonos azeri (muçulmanos). Isso pode parecer paradoxal, mas é lógico e mostra que, para os cristãos do Oriente e as minorias em geral, é sempre pior viver em um país sunita ortodoxo ou integrista do que em um regime xiita radical. Explica-se tal situação porque os xiitas são menos fechados, menos “ortodoxos” e menos rigoristas que os sunitas no referente ao tema central do monoteísmo.
C — O Sr. poderia apresentar com cifras um panorama geral atualizado das perseguições contra os cristãos em países de maioria muçulmana?
Prof. del Valle — Não temos cifras precisas dos países muçulmanos, porque os tipos de perseguição são muito diversos. Entretanto podemos dizer que dois milhões de cristãos foram mortos no Sudão pelo regime islamo-militar do general Omar Al Bechir desde 1980. E podemos também afirmar que na Nigéria, país dividido entre o norte muçulmano e o sul cristão, desde a eleição do presidente Jonhatan Goodluck, no último mês de abril, 1500 cristãos foram assassinados pelos grupos islâmicos radicais. Eles acusam o presidente de ser ilegítimo e não aceitam o jogo democrático, porque queriam um presidente muçulmano, e não um cristão. Em 11 dos estados federados onde os muçulmanos possuem maioria, a lei islâmica (Sharia) é imposta aos cristãos, que são também legalmente perseguidos por esta via. De outros países islâmicos é mais difícil apresentar cifras ou esboçar um quadro mesmo caricatural, porque as perseguições são mais correntes, diversas, oficiais, muitas vezes sem mortos, mas com outra forma de violência jurídica, psicológica e física.
O Sudão e a Nigéria são os países onde há maiores perseguições aos cristãos. Seguem-se a Arábia Saudita, o Paquistão, a Somália, os países do Magreb, incluída a Argélia, Marrocos, Tunísia e a Líbia pós-Kadafi. A seguir estão os países ditos “amigos” do Ocidente como o Kuwait, Omã, Emiratos Árabes Unidos, Bangladesh, Indonésia, etc. Só na Indonésia, recordamos que em horríveis perseguições racistas e cristianofobas foram mortos, desde a década de 1990, pelo menos 100.000 cristãos pertencentes às minorias étnicas ou às ilhas do arquipélago maioritariamente cristãs, como Timor por exemplo. Os respectivos governos permitiram, com quase total impunidade, que paramilitares e milícias islamitas matassem anualmente milhares e milhares de cristãos. O mesmo tem vindo a suceder na Nigéria ou no Sudão, com o silêncio cínico da dita “comunidade internacional”. Quase 3 milhões de cristãos foram mortos no Sudão desde 1980. Na Nigéria, só neste o último mês de Dezembro de 2011, época de Natal, mais de 1500 cristãos foram mortos pelos islâmicos”.
C — A imigração maciça de muçulmanos apresenta um perigo muitíssimo sério para os países europeus e suas milenares tradições cristãs?
Prof. del Valle — É uma questão muito delicada e uma das mais importantes do nosso tempo, talvez mesmo a mais importante de todas porque o que está em causa é o nosso próprio futuro, o dos nossos filhos e dos nossos netos. É portanto uma preocupação aflitiva de primeiríssima prioridade.
Numa primeira observação, dizemos sempre que a imigração islâmica é em si mesma um elevadíssimo perigo, se deixarmos os líderes religiosos muçulmanos manipular e fanatizar os respectivos imigrados instalados na Europa juntamente com seus filhos. Os muçulmanos na Europa nunca se integraram nas sociedades cristãs, isso é totalmente impossível porque são realidades completamente antagónicas e diferentes. Segunda observação: ainda que conseguíssemos, hipoteticamente, integrar filhos de muçulmanos, imigrados ou nascidos na Europa, acontece que a partir de certo número de pessoas começaria a ser cada vez mais difícil integrar outras. Isso ficaria totalmente incontrolável.
Para mais, hoje em dia, no contexto mundial da Radicalização Islâmica, e com o fenômeno da “globalização”, o imigrado muçulmano está sempre em contato com a sua cultura de origem, especialmente através da Internet, das redes de televisões árabes, ou islâmicas, mais fanáticas e mais anti-ocidentais; e sabendo, de outro lado, que a estratégia dos líderes islamitas fanáticos mundiais é de utilizar os imigrados islâmicos na Europa para invadi-la, islamizá-la, tomar a seu tempo os controlos políticos e militares, e no fundo conquistá-la. Em tais condições uma imigração não controlada de milhões e milhões de muçulmanos invadindo a Europa assemelha-se sempre mais a um fenômeno que eu chamo de “povoamento” ou “colonização de povoamento”.
Por isto, é vital e estratégico limitar ao máximo e quanto antes a imigração dos países islâmicos.
C — Há um perigo de infiltração islâmica na América Latina, especialmente através da chamada Revolução Bolivariana na Venezuela de Hugo Chávez?
Prof. del Valle — Claro que sim!
Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador e Cuba estão fazendo um jogo muitíssimo perigoso, a curto prazo, ao favorecerem a implantação na América Latina de agentes terroristas do Hamas, do Hezbollah e de movimentos islâmicos fanáticos e “revolucionários”. A presença desses movimentos terroristas e o apoio do fascista Chávez a Amadinejhad, ao regime do Irã, ao Hamas e ao Hezbollah… ninguém pode negar.
Também convém ter presente que, no Brasil, a cidade de Foz do Iguaçu é desde a década de 1980 um centro de fanatismo, refúgio e tráfico econômico em favor do Irã e do Hezbollah. Outro fato pouco conhecido é que alguns movimentos “indígenas” radicais da Bolívia, da Venezuela e do México (Chiapas) já estão convertidos ao islã radical e crêem, tal como Chávez, na aliança dos totalitarismos vermelho e verde (comunista e islâmico) contra o “homem branco”, o “imperialismo”, o “capitalismo”, os norte-americanos e a civilização europeia cristã.
C — O que pensar da política concessiva da esquerda quanto ao relacionamento com os islâmicos?
Prof. del Valle — A esquerda, favorecedora do Islã, da Palestina, do Irã, de Chávez, do Hamas e do Hezbollah atua como “idiota útil” mediante sua atuação “antiimperialista”, conforme a expressão de Lênin em relação a seus aliados ingênuos. O que é um “idiota útil” para Lênin ontem, para Khomeini em 1979 ou para o Hezbollah ou a Al-Qaida hoje? É o odioso “infiel” que acredita poder estabelecer uma aliança durável com os integristas islâmicos, mas que ignora ser essa apenas uma aliança momentânea, destinada a ser útil somente a um dos dois: ao comunismo ontem, ao islamismo radical hoje. A melhor prova disso é que os cristãos perseguidos no mundo todo nunca são perdoados, seja de que ideologia política forem. Jamais serão poupados pelos islamitas que, tarde ou cedo, também os perseguirão e matarão. A política pró-Palestina e anti-Israel da esquerda nunca melhorou a situação catastrófica dos cristãos da Palestina “livre”, os quais, em 1950 eram 20% da população e agora são menos de 1%. O mesmo vale para o Magreb, a Turquia, a África negra e a Indonésia: em nenhuma parte do mundo islâmico observa-se o princípio de tolerância e reciprocidade com os cristãos, que são os únicos a respeitarem o jogo da “tolerância” em sentido único.
C — O Sr. admite que uma invasão pacífica da Europa pelos muçulmanos através dos fatores demográfico e da enorme natalidade estejam sendo levados a cabo? Em tal caso, de quem é a principal responsabilidade?
Prof. del Valle — Podemos dizer que a Europa está em grande declínio e está sendo invadida progressivamente pelos povos muçulmanos e africanos do sul. Se não houver reação, vai ser o seu fim a médio prazo, dentro de 25 a 30 anos. Claro que os fatores demográfico e da natalidade são centrais. E perante estas assustadoras realidades, os dirigentes europeus demonstram serem totalmente irresponsáveis e destituídos de qualquer bom senso, porque em vez de favorecerem uma política demográfica e de natalidade para os povos europeus (ajudas e bonificações às famílias para terem mais filhos), preferem importar milhões de jovens muçulmanos, culturalmente pobres, extremamente conflituosos, racistas e de impossível integração. Estes jovens é que são precisamente os que acabam por ser os principais beneficiários dos apoios e incentivos sociais dos países europeus, que os incentivam à sua própria natalidade. Portanto, a coberto da igualdade racial e da não-discriminação que imperam nas constituições europeias, há aqui um efeito totalmente inverso e perverso porque acabam sendo os islâmicos os únicos que realmente se beneficiam, se procriam e se multiplicam, aumentando ainda mais o número de muçulmanos face aos europeus. Esta é uma política não somente suicida, mas criminosa, porque o que se está preparando é simplesmente a “substituição dos povos originais”.
