sexta-feira, janeiro 06, 2012

«VENDA DA EDP A CHINESES NÃO ENVOLVEU PREOCUPAÇÕES GEO-POLÍTICAS!» - UI C'A BOM...

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou esta sexta-feira que a privatização da EDP não envolveu nenhuma "consideração de carácter geopolítico", mas sustentou que o facto de a empresa vencedora ser chinesa "pode trazer mais oportunidades para Portugal".
Durante o debate quinzenal no Parlamento, em resposta a questões colocadas pelo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, Passos Coelho considerou que a venda do capital do Estado na EDP à empresa Three Gorges foi uma operação "absolutamente transparente" e concluída "com inequívoco sucesso", reclamando que "Portugal começou bem o seu processo de privatizações".
O primeiro-ministro assinalou o facto de a privatização da EDP ter sido decidida por "todo o Conselho de Ministros" e afirmou que o critério seguido se cingiu "ao mérito das propostas em face das exigências do caderno de encargos", ou seja, "não envolveu nenhuma outra consideração de carácter geopolítico".
Passos Coelho acrescentou que "não se escolheu a empresa chinesa porque era da China, não se excluiu a empresa brasileira porque era do Brasil, não se deixou de lado a proposta de uma empresa alemã porque era da Alemanha", reforçando que a decisão foi tomada em função do "mérito das propostas" e "sem nenhum outro constrangimento".
(...)

É no mínimo mau sinal que o líder de um país europeu cuja localização geográfica é de importância vital para o Ocidente pareça orgulhar-se de excluir critérios geopolíticos na tomada de uma decisão de notória importância como é a entrega da electricidade pública do País a uma potência totalitária asiática, rival e potencialmente inimiga do Ocidente.

Como se não fosse «justo» pensar na mais alta política quando o que está em cima da mesa é uma questão de negócios e competitividade empresarial... Talvez porque pareça «falta de profissionalismo e de objectividade» levar em consideração o bloco geopolítico, a civilização, a raça, a etnia (até a história dos direitos humanos, ui, cala-te boca...) quando se discutem «coisas sérias» como a capacidade negocial...
É a tecnocracia mercantilista levada ao cúmulo da inconsciência política.
É a completa inversão de prioridades da verdadeira Política.
E é mais uma demonstração da sorte que este país vai tendo enquanto estiver metido na União Europeia, porque caso «à solta» se encontrasse, nada impediria que a elite tuga colasse ao terceiro-mundo a «Zona de Conforto 351» (nome actualizado de uma nação arcaica chamada «Portugal»)...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Talvez porque pareça «falta de profissionalismo e de objectividade» levar em consideração o bloco geopolítico, a civilização, a raça, a etnia (até a história dos direitos humanos, ui, cala-te boca...) quando se discutem «coisas sérias» como a capacidade negocial...»


Nos EUA, onde o antirracismo está mais enraizado, continua a dar-se importância, e muita, às questões geopolíticas e acho que nos restantes países europeus também, porque apesar do antirracismo ser uma obrigação, ainda há na maior parte do Ocidente sentido de auto-preservação nacional por parte das elites políticas, mas em Portugal nem isso sequer existe.

E não é só nas elites, muita gente fora delas também não vê necessidade nenhuma de ter em conta os factores que tu mencionaste na hora de fazer negócios com países estrangeiros, e quando alguém mostra essa preocupação ainda ouve como resposta "ah, só mentes pequeninas é que dão importância a essas coisas".

Decadência ao mais alto nível.

6 de janeiro de 2012 às 18:59:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

POIS, GRANDES PROFISSIONAIS ESSES QUE NEM CALCULAM NADA DIREITO..

SÓ ENVOLVEU CORRPUTOS E IDEOLOGIAS..

6 de janeiro de 2012 às 20:55:00 WET  

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