quarta-feira, janeiro 04, 2012

COMISSÃO EUROPEIA DENUNCIA - TUGALÂNDIA É QUEM MAIS SACRIFICA O POVINHO

São os mais pobres que estão a fazer mais sacrifícios para pagar a crise. A conclusão é de um estudo da Comissão Europeia que analisa a distribuição dos efeitos das medidas de austeridade por seis países em dificuldades: Portugal, Grécia, Espanha, Irlanda, Estónia e Reino Unido.
As medidas de austeridade tomadas pelo Governo português, para além de estarem distribuídas de forma desigual entre ricos e pobres, fizeram subir o risco de pobreza, particularmente entre idosos e jovens. O relatório de Bruxelas revela que Portugal "é o único país com uma distribuição claramente regressiva", ou seja, em que os pobres estão a pagar mais do que os ricos quando se aplica a austeridade. Exemplo disso é o rendimento disponível das famílias. Nos escalões mais pobres, o orçamento de uma família com crianças sofreu um corte de 9%, ao passo que uma família rica nas mesmas condições perdeu 3% do rendimento disponível.Os dados mostram que Portugal é o único país analisado em que "a percentagem do corte [devido às medidas de austeridade] é maior nos dois escalões mais pobres da sociedade do que nos restantes". A Grécia, que tem tido repetidos pacotes de austeridade, apresenta uma maior equidade nos sacrifícios implementados.
Dos 3% do rendimento disponível que as medidas de austeridade vieram retirar aos portugueses, a fatia de leão é suportada por reformados e por pensionistas, seguindo-se o aumento dos impostos, que é suportado essencialmente pela classe média, e os cortes nos salários e subsídios dos funcionários públicos respondem pelo resto.
Uma situação que coloca a classe média sob pressão e faz subir o risco de pobreza de 18,5% para 20,5% da população.
(...)

Enquanto o povo português não perceber que tem de intervir na Política em vez de simplesmente desabafar pelas esquinas ou emigrar, a elite tuga vai podendo fazer o que lhe apetece - como dizia Lorde Acton, «o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente», ou, mais popularmente, «quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é tolo ou não tem arte», ou «a ocasião faz o ladrão», querendo tudo isto dizer o mesmo: a elite roubará quanto puder enquanto o povo não lhe puser cobro.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O TERCEIRO MUNDO DA UE..

5 de janeiro de 2012 às 07:34:00 WET  

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