As elites europeias da esquerda e os europeístas de Bruxelas, intoxicadas pela ideologia multiculturalista, querem mudar o povo europeu e criar, em nome de uma política antinacional e de negação da identidade cristã da Europa, uma mescla impossível e catastrófica entre o Ocidente e o Islã, a qual vai descambar numa guerra civilizacional no Velho Continente, alastrando rapidamente para uma 3ª Guerra Mundial.
A conclusão terrível é que os líderes intelectuais europeus, que aplicam as teorias marxistas ou libertárias mundialistas, querem negar a identidade branca e judaico-cristã da Europa. E, para que tal negação se transforme em “verdade”, a melhor solução é transformar o povo europeu e, a longo termo, todo o povo ocidental cristão, porque a nova cristianofobia existe não somente nos países muçulmanos, asiáticos e comunistas, mas dentro do próprio Ocidente. O objetivo da cristianofobia, nascida da ideologia anticlerical francesa do Iluminismo e da Revolução Francesa – agora o coração da ideologia mundialista ocidental –, é a destruição do Ocidente Cristão.
C — O que pensar da Irmandade Muçulmana e de seu apoio à “primavera árabe”?
Prof. del Valle — A Irmandade Muçulmana, movimento salafista pan-islâmico criado em 1928 no Egito para reagir contra a abolição do califado islâmico otomano por Ataturk, está feliz por estar realizando uma “revanche”, uma vingança, depois de 84 anos. Com efeito, é fácil observar que desde o princípio da “primavera árabe” estão em perigo somente os governos ditatoriais socialistas, laicos, nacionalistas, contrários à Al Qaida e à Irmandade Muçulmana: Mubarak no Egito, era inimigo dos islamitas dessa irmandade; o mesmo se dava com Ben Ali na Tunísia, Kadafi na Líbia, o regime “não muçulmano” de origem alauita de Bachar Al Assad na Síria; e por fim, Saleh no Iêmen, também odiado porque é “inimigo do islamismo radical” e acusado de ser não-muçulmano. Poderíamos ainda mencionar o Rei de Jordânia, muçulmano moderado, igualmente ameaçado pela Irmandade Muçulmana.
Posso também precisar que após a queda do presidente Bachar na Síria – se ele terminar um dia como Kadafi –, a situação dos cristãos tornar-se-á exatamente como no Iraque, onde eles eram muito mais considerados quando o ditador laico Saddam Hussein governava, do que agora. Hoje, os cristãos do Iraque são as principais vítimas dos grupos salafistas e da Irmandade Muçulmana.
C — Que iniciativas o Sr. sugere aos cristãos brasileiros para se oporem a esta invasão muçulmana do Brasil?
Prof. del Valle — No Brasil, os cristãos devem organizar campanhas de opinião pública para esclarecer a população a respeito do totalitarismo selvático islâmico e fazer pressão sobre os governos, para que estes denunciem às Nações Unidas a - Nova Cristianofobia -, título de meu novo livro em Francês, o qual espero ver brevemente traduzido para Português.
Os cristãos devem sublinhar sempre o fato de que nos países muçulmanos não existe a mínima forma de reciprocidade em relação aos cristãos.
Enquanto os muçulmanos continuarem a perseguir os cristãos e todas as minorias não-islâmicas no mundo inteiro, eles nunca poderão se queixar de serem vítimas de “islamofobia”.
Os brasileiros devem reagir o quanto antes, se não quiserem terminar como já estão os povos de alguns países europeus, que agora vivem seríssimos problemas sociais e uma integração praticamente impossível de solucionar.
O nosso Presente cristianofobo e a invasão ora em curso da Velha Europa pelos conquistadores islâmicos serão também o nosso futuro próximo se os cristãos do Brasil não reagirem rapidamente.
Nota:
O ilustre entrevistado é professor de Relações Internacionais na Universidade de Metz (França) e consultor de Geopolítica de diversas importantes instituições do Velho Mundo, entre as quais o Parlamento Europeu. É autor de vários livros e artigos acerca da questão islâmica. Sua última obra — Nova Cristianofobia — lançada recentemente em França, está sendo presentemente traduzida para Português.
greekk-roman pagans:
slaves were considered on a par with dogs. slave boys served for anal sex in a widespread and explicitly sadistic practice. babies were a disposable commodity, often killed by exposure. commoners and slaves were subject to barbaric punishments, crucifixion by no means the cruelest one.
The Vampire banksters captured the political process and skimmed off exorbitant riches while hoisting society onto leveraged stilts of fictitious debt, layers upon layers of it with over $700 trillion – ten times planet Earth’s Gross National Product – in derivative paper alone. Corrupt politicians transferred the banksters’ bad bets and the EU’s soured gambles onto the account books of Western taxpayers, i.e. the little people. Central banks are “printing” to provide the wherewithal for this economic malpractice. This erodes the net worth of the West’s middle class, particularly the prudent savers, fixed income retirees, hundreds of millions of people who played by the rules in order to find out at the end that there are no rules, not even laws. Laws are for the little people; the Jamie Dimons and John Corzines do what they want with impunity.
The vaunted globalization has merely built channels for global contagion by biological and financial viruses. Transfer of wealth from the North to the South and of technology from the West to the East was accompanied by a transfer of population in the reverse direction: perhaps the worst deal any civilization has made in history. Both prongs of this deal have built up external and internal enemies with nothing to show for it but more zeroes in the bank accounts of corporate CEOs, larger power bases for politicians, minarets piercing Western skies like missiles on launching pads, and missiles on launching pads piercing Eastern skies like minarets. NATO is in Afghanistan, and Afghanistan is in Stockholm, Leeds and Boston. To evade admitting responsibility for this tide of ominous dysfunction, the rulers have instituted a regime of harassment of native White populations in the name of “security” and “tolerance” instead of dealing with the real sources of insecurity and intolerability.
By the year 30 AD, since Alexander, the West had poisoned itself with mayhem, pathological brutality and inhumanity for 370 years. The Judeans had experienced it so intensely under the rule of their Seleucid Greeks and then Roman conquerors, that it led to massive insurrections against the Greeks under Judas Maccabeus in the 160s BC, three wars against the Romans in the years 66 – 135 AD, and multiple, bloody insurrections against the ruling Sadducean elite in between.
Mais um português morto em Angola:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/tenta-salvar-jipe-e-e-abatido-a-tiro
Mas não podemos generalizar porque hápretosmaussimcomohábrancosmaus e pronto ficamos assim.
Civilização Europeia Cristã.
a civilização europeia original não era cristã e nem sub-arya
16 de Fevereiro de 2012 0:49:00 WET
curiosamente a midia do zog diz o inverso; que os xiitas são mais perigosos e no entanto a al qaeda é sunita
Mas não podemos generalizar porque hápretosmaussimcomohábrancosmaus e pronto ficamos assim.
pois, a proporção é a mesma e nunca se fez testes de dna nesses "brancos" e assim ficamos sem saber se essa minoria das proporções possuem algum residuo autossomico
e alem disso nos eua ja se tenta ate colocar hispanico como branco pra ver se a distancia entre crimes fica menor tentando subsidiar os pretos
e olha que sicilianos e cia ja são computados como brancos não-hispanicos
"a civilização europeia original não era cristã e nem sub-arya"
Mas a nossa civilização europeia já não é a original.
«Hitler had son with French teen
Adolf Hitler had a son with a French teenager while serving as a soldier during the First World War, according to new evidence:»
http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/france/9088865/Hitler-had-son-with-French-teen.html
16 de Fevereiro de 2012 8:26:00 WET
Os conflitos que ocorriam no mundo pagão (pré-cristão) possuíam motivação política e NÃO religiosa.
Foi o Cristianismo que trouxe guerras religiosas para a Europa. Pois a religião cristã, assim como as outras religiões abraâmicas, se baseia na "distinção mosaíca". No seguinte link há uma explicação sobre o conceito de distinção mosaíca, com citações do renomado pesquisador Jan Assmann (uma das maiores autoridades actuais em egiptologia), mostrando as origens do comportamento totalitário presente no cristianismo: http://egregores.blogspot.com/2009/08/monotheistic-robots-of-doom.html
Um dos muitos exemplos de totalitarismo cristão que podem ser citados é o genocídio dos prussianos, crime com motivação religiosa realizado pelos católicos durante as cruzadas bálticas.
O seguinte livro escreve acerca da relação do santo católico São Bernardo de Clairvaux (1090-1153) com as cruzadas no Báltico:
"St Bernard of Clairvaux sought to rouse up the German nobility for a crusade against the Baltic Slavs with the injunction that they should 'take vengeance on the [pagan] peoples and exterminate them from the land of our Christian name'. There was to be no peace 'until, with God's aid, either the [heathen] rite itself or the population [natio] has been destroyed.'[47]" - The Oxford Handbook of Genocide Studies (Oxford University Press) (2010), página 297.
