quarta-feira, outubro 12, 2011

ACÇÃO TERRORISTA DE EXTREMA-ESQUERDA NA ALEMANHA

Um engenho explosivo detonou esta quarta-feira no trajecto de comboios intercidades entre Berlim e Hamburgo, levando à interrupção da circulação, mas não se registaram feridos, disse um porta-voz dos caminhos-de-ferro (DB) na capital alemã.  
Foram também encontrados engenhos explosivos, entretanto desactivados pela polícia, junto às estações ferroviárias de Suekreuz e Schoeneberg, em Berlim, obrigando à interrupção de linhas do comboio urbano, segundo a mesma fonte.  
As forças de segurança e o pessoal dos caminhos-de-ferro encontraram nos últimos dias vários engenhos do mesmo tipo - garrafas com gasolina e um detonador - nas linhas férreas da capital alemã, depois de, na segunda-feira, um grupo de extrema-esquerda ter reivindicado a autoria de um atentado contra uma caixa de electricidade dos caminhos-de-ferro, a noroeste de Berlim.  
O atentado provocou elevados danos materiais, causou o atraso de centenas de comboios e obrigou ao desvio do trajecto entre Berlim e Hamburgo, as duas maiores metrópoles alemãs, que ainda se mantinha esta quarta-feira porque as reparações eléctricas não estavam concluídas. 
 
Em comunicado colocado na Internet, o referido grupo afirmou estar contra a participação de tropas alemãs na guerra no Afeganistão e ameaçou paralisar a circulação ferroviária na capital do país.  
O sindicato da polícia alemã advertiu que se está "perante uma nova qualidade" das acções da extrema-esquerda, lembrando que o grupo terrorista Fracção do Exército Vermelho (RAF), que praticou vários actos terroristas, incluindo numerosos homicídios, e entretanto se extinguiu, começou a sua série de atentados nos anos setenta com um fogo posto contra um armazém em Berlim.   
"A RAF também começou por praticar uma pretensa violência inofensiva, para mais tarde começar a matar pessoas", disse o presidente do sindicato, Bernhard Witthaut.  
Os caminhos-de-ferro prometeram, entretanto, reforçar a vigilância das vias, mais lembraram que é impossível vigiar 34 mil quilómetros de troços, e que dependem da acção eficaz das forças de segurança para descobrir os autores dos recentes atentados.   
O porta-voz do grupo parlamentar deemocrata-cristão, Wolfgang Bosbach, exigiu, entretanto, o reforço dos efectivos da polícia berlinense, considerando "um grave erro" a redução dos respectivos quadros em três mil agentes, nos últimos anos.  

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os esterquistas a mostrarem sua verdadeira face. Boa hora para os nacionalistas e o povo agirem contra eles.

12 de outubro de 2011 às 16:46:00 WEST  

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