O Caturo escreveu um excelente artigo sobre o genocídio cristão da Prússia. Para maiores informações sobre mais esse crime cristão (de motivação religiosa), leia o link abaixo:
- O GENOCÍDIO CRISTÃO DA PRÚSSIA: gladio.blogspot.com/2008/03/o-genocdio-cristo-da-prssia.html
"Os conflitos que ocorriam no mundo pagão (pré-cristão) possuíam motivação política e NÃO religiosa."
Naqueles tempos era impossível de distinguir a política da religião, ou seja, você está errado.
Não, tu é que estás errado, a confundir as épocas de maneira desonesta. Naquele tempo a religião estava mais próxima da política, mas com os olhos de hoje pode-se distinguir as causas religiosas das políticas e é nesse sentido que, na linguagem actual, se pode dizer que naquele tempo não havia perseguição especificamente religiosa, porque o que agora se considera como especificamente religioso é claramente distinto da esfera política, a saber, a questão doutrinal.
Ora, de facto, naquele tempo não havia perseguição por motivos especificamente doutrinais. Nunca os Romanos perseguiam religião alguma por acharem que o(s) Deus(es) desta religião fosse(m) mau(s) ou falso(s). Uma ou outra religião só era perseguida na medida em que fosse politicamente prejudicial, não porque «conduzisse as almas ao inferno» ou qualquer outra justificação palerma que os cristãos invocavam para justificarem a perseguição religiosa.
Quando se acredita como se acreditava naqueles tempos que os deuses sustentam as cidades e que quem não venerava esses deuses era contra o bem estar das cidades, então a diferença entre política e a religião é inexistente.
1
Correcto. Por isso, era natural, e salutar, que se perseguisse quem tinha a totalitária e subversiva ideia de querer amaldiçoar esses Deuses.
E portanto não se pode dizer que os cristãos foram perseguidos somente por razões políticas.
2
Pode sim - pura e simplesmente porque nem existiam razões especificamente religiosas. Todas as razões eram políticas. Logo, os cristãos foram perseguidos apenas por razões políticas.
"Por isso, era natural, e salutar, que se perseguisse quem tinha a totalitária e subversiva ideia de querer amaldiçoar esses Deuses."
Tu próprio disseste um motivo religioso para que os cristãos fossem perseguidos.
3
Não. Um motivo religioso para os cristãos, um motivo político para os pagãos.
Não, perseguir alguém por causa que esse alguém amaldiçoava os deuses é fazer uma perseguição religiosa, tanto o é para pagãos como para cristãos.
4
Não, não é. No caso dos cristãos, é uma questão religiosa, no das autoridades romanas, uma questão política. Os Romanos borrifavam-se para a opinião que outros tinham dos seus Deuses, desde que isso não interferisse no bom funcionamento do Estado. Por isso os Judeus eram significativamente mais tolerados do que os cristãos, embora também não gostassem dos Deuses pagãos romanos.
A tolerância é uma das características de qualquer politeísmo histórico, seja ele europeu ou asiático. Isso ocorre porque os paganismos (as religiões primárias) NÃO possuem a "distinção mosaíca" (que é uma característica das religiões abraâmicas).
Por exemplo, os romanos eram tolerantes para com os deuses e paganismos alheios. Tanto é assim que cidadãos romanos chegaram a prestar culto à vários deuses/deusas alienígenas, como ao lusitano Endovélico, à celta Epona, e à hindu Lashmi, só para citar alguns.
- Deusa hindu adorada em Pompeia: http://pompeiiinpictures.net/R1/1%2008%2005.htm
Também os paganismos da Ásia são tolerantes, vide os vários deuses hindu, como Vaisravana, que ainda hoje são cultuados na China e no Japão.
Shaye J. D. Cohen, professor na Universidade de Harvard, também confirma que o paganismo é TOLERANTE, enquanto o monoteísmo abraâmico é totalitário:
"A pagan who wished to become a Jew did not merely add Judaism to his paganism or apply Jewish terminology to his pagan practices; he replaced his pagan beliefs and practices with Jewish ones. Polytheism was tolerant, monotheism was not." - From the Maccabees to the Mishnah (1987) - Shaye J. D. Cohen - página 35.
PhD Prudence Jones (Montclair State University) mostra que o paganismo é tão tolerante que, apesar das violentas cruzadas católicas contra os pagãos do Báltico, mesmo assim os lituanos de certas regiões menos afetadas pela violência cristã foram INOCENTEMENTE TOLERANTES E RECEPTIVOS ao ponto de permitirem que os cristãos construíssem Igrejas:
"Pagan Lithuania displayed religious tolerance: religion was a matter of individual conscience. After 1312, when Christian priests entered Lithuania, official Pagan shrines and monasteries of the Catholic and Orthodox sects existed side by side in the capital, Vilnius, whilst Muslim scribes were employed in the Royal-Ducal Chancery.[32]" - A history of pagan Europe (1995) (Routledge), página 172.
Os lituanos das regiões que mais sofriam com as cruzadas bálticas, como os Samogytians e outros, é que tinham preconceito contra os cristãos.
Depois de séculos de ataques, os católicos conseguiram destruir a cultura prussiana original: gladio.blogspot.com/2008/03/o-genocdio-cristo-da-prssia.html
Quando os pagãos estão no poder existe espaço para os cristãos. Mas quando os cristãos estão no poder veja o que ocorre ao paganismo:
GLADIUS: SOBRE A HISTÓRIA «SECRETA» DA INTOLERÂNCIA CRISTÃ CONTRA O PAGANISMO GREGO: http://gladio.blogspot.com/2010/05/sobre-historia-secreta-da-intolerancia.html
Por exemplo, os romanos eram tolerantes para com os deuses e paganismos alheios. Tanto é assim que cidadãos romanos chegaram a prestar culto à vários deuses/deusas alienígenas, como ao lusitano Endovélico, à celta Epona, e à hindu Lashmi, só para citar alguns.
cuidado com o anacronismo, por que originalmente os povos só adotavam os deuses locais; só com os imperios pos-acadios é que os deuses de um lugar via expansionismo imperialista fodeu com os deuses/culturas originais de outros locais
Shaye J. D. Cohen
anacronismo pos-classico tipico dos cohens da vida
hehe
- O GENOCÍDIO CRISTÃO DA PRÚSSIA:
cruzadas do ne
"Não, não é. No caso dos cristãos, é uma questão religiosa, no das autoridades romanas, uma questão política. Os Romanos borrifavam-se para a opinião que outros tinham dos seus Deuses, desde que isso não interferisse no bom funcionamento do Estado. Por isso os Judeus eram significativamente mais tolerados do que os cristãos, embora também não gostassem dos Deuses pagãos romanos."
Não se borrifavam nada e a perseguição ao culto que pregava que os deuses não existiam é exemplificativo disso. Os judeus estavam-se a borrifar para os cultos romanos e foi por isso que foram mais tolerados que os cristãos.
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"Por exemplo, os romanos eram tolerantes para com os deuses e paganismos alheios."
Os romanos perseguiram os druidas por considerarem o druidismo bárbaro. Os romanos não eram assim tão tolerantes como isso. Uma acusação feita a Sócrates foi que ele não acreditava nos deuses gregos. O mesmo que vale para os romanos vale para os gregos pagãos.
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"Por exemplo, os romanos eram tolerantes para com os deuses e paganismos alheios."
«Os romanos perseguiram os druidas por considerarem o druidismo bárbaro»
E não só. Foi sobretudo porque o Druidismo constituía um bastião da resistência indirecta mas efectivamente política dos Celtas.
De resto, o que os Romanos proibiram foi a prática do sacrifício humano - mas não, nunca, a adoração das Divindades célticas, algumas das Quais foram inclusivamente adoradas pelos próprios Romanos.
«Os Romanos não eram assim tão tolerantes como isso»>
Eram sim, era assim tão tolerantes como isso.
«Uma acusação feita a Sócrates foi que ele não acreditava nos deuses gregos. O mesmo que vale para os romanos vale para os gregos pagãos»
Não, que os Romanos permitiram a adoração dos Deuses estrangeiros. Além disso, mais uma vez há aí uma questão política, não de intolerância religiosa - a acusação de introdução de Deuses estrangeiros na cidade tinha um valor especificamente identitário e de coesão nacional e política, não de proibição do culto de Divindades consideradas malévolas, como no caso do Cristianismo, que não quis nunca permitir um culto pagão em parte alguma do mundo.
"Não, não é. No caso dos cristãos, é uma questão religiosa, no das autoridades romanas, uma questão política. Os Romanos borrifavam-se para a opinião que outros tinham dos seus Deuses, desde que isso não interferisse no bom funcionamento do Estado. Por isso os Judeus eram significativamente mais tolerados do que os cristãos, embora também não gostassem dos Deuses pagãos romanos."
«Não se borrifavam nada e a perseguição ao culto que pregava que os deuses não existiam é exemplificativo disso»
Borrifavam-se sim e a perseguição ao culto que negava a existência dos Deuses é exemplificativo, não de os Romanos se preocuparem com o que se pensava dos seus Deuses, mas sim com a propaganda que contra estes Deuses se fazia. Porque uma coisa é cada qual pensar o que quiser, outra, bem diferente, é andar a querer subverter a sociedade pagã, conspirando para destruir o culto aos Deuses Nacionais e inclusivamente queimando templos pagãos e confrontando abertamente a sociedade pagã. E nisso os Romanos até foram tolerantes de mais, porque mesmo com todas essas agravantes, raramente perseguiram os cristãos, quando na verdade os deveriam ter exterminado de uma ponta à outra, como fizeram os Japoneses em devido tempo.
«Os judeus estavam-se a borrifar para os cultos romanos e foi por isso que foram mais tolerados que os cristãos»
Exactamente - os Judeus desprevam o Paganismo, desprezavam os Deuses pagãos, mas não faziam contra Eles propaganda proselitista, ao contrário dos cristãos. O facto de os Judeus não serem perseguidos comprova pois a tolerância romana.
"E não só. Foi sobretudo porque o Druidismo constituía um bastião da resistência indirecta mas efectivamente política dos Celtas.
De resto, o que os Romanos proibiram foi a prática do sacrifício humano - mas não, nunca, a adoração das Divindades célticas, algumas das Quais foram inclusivamente adoradas pelos próprios Romanos."
Pois, os romanos perseguiam as outras religiões por razões políticas e religiosas, tal como eu disse.
Os romanos forçaram a romanização dos cultos druidas, um processo que extinguiu o culto de muitas divindades celtas. Os romanos não assim tão tolerantes quanto isso.
"Eram sim, era assim tão tolerantes como isso."
Infelizmente, não eram. Paciência.
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"E não só. Foi sobretudo porque o Druidismo constituía um bastião da resistência indirecta mas efectivamente política dos Celtas. De resto, o que os Romanos proibiram foi a prática do sacrifício humano - mas não, nunca, a adoração das Divindades célticas, algumas das Quais foram inclusivamente adoradas pelos próprios Romanos."
«Pois, os romanos perseguiam as outras religiões por razões políticas e religiosas,»
Não, não perseguiram por razões religiosas, como já foi explicado.
«tal como eu disse»
Disseste mal.
«Os romanos forçaram a romanização dos cultos druidas,»
Não, os Romanos combateram a existência da classe druídica como bastião da resistência céltica à romanização. Isto nada tem a ver com intolerância religiosa.
«um processo que extinguiu o culto de muitas divindades celtas»
Se o fez, foi indirectamente, nunca intencionalmente. Os Romanos até prestaram culto a Divindades célticas.
«Os romanos não assim tão tolerantes quanto isso.»
"Eram sim, era assim tão tolerantes como isso."
«Infelizmente, não eram»
Eram sim, sem apelo nem agravo. Infelizmente, tolerante de mais. Paciência.
"Borrifavam-se sim e a perseguição ao culto que negava a existência dos Deuses é exemplificativo, não de os Romanos se preocuparem com o que se pensava dos seus Deuses, mas sim com a propaganda que contra estes Deuses se fazia."
Os romanos toleravam que se pensasse que os deuses não existiam, só não toleravam que dissesse abertamente isso, ora tolerar os pensamentos dos outros toda a gente é capaz de o fazer, mas tolerar as palavras dos outros isso já é muito mais difícil.
"Porque uma coisa é cada qual pensar o que quiser, outra, bem diferente, é andar a querer subverter a sociedade pagã,"
Subverter, pressupõe fazer as coisas às escondidas, mas os cristãos faziam tudo às claras e foi por isso mesmo que se tornaram um alvo dos pagãos.
"conspirando para destruir o culto aos Deuses Nacionais e inclusivamente queimando templos pagãos e confrontando abertamente a sociedade pagã."
São Pedro e São Paulo não queimaram nem um único templo pagão, mas os dois foram condenados à morte, e portanto esse argumento não pega como justificação para a perseguição dos cristãos.
"E nisso os Romanos até foram tolerantes de mais, porque mesmo com todas essas agravantes, raramente perseguiram os cristãos, quando na verdade os deveriam ter exterminado de uma ponta à outra, como fizeram os Japoneses em devido tempo."
Há muita gente que diz que os cristãos foram muito perseguidos e só pela sua religião ter sido considerada superstitio.
"Exactamente - os Judeus desprevam o Paganismo, desprezavam os Deuses pagãos, mas não faziam contra Eles propaganda proselitista, ao contrário dos cristãos. O facto de os Judeus não serem perseguidos comprova pois a tolerância romana.#
Sim, os judeus não falavam contra os deuses e por isso eram poupados, mas não há nada mais fácil do que tolerar quem diz coisas que não nos agrada só em pensamento.
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"Não, não perseguiram por razões religiosas, como já foi explicado."
Não, sim, perseguir alguém por que põe em causa a nossa religião ou por que a sua religião tem aspectos religiosos que vão contra a nossa religião, é perseguir alguém por motivos religiosos, como é lógico.
"Não, os Romanos combateram a existência da classe druídica como bastião da resistência céltica à romanização. Isto nada tem a ver com intolerância religiosa."
He utterly abolished the cruel and inhuman religion of the Druids among the Gauls, which under Augustus had merely been prohibited to Roman citizens
Suetónio, Cláudio.
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"Não, não perseguiram por razões religiosas, como já foi explicado."
«Não, sim, perseguir alguém por que põe em causa a nossa religião»
Não, não era por pôr em causa a nossa religião, mas sim por atacá-la, sendo ela o suporte do Estado. Isso não é perseguição religiosa mas sim defesa do Estado contra a subversão.
«a sua religião tem aspectos religiosos que vão contra a nossa religião,»
Errado. Como já foi dito e pelos vistos é preciso repetir, o Judaísmo também é contra as outras religiões, mas, quando não faz proselitismo, é deixada em paz pelas autoridades pagãs romanas.
«é perseguir por razões religiosas»
Não, não é, como foi novamente explicado.
"Não, os Romanos combateram a existência da classe druídica como bastião da resistência céltica à romanização. Isto nada tem a ver com intolerância religiosa."
«He utterly abolished the cruel and inhuman religion of the Druids among the Gauls, which under Augustus had merely been prohibited to Roman citizens Suetónio, Cláudio»
Práticas cruéis, não o culto aos Deuses célticos dos Druidas, como também é sabido.
"Borrifavam-se sim e a perseguição ao culto que negava a existência dos Deuses é exemplificativo, não de os Romanos se preocuparem com o que se pensava dos seus Deuses, mas sim com a propaganda que contra estes Deuses se fazia."
« Os romanos toleravam que se pensasse que os deuses não existiam, só não toleravam que dissesse abertamente isso,»
Até toleravam, que os Judeus não gostavam nada dos Deuses romanos, mas não eram obrigados a deixar de ser judeus por causa disso - precisamente porque não faziam proselitismo nessa época e não punham por isso em causa o fundamento de Roma.
«tolerar os pensamentos dos outros toda a gente sabe fazer»
Toda a gente não, o papa cristão Leão X que o diga, já que proibiu a liberdade de pensamento...
"Porque uma coisa é cada qual pensar o que quiser, outra, bem diferente, é andar a querer subverter a sociedade pagã,"
«Subverter, pressupõe fazer as coisas às escondidas,»
Não necessariamente. Subverter é deitar abaixo a partir de dentro, que era o que os cristãos andavam a fazer, fosse ás claras ou não.
"conspirando para destruir o culto aos Deuses Nacionais e inclusivamente queimando templos pagãos e confrontando abertamente a sociedade pagã."
«São Pedro e São Paulo não queimaram nem um único templo pagão, mas os dois foram condenados à morte,»
Porque andavam a incitar as massas contra a autoridade pagã romana, pelo que tiveram o que mereceram, como agentes inimigos infiltrados que eram.
"E nisso os Romanos até foram tolerantes de mais, porque mesmo com todas essas agravantes, raramente perseguiram os cristãos, quando na verdade os deveriam ter exterminado de uma ponta à outra, como fizeram os Japoneses em devido tempo."
«Há muita gente que diz que os cristãos foram muito perseguidos»
E há muita gente que diz que os cristãos foram pouco perseguidos - e ninguém nega que na maior parte do tempo, não foram perseguidos de todo, e isto apesar de serem subversivos a tempo inteiro.
"Exactamente - os Judeus desprevam o Paganismo, desprezavam os Deuses pagãos, mas não faziam contra Eles propaganda proselitista, ao contrário dos cristãos. O facto de os Judeus não serem perseguidos comprova pois a tolerância romana.#
«Sim, os judeus não falavam contra os deuses e por isso eram poupados,»
Sabiam o seu lugar.
«mas não há nada mais fácil do que tolerar quem diz coisas que não nos agrada só em pensamento»
O teu papa Leão X não o diria...
"Não, não era por pôr em causa a nossa religião, mas sim por atacá-la, sendo ela o suporte do Estado. Isso não é perseguição religiosa mas sim defesa do Estado contra a subversão."
Sim, era mesmo por pôr em causa a religião pagã que o Estado romano nunca esteve em perigo de desmoronar devido ao cristianismo. E se formos por essa lógica então o cristianismo também só fez perseguições políticas às outras religiões pois também era o suporte do Estado e as religiões pagãs atacavam-no.
"Errado. Como já foi dito e pelos vistos é preciso repetir, o Judaísmo também é contra as outras religiões, mas, quando não faz proselitismo, é deixada em paz pelas autoridades pagãs romanas."
Eu falava do druidismo, uma religião que tinha aspectos religiosos que iam contra a religião romana e por isso mesmo foi perseguida. Mas mesmo o cristianismo tinha aspectos religiosos que iam contra a religião romana e isso foi um dos motivos por que foi perseguida.
According to Simon Dixon, the early Roman writers viewed Christianity not as another kind of pietas, but as a superstitio, or superstition. Pliny the Younger, a Roman governor writing c. 110 CE, called Christianity a "superstition taken to extravagant lengths." Similarly, the Roman historian Tacitus called it "a deadly superstition," and the historian Suetonius called Christians "a class of persons given to a new and mischievous superstition.[7] In this context, the word "superstition" has a slightly different connotation than it has today: for the Romans, it designated something foreign and different - in a negative sense. A religious belief was valid only insofar as it could be shown to be old and in line with ancient customs; new teachings were regarded with distrust.
«He utterly abolished the cruel and inhuman religion of the Druids among the Gauls, which under Augustus had merely been prohibited to Roman citizens Suetónio, Cláudio»
"Práticas cruéis, não o culto aos Deuses célticos dos Druidas, como também é sabido."
Segundo Suetónio como está na citação, Cláudio aboliu a religião dos druidas. Não há nada mais a dizer.
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"Até toleravam, que os Judeus não gostavam nada dos Deuses romanos, mas não eram obrigados a deixar de ser judeus por causa disso - precisamente porque não faziam proselitismo nessa época e não punham por isso em causa o fundamento de Roma."
Os judeus não proclamavam nas ruas romanas que os deuses não existiam, mantinham a sua opinião para eles próprios, e a assim era fácil de tolera-los, mas quem dizia aberta e reiteradamente que os deuses não existiam já não era assim tão fácil de tolerar. E portanto os romanos não eram assim tão tolerantes quanto isso.
"Toda a gente não, o papa cristão Leão X que o diga, já que proibiu a liberdade de pensamento..."
Mas como ele não lia o pensamento dos outros, essa proibição existir ou não era igual.
"Não necessariamente. Subverter é deitar abaixo a partir de dentro, que era o que os cristãos andavam a fazer, fosse ás claras ou não."
Os cristãos não estavam dentro de nenhuma religião pagã, logo subvertiam nenhuma religião pagã.
"Porque andavam a incitar as massas contra a autoridade pagã romana, pelo que tiveram o que mereceram, como agentes inimigos infiltrados que eram."
Não, porque andaram a converter pagãos para o seu credo monoteísta e isso as autoridades pagãs não toleravam.
"E há muita gente que diz que os cristãos foram pouco perseguidos - e ninguém nega que na maior parte do tempo, não foram perseguidos de todo, e isto apesar de serem subversivos a tempo inteiro."
"As the proceedings of the roman magistrates against the christians at times developed into a systematic persecution..."
L. F. Janssen
E isto só por que o cristianismo era tido como superstitio pelos pagãos.
"Sabiam o seu lugar."
Os contestatários também sabiam o o seu lugar.
"O teu papa Leão X não o diria..."
É problema dele.
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##### «««Há muita gente que diz que os cristãos foram muito perseguidos e só pela sua religião ter sido considerada superstitio.»»»
Geoffrey Ernest Maurice De Ste. Croix, uma das maiores autoridades em história cristã, diz que na maior parte das vezes eram os próprios cristãos que buscavam o martírio de livre e espontânea vontade, pois o mártir ocupa posição de destaque no cristianismo. Os cristãos PROPOSITADAMENTE buscavam tal destino, e realizavam (de propósito) ataques contra as autoridades romanas na esperança de que eles punissem os cristãos. O historiador supracitado chama esse fenômeno cristão de “martírio voluntário” (voluntary martyrdom):
“Ste. Croix's published studies of the early Church advanced the thesis that volunteers for martyrdom constituted a significant element in the evidence for the persecution of Christians by Roman imperial governors. To underpin this thesis, Ste. Croix collected and analysed the evidence for volunteers in order to demonstrate the prevalence of such individuals among the wider body of martyrs, and to suggest that these enthusiasts actually contributed to the wider implementation of persecution by antagonizing Roman governors, most of whom were predisposed to be tolerant, and local populations who had clearly been able to co-exist with Christians before being disrupted by the antics of a minority of perfectionists. The largest single body of evidence concerns persecution in Palestine and was composed by the church historian Eusebius of Caesarea.”
FONTE: http://www.oxfordscholarship.com/view/10.1093/acprof:oso/9780199278121.001.0001/acprof-9780199278121-chapter-4
1) «««Os romanos não eram assim tão tolerantes como isso.»»»
Os romanos, assim como outros povos politeístas, eram tolerantes SIM. Os exemplos são vários. Os romanos prestaram culto à divindades celtas como Epona, Grannus, e Ialonus. No ano 212 antes de Cristo, os romanos importaram o deus Apolo juntamente com os jogos associados ao culto. Em 204 antes de Cristo, os romanos importaram o culto à Magna Mater, da Frígia. No século V antes de cristo (mais precisamente no ano 484 antes de cristo) os romanos concluíram a construção de um importante templo para Castor e Pollux. Etc, etc, e etc:
"Roman religion, like most polytheistic systems, had always imported and incorporated elements from the outside. Gods as central in the Roman pantheon as Apollo and Castor and Pollux were early fifth-century imports from the Greek world;[89] and the Sibylline oracles, preserved on the Capitol, according to Roman legend, from the reign of the last king Tarquin, were written in Greek and certainly owed their origin to a non-Roman source.[90]" - The Cambridge ancient history: Volume 9 - (Cambridge University Press) (1970), página 764.
2) «««Naqueles tempos era impossível de distinguir a política da religião, ou seja, você está errado.»»»
Quem está errado és tu. Por exemplo, por motivos políticos e militares, os gauleses invadiram e saquearam a Grécia, porém isso NÃO impediu que Telésforo, uma divindade de origem celta, fosse incorporada à mitologia grega e depois adotada por romanos. As sociedades pagãs eram religiosamente tolerantes, sim.
Telésforo em moeda romana: http://coinproject.com/siteimages/97-75000813.jpg
Origem celta de Telésforo e sua entrada na mitologia grega:
"Telesphorus is assumed to have been a Celtic god in origin, who was taken to Anatolia by the Galatians in the 3rd century BC, where he would have become associated with the Greek god of medicine, Asclepius, perhaps in Pergamon, an Asclepian cult center. and spread again to the West due to the rise of the Roman Empire, in particular during the 2nd century AD, from the reign of Hadrian, after Epidaurus, the main center of the cult of Asclepius, had adopted him.[1]"
FONTE: http://en.wikipedia.org/wiki/Telesphorus_(mythology)
3) «««São Pedro e São Paulo não queimaram nem um único templo pagão»»»
Na encíclica Mirari Vos, o Papa Gregório XVI afirma que DESDE OS TEMPOS DOS APÓSTOLOS OS CRISTÃOS ATACAVAM O PAGANISMO E QUEIMAVAM OS LIVROS PAGÃOS. E o Papa se orgulha disso.
Para ler a encíclica Mirari Vos:
GLADIUS: A IGREJA CONTRA UM DOS FUNDAMENTOS DO OCIDENTE - A LIBERDADE: http://gladio.blogspot.com/2011/05/igreja-contra-um-dos-fundamentos-do.html
"Geoffrey Ernest Maurice De Ste. Croix, uma das maiores autoridades em história cristã, diz que na maior parte das vezes eram os próprios cristãos que buscavam o martírio de livre e espontânea vontade, pois o mártir ocupa posição de destaque no cristianismo. Os cristãos PROPOSITADAMENTE buscavam tal destino, e realizavam (de propósito) ataques contra as autoridades romanas na esperança de que eles punissem os cristãos. O historiador supracitado chama esse fenômeno cristão de “martírio voluntário”"
Men and women of all ages and classes have suffered as Christians: noble senators, educated bishops, nursing mothers, feeble men, respected teachers, young virgins, poor slaves, skilled craftsmen and honored pastors. The early Christians were severely tortured because they believed and followed Jesus. Society was not tolerant; it was offended. During the Decian persecution, A.D. 249-251, thousands of Christians were systematically persecuted. History tells us “Christians” and “pastors” were given the opportunity to renounce their faith, offer incense to other gods or give up their sacred books. Many did. Those who did were called the lapsi or the “Lapsed” because they had returned to paganism. Those who gave up their sacred books were called “traditores” or traitors. Meanwhile, history records that other Christians with whom they had worshipped died by fire and other exotic forms of death. Yet, when it was all over, the traitors and the lapsi sought restoration to the church.
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"Os romanos, assim como outros povos politeístas, eram tolerantes SIM. Os exemplos são vários. Os romanos prestaram culto à divindades celtas como Epona, Grannus, e Ialonus. No ano 212 antes de Cristo, os romanos importaram o deus Apolo juntamente com os jogos associados ao culto. Em 204 antes de Cristo, os romanos importaram o culto à Magna Mater, da Frígia. No século V antes de cristo (mais precisamente no ano 484 antes de cristo) os romanos concluíram a construção de um importante templo para Castor e Pollux. Etc, etc, e etc:
Quem está errado és tu. Por exemplo, por motivos políticos e militares, os gauleses invadiram e saquearam a Grécia, porém isso NÃO impediu que Telésforo, uma divindade de origem celta, fosse incorporada à mitologia grega e depois adotada por romanos. As sociedades pagãs eram religiosamente tolerantes, sim."
1. As Duke Uni Professor Kavin Rowe (World Upside Down, 162) writes: “[T]he notion that polytheistic religions issue in political tolerance and cultural understanding is at best a serious distortion of the realities of the Graeco-Roman world.” Roman authorities distinguished between religio licita (legal) and religio illicita (illegal). They treated foreign or new religions with violent contempt. For instance, Maecenas gave a speech to Octavian (i.e., Augustus) that: “You should not only worship the divine everywhere and in every way in accordance with our ancestral traditions, but also force all others to honor it. Those who attempt to distort our religion with strange rites you should hate and punish, not only for the sake of the gods … but also because such people, by bringing in new divinities, persuade many folks to adopt foreign practices, which lead to conspiracies, revolts, and factions, which are entirely unsuitable for monarch” (Dio Cassius, Hist. Rom. 52.36.1-2). Force people to obey your religion and hate those who refuse to. In fact, Roman pagans brutalized other pagans like the Bacchic cult in the second century BC and the Druids in the first century AD. Do you feeeeel the tolerance!
Ou seja, os romanos não eram assim tão tolerantes como isso, e havia razões religiosas por detrás das perseguições religiosas que faziam.
Não sou eu que estou errado, és tu.
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"Até toleravam, que os Judeus não gostavam nada dos Deuses romanos, mas não eram obrigados a deixar de ser judeus por causa disso - precisamente porque não faziam proselitismo nessa época e não punham por isso em causa o fundamento de Roma."
«Os judeus não proclamavam nas ruas romanas que os deuses não existiam, mantinham a sua opinião para eles próprios, e a assim era fácil de tolera-los,»
Claro - não actuavam subversivamente, não queimavam templos nem insultavam os Deuses Nacionais. Sabiam qual o seu lugar. E ninguém os impedia de ter uma religião contrária aos Deuses pagãos, o que nega de raiz a acusação de que os Romanos eram religiosamente intolerantes.
«reiteradamente que os deuses não existiam »
Não é simplesmente «que não existiam» - é que eram malévolos e que era uma imundice adorá-Los. Isto era um insulto aos Deuses Nacionais que as autoridades romanas o mais das vezes deixaram passar. Viu-se o resultado.
«E portanto os romanos não eram assim tão tolerantes»
Eram sim, os Romanos eram realmente tolerantes, tolerantes até de mais. Tanto como o Estado banana que permitiu a um rapper negro insultar os símbolos nacionais numa das suas músicas, quando a lei da república democrática portuguesa manda aplicar pena de prisão a quem insultar os símbolos nacionais. É a mesma coisa.
"Toda a gente não, o papa cristão Leão X que o diga, já que proibiu a liberdade de pensamento..."
«Mas como ele não lia o pensamento dos outros,»
Não interessa. O que interessa é o conteúdo e a intenção - e essa de ele não ler o pensamento dos outros é por de mais infantil, porquanto o que ele quis dizer foi que não é lícito ao cristão pensar diferentemente do que lhe mandam pensar. O cristão que incorresse nesse «crime» estava por isso automaticamente sob punição da Igreja, ou deveria considerar-se em falta por isso, o que se traduz num totalitarismo puro e duro: o do controlo da mente humana por meio do complexo de culpa inoculado em nome de uma doutrina intolerante.
Não necessariamente. Subverter é deitar abaixo a partir de dentro, que era o que os cristãos andavam a fazer, fosse ás claras ou não."
«Os cristãos não estavam dentro de nenhuma religião pagã,»
Mas estavam dentro do Império, que era pagão, e onde as pessoas tinham deveres para com a religião nacional, do mesmo modo que um cidadão nacional tem deveres para com a bandeira nacional. Do mesmo modo que um cidadão nacional que actue contra a bandeira nacional está pois a insultar a sua Pátria e merece punição, também um cristão, que cuspia nos Deuses Nacionais, merecia castigo.
Porque andavam a incitar as massas contra a autoridade pagã romana, pelo que tiveram o que mereceram, como agentes inimigos infiltrados que eram."
«Não, porque andaram a converter pagãos para o seu credo monoteísta»
Não, porque esse credo monoteísta pregava o ódio contra a religião nacional, e isso as autoridades romanas tinham o dever, tantas vezes descurado, de não permitir.
"E há muita gente que diz que os cristãos foram pouco perseguidos - e ninguém nega que na maior parte do tempo, não foram perseguidos de todo, e isto apesar de serem subversivos a tempo inteiro."
"As the proceedings of the roman magistrates against the christians at times developed into a systematic persecution.»
Christians were persecuted by local authorities on a sporadic and ad-hoc basis.
http://en.wikipedia.org/wiki/Persecution_of_Christians_in_the_Roman_Empire
«isto só por que o cristianismo era tido como superstitio pelos pagãos»
Errado. Era porque o Cristianismo se apresentava como subversivo.
"Sabiam o seu lugar."
«Os contestatários também sabiam o o seu lugar.»
As autoridades romanas é que raramente os souberam pôr no seu lugar - a cruz do suplício.
"O teu papa Leão X não o diria..."
«É problema dele. »
Não, é problema teu, porque teu papa é.
«He utterly abolished the cruel and inhuman religion of the Druids among the Gauls, which under Augustus had merely been prohibited to Roman citizens Suetónio, Cláudio»
"Práticas cruéis, não o culto aos Deuses célticos dos Druidas, como também é sabido."
«Segundo Suetónio como está na citação, Cláudio aboliu a religião dos druidas. Não há nada mais a dizer»
Há sim, porque todas as fontes mostram que o culto aos Deuses célticos continuou, sem qualquer proibição da parte dos Romanos. Portanto, ainda não foi desta que provaste que os Romanos «ai, também eram tão intolerantes como os cristãos». Não pegou.
"Não, não era por pôr em causa a nossa religião, mas sim por atacá-la, sendo ela o suporte do Estado. Isso não é perseguição religiosa mas sim defesa do Estado contra a subversão."
«Sim, era mesmo por pôr em causa a religião pagã que o Estado romano nunca esteve em perigo»
A Romanidade autêntica, a pagã, esteve mesmo em perigo de se desmoronar, e tanto esteve que se desmoronou mesmo, graças em grande parte ao Cristianismo. O que os cristãos fizeram posteriormente à religião nacional romana provou à saciedade, todos os dias, que as autoridades romanas que perseguiram os cristãos só pecaram por defeito e deviam ter sido muito mais rigorosas.
«também só fez perseguições políticas às outras religiões pois também era o suporte do Estado»
Falso. O Cristianismo simplesmente deu continuidade, quando chegou ao poder, ao que já andava a fazer antes de chegar ao poder - a tentar destruir as outras religiões. Portanto, não foi uma questão política que causou a intolerância cristã, foi pelo contrário a intolerância cristã que fez política.
Errado. Como já foi dito e pelos vistos é preciso repetir, o Judaísmo também é contra as outras religiões, mas, quando não faz proselitismo, é deixada em paz pelas autoridades pagãs romanas."
«Eu falava do druidismo, uma religião que tinha aspectos religiosos que iam contra a religião romana»
Não tinham aspectos religiosos nenhuns contra a religião romana. Simplesmente praticava o sacrifício humano, que as autoridades romanas proibiram. Mas nada do Druidismo que se conheça se opunha à religião romana, é que não tem mesmo nada a ver uma coisa com outra.
O Druidismo só foi perseguido por motivos políticos - nunca por motivos religiosos.
«According to Simon Dixon, the early Roman writers viewed Christianity not as another kind of pietas, but as a superstitio, or superstition. Pliny the Younger, a Roman governor writing c. 110 CE, called Christianity a "superstition taken to extravagant lengths." Similarly, the Roman historian Tacitus called it "a deadly superstition," and the historian Suetonius called Christians "a class of persons given to a new and mischievous superstition.[7] In this context, the word "superstition" has a slightly different connotation than it has today: for the Romans, it designated something foreign and different - in a negative sense. A religious belief was valid only insofar as it could be shown to be old and in line with ancient customs; new teachings were regarded with distrust. »
Pois, mas distrust é diferente de intolerance... a religião cristã era malvista, mas não proibida só por ser recente e sim porque actuava subversivamente. O Judaísmo também era malvisto por odiar os Deuses, mas não era perseguido; muitas seitas eram recentes, mas não eram proibidas por causa disso.
Só era perseguido o que fosse inimigo do Estado, e o Cristianismo provou sê-lo de uma ponta à outra, como os casos aqui citados testemunham: pregação contínua de ódio aos Deuses Nacionais e vandalismo destinado a provocar martírios e revoltas.
"Os romanos, assim como outros povos politeístas, eram tolerantes SIM. Os exemplos são vários. Os romanos prestaram culto à divindades celtas como Epona, Grannus, e Ialonus. No ano 212 antes de Cristo, os romanos importaram o deus Apolo juntamente com os jogos associados ao culto. Em 204 antes de Cristo, os romanos importaram o culto à Magna Mater, da Frígia. No século V antes de cristo (mais precisamente no ano 484 antes de cristo) os romanos concluíram a construção de um importante templo para Castor e Pollux. Etc, etc, e etc:
«Quem está errado és tu»
Não, és tu.
Por exemplo, por motivos políticos e militares, os gauleses invadiram e saquearam a Grécia, porém isso NÃO impediu que Telésforo, uma divindade de origem celta, fosse incorporada à mitologia grega e depois adotada por romanos. As sociedades pagãs eram religiosamente tolerantes, sim." 1. As Duke Uni Professor Kavin Rowe (World Upside Down, 162) writes: “[T]he notion that polytheistic religions issue in political tolerance and cultural understanding is at best a serious distortion of the realities of the Graeco-Roman world.” Roman authorities distinguished between religio licita (legal) and religio illicita (illegal). They treated foreign or new religions with violent contempt»
Treta. Os Romanos toleravam todas as religiões, excepto as que punham em causa a salvaguarda do Estado. Tanto que adoptaram diversos Deuses de diversos Povos conquistados.
«Maecenas gave a speech to Octavian (i.e., Augustus) that: “You should not only worship the divine everywhere and in every way in accordance with our ancestral traditions, but also force all others to honor it. Those who attempt to distort our religion with strange rites you should hate and punish,»
Pois, mas isso foi o que disse um romano - não foi, de modo algum, o que as autoridades romanas praticaram. E tanto não foi que os Romanos até tinham mesmo estranhos ritos, alguns de origem alógena.
«gods … but also because such people, by bringing in new divinities, persuade many folks to adopt foreign practices, which lead to conspiracies, revolts, and factions, which are entirely unsuitable for monarch”»
Como ele tinha razão...
«In fact, Roman pagans brutalized other pagans like the Bacchic cult»
Treta desonesta. As autoridades pagãs romanas só perseguiram essa seita báquica devido aos maus exemplos morais que dava e ao que alegadamente se passava no seu seio. Não por motivos religiosos, dado que o culto a Baco foi amplamente praticado no Império Romano.
«and the Druids in the first century AD. Do you feeeeel the tolerance!»
Sim, feeeel the tolerance - os Druidas só foram perseguidos por motivos políticos; os Deuses que adoravam continuaram a ser adorados, algumas vezes até por romanos. Portanto, feeeeel the tolerance, mas the tolerance a sério.
«Ou seja, os romanos não eram assim tão tolerantes como isso,«
Ou seja, os Romanos eram realmente tolerantes, até de mais, ao ponto da bananice por vezes, e isso custou-lhes a vitória subvsersiva da Cristandade. Por isso, quem está errado és mesmo tu e só tu.
"Claro - não actuavam subversivamente, não queimavam templos nem insultavam os Deuses Nacionais. Sabiam qual o seu lugar. E ninguém os impedia de ter uma religião contrária aos Deuses pagãos, o que nega de raiz a acusação de que os Romanos eram religiosamente intolerantes."
135: Serious Roman persecution of the Jews began. They were forbidden, upon pain of death, from practicing circumcision, reading the Torah, eating unleavened bread at Passover, etc. A temple dedicated to the Roman pagan god Jupiter was erected on temple mountain in Jerusalem. A temple of Venus was built on Golgotha, just outside the city.
Ai, ui, atira-me água fria!
Ai, ui, como havia tanta tolerância para os judeus que só se metiam nos seus assuntos religiosos.lol
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Nem ai nem ui. Toma lá água fria:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religio_licita
Como afirma M. Goodman, "os romanos sabiam que os judeus, unicamente entre os habitantes do império, recusavam prestar culto a qualquer deus senão o Deus ciumento venerado no Templo de Jerusalém. Os romanos viam este comportamento como bizarro, mas não repreeensível."
De facto, os Romanos eram mesmo, mas mesmo, tolerantes para com o Judaísmo.
Titus Flavius Clemens (consul) was put to death for "living a Jewish life" or "drifting into Jewish ways" in the year 95 CE, which may well have been related to the administration of the fiscus Judaicus under Domitian[10].
Ai, ui, como havia tanta tolerância para a religião judaica na Roma pagã.
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Nem ai nem ui, havia mesmo tolerância para os Judeus na Roma pagã:
The last pagan Roman Emperor, Julian II, allowed the Jews to return to "holy Jerusalem which you have for many years longed to see rebuilt" and to rebuild the Temple.
Muita mesmo.
The Fiscus Iudaicus (Latin: "Jewish tax") or Fiscus Judaicus was a tax collecting agency instituted to collect the tax imposed on Jews in the Roman Empire after the destruction of the Temple of Jerusalem in 70 CE in favor of the temple of Jupiter Capitolinus in Rome.
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Jacob Neusner, um historiador que durante a segunda metade do século XX muito marcou os estudos judaicos, afirma que o monoteísmo é a fonte da INTOLERÂNCIA religiosa. Já os paganismos são, SIM, TOLERANTES:
"The three monotheist religions, Judaism, Christianity, and Islam, find it difficult to tolerate one another but impossible to tolerate any religion besides themselves. The logic of monotheism - there is only one God, who governs all things - yields little basis for tolerating other religions. So, while religious toleration forms a natural attitude for secular people who believe nothing or for polytheists who believe everything, religious resources of tolerance do not flow abundantly out of the theology of monotheism." - Religious Tolerance in World Religions (2008) - editado por Jacob Neusner, Bruce Chilton. Página 193.
«««Não sou eu que estou errado, és tu.»»»
Repito, tu é que estás errado.
O pesquisador Robert Berchman, confirma que os romanos eram religiosamente tolerantes:
"Tolerance and respect, as well as a readiness to borrow and adapt foreign gods and goddesses, was Roman custom.
Evidence of this attitude emerges early on with the influence of the Etruscans and Greeks. Their deities were accepted as Rome's own. Apollo was adopted as a symbol of virtue and austerity, Zeus was assimilated to Juppiter, Hera to Juno, and Athena to Minerva. This trinity eventually became the focus of a new roman state religion. As Rome marched east, Cybele, Mithras, Isis, Serapis, and countless other foreign cults gained entrance into its polity. This practice was called an evocatio, where deities were invited to Rome where they would be honored with monuments and games.[21]" - Religious Tolerance in World Religions (2008), editado por Jacob Neusner, Bruce Chilton - Página 67.
E Joachim Jacobs escreve que, na maior parte do tempo, OS JUDEUS ERAM, SIM, MUITO TOLERADOS PELOS ROMANOS. Judeus e pagãos romanos entraram em conflito em algumas ocasiões, apenas por motivos políticos. NÃO eram conflitos religiosos, pois a Roma pagã era tolerante em matéria de religião.
"Despite the destruction of Jerusalem in 70 CE. the living conditions of Jews in the Roman Empire were such that, often with the same legal status as Roman citizens, they enjoyed the same rights to religious worship and were able to go about their daily business. The system of polytheism gave the Jews enough scope to establish themselves as a tolerated minority within Roman culture." - Houses of life: Jewish cemeteries of Europe (2008) - Página 24.
Não é nada, não e não!, os romanos pagãos também eram intolerantes porque sim, e perseguiram os judeus e os cristãos e os báquicos e os druidas, mai' nada!!!!!, o culto do judeu morto não está sozinho no seu fanatismo e intolerância... ;)
"Jacob Neusner, um historiador que durante a segunda metade do século XX muito marcou os estudos judaicos, afirma que o monoteísmo é a fonte da INTOLERÂNCIA religiosa. Já os paganismos são, SIM, TOLERANTES:"
Os druidas, as bacantes, os sacerdotes egípcios e os primeiros cristãos têm outra opinião.
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«The three monotheist religions, Judaism, Christianity, and Islam, find it difficult to tolerate one another but impossible to tolerate any religion besides themselves.»
Sim, é verdade. Sobre a intolerância cristã, creio que Rougier tem razão ao dizer que o que a torna mais efectiva no Ocidente é o seu universalismo, sucedendo o mesmo com o Islão, que é também universalista - o Judaísmo também é intolerante, considera os outros Deuses como malévolos e proíbe expressamente o Seu culto, como é patente no primeiro mandamento dos dez de Moisés, na versão original: «Não terás outros Deuses na Minha presença», mas mantém essa intolerância no seio do seu Povo, enquanto o Cristianismo, e o Islão, como são universalistas, estendem essa intolerância ao resto do mundo.
"O pesquisador Robert Berchman, confirma que os romanos eram religiosamente tolerantes"
The romans' had a fairly narrow idea of what constitude a "proper" religion and where highly intolerant of any that did not fit these ideas.
Tim O'Neill
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Pois... provas disso é que está quieto ó mau, como já se viu.
"Não tinham aspectos religiosos nenhuns contra a religião romana. Simplesmente praticava o sacrifício humano, que as autoridades romanas proibiram."
O sacrifício humano ia contra as práticas romanas religiosas e isso foi um dos motivos porque a religião druida foi proibida.
"Mas nada do Druidismo que se conheça se opunha à religião romana, é que não tem mesmo nada a ver uma coisa com outra."
Havia.
«Human sacrifice was officially obnoxious "to the laws of gods and men", and those who practiced it – such as Rome's Carthaginian foes – were irredeemably Other.»
"O Druidismo só foi perseguido por motivos políticos - nunca por motivos religiosos."
Foi também por motivos religiosos.
"Pois, mas distrust é diferente de intolerance... a religião cristã era malvista, mas não proibida só por ser recente e sim porque actuava subversivamente."
Não, isso não é verdade.
The historian Gaius Suetonius Tranquillus (70- ca.140) was a high-ranking official at the imperial courts of Trajan and of Hadrian. He was a scholar and counsellor of the emperors. He justified this and future actions of the State against Christians defining them as a "new and malicious superstition"; very harsh words.
As a "superstitio", Christianity was linked to "magia". For the Romans it was the same as the irrational practices which magicians and witches of evil character used to deceive the ignorant populace who had no training in philosophy. Magic was against reason and was common knowledge as opposed to philosophical knowledge. The accusation of magia (witchcraft), as well as that of insanity was a weapon with which the Roman State branded and suppressed new and suspect groups in society, such as Christianity.
The word malefica (=bringer of evil) caught the popular and suspicious imagination of the populace which viewed this (and everything new) as intrinsically dangerous. It was therefore the cause of evil and inseparable from plague, flood, famine and invasion by the barbarians.
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"O Judaísmo também era malvisto por odiar os Deuses, mas não era perseguido"
Era uma religião antiga e isso tornava-a uma religião licita.
"; muitas seitas eram recentes, mas não eram proibidas por causa disso."
Não eram superstitio.
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"O Judaísmo também era malvisto por odiar os Deuses, mas não era perseguido"
«Era uma religião antiga e isso tornava-a uma religião licita.»
Então decide-te, afinal era perseguida ou não?
De resto, não era por não ser recente que não era perseguida, mas sim por não ser subversiva.
muitas seitas eram recentes, mas não eram proibidas por causa disso."
«Não eram superstitio»
Bem, então afinal era por não serem antigas ou não? Decide-te.
"Não tinham aspectos religiosos nenhuns contra a religião romana. Simplesmente praticava o sacrifício humano, que as autoridades romanas proibiram."
«O sacrifício humano ia contra as práticas romanas religiosas e isso foi um dos motivos»
Não. Foi um motivo humanitário, não especificamente religioso. De resto, a Religião Romana também teve sacrifícios noutros tempos e não deixou de ser Religião Romana quando os aboliu. Por isso, o argumento de que o Druidismo foi destruído por causa da abolição dos sacrifícios humanos não tem ponta por onde se lhe pegue.
Mas nada do Druidismo que se conheça se opunha à religião romana, é que não tem mesmo nada a ver uma coisa com outra."
«Havia.»
Não, não havia.
«Human sacrifice was officially obnoxious "to the laws of gods and men",»
É uma maneira generalista de falar. De resto, também os Romanos os praticaram, uns séculos antes. E precisamente no tempo de Cartago, pelo que esse argumento sobre os Cartagineses também não pega.
O Druidismo só foi perseguido por motivos políticos - nunca por motivos religiosos."
«Foi também por motivos religiosos.»
Não, foi só mesmo por motivos políticos.
"Pois, mas distrust é diferente de intolerance... a religião cristã era malvista, mas não proibida só por ser recente e sim porque actuava subversivamente."
«Não, isso não é verdade»
É verdade sim.
«The historian Gaius Suetonius Tranquillus (70- ca.140) was a high-ranking official at the imperial courts of Trajan and of Hadrian. He was a scholar and counsellor of the emperors. He justified this and future actions of the State against Christians defining them as a "new and malicious superstition"
Por ser perigosa para o Estado, não por ser nova.
«As a "superstitio", Christianity was linked to "magia". For the Romans it was the same as the irrational practices which magicians and witches of evil character used to deceive the ignorant populace who had no training in philosophy. Magic was against reason and was common knowledge as opposed to philosophical knowledge. The accusation of magia (witchcraft), as well as that of insanity was a weapon with which the Roman State branded and suppressed new and suspect groups in society, such as Christianity.»
Treta flagrante, uma vez que só o Cristianismo foi efectivamente perseguido, e mesmo assim esporadicamente.
"Tolerance and respect, as well as a readiness to borrow and adapt foreign gods and goddesses, was Roman custom.
Evidence of this attitude emerges early on with the influence of the Etruscans and Greeks. Their deities were accepted as Rome's own. Apollo was adopted as a symbol of virtue and austerity, Zeus was assimilated to Juppiter, Hera to Juno, and Athena to Minerva. This trinity eventually became the focus of a new roman state religion. As Rome marched east, Cybele, Mithras, Isis, Serapis, and countless other foreign cults gained entrance into its polity. This practice was called an evocatio, where deities were invited to Rome where they would be honored with monuments and games.[21]" - Religious Tolerance in World Religions (2008), editado por Jacob Neusner, Bruce Chilton - Página 67.
"Então decide-te, afinal era perseguida ou não?
De resto, não era por não ser recente que não era perseguida, mas sim por não ser subversiva."
Houve perseguições ao judaísmo, que com o tempo acabaram.
Sim, era mesmo por antiga que foi considerada religião licita.
22
"Bem, então afinal era por não serem antigas ou não? Decide-te."
Não sei qual é a dificuldade para se entender que religiões novas que não levassem o "selo" superstitio não eram perseguidas, mas que religiões novas rotuladas com superstitio eram perseguidas.
"Não. Foi um motivo humanitário, não especificamente religioso."
Motivos humanitários?! Então, os romanos que obrigavam as pessoas a lutarem até à morte em arenas, às vezes até contra animais como ursos, touros, cães, javalis, leopardos e leões, faziam alguma coisa por motivos humanitário?
Isso não tem ponta por onde se lhe pegue.
"De resto, a Religião Romana também teve sacrifícios noutros tempos e não deixou de ser Religião Romana quando os aboliu."
Mas deixou de aprová-los.
"Por isso, o argumento de que o Druidismo foi destruído por causa da abolição dos sacrifícios humanos não tem ponta por onde se lhe pegue."
Eu disse que foi um dos motivos para ter sido perseguido, outro sem dúvida, era os druidas fazerem "magia" o que aterrorizava os romanos.
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"Bem, então afinal era por não serem antigas ou não? Decide-te." ~
«Não sei qual é a dificuldade para se entender que religiões novas que não levassem o "selo" superstitio não eram perseguidas,»
Bem, há bocado tudo o que era novo era malvisto, agora só as que fossem «superstitio»...
De uma maneira ou doutra, sõ o Cristianismo é que foi perseguido, essa é que é essa.
Não. Foi um motivo humanitário, não especificamente religioso."
«Motivos humanitários?! Então, os romanos que obrigavam as pessoas a lutarem até à morte em arenas,»
Sim, e que proibiram os sacrifícios humanos. Os «bons sentimentos» fazem-se gradualmente.
De resto, a Religião Romana também teve sacrifícios noutros tempos e não deixou de ser Religião Romana quando os aboliu."
«Mas deixou de aprová-los.»
E não desapareceu por causa disso.
Por isso, o argumento de que o Druidismo foi destruído por causa da abolição dos sacrifícios humanos não tem ponta por onde se lhe pegue."
«Eu disse que foi um dos motivos para ter sido perseguido,»
Não, foi uma das agravantes. Não foi um motivo só por si.
"Então decide-te, afinal era perseguida ou não? De resto, não era por não ser recente que não era perseguida, mas sim por não ser subversiva."
«Houve perseguições ao judaísmo, que com o tempo acabaram.»
Claro que acabaram - porque a perseguição era meramente política, nunca foi religiosa. E assim que a resistência armada judaica caiu, acabou a repressão »à religião», que de resto nunca o foi.
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