PORTUGAL A SER ALVO DE PLANOS DE DOMÍNIO DO CAPITALISMO INTERNACIONAL VIA AGÊNCIAS DE RATING?
Portugal não precisava deste resgate. Foi sobretudo a especulação que precipitou o País para o pedido de ajuda externa. O culpado não foi o governo, mas sim a pressão das agências de “rating”. É esta a opinião de Robert Fishman, professor de Sociologia na Universidade de Notre Dame, num artigo hoje publicado no jornal “The New York Times”.
Na opinião de Fishman - que escreveu, em conjunto com Anthony Messina, o livro intitulado “The Year of the Euro: the cultural, social and political import of Europe’s common currency” -, a solicitação de ajuda externa à UE e ao FMI por parte de Portugal deverá constituir um aviso para as democracias de todo o mundo.
A crise que teve início no ano passado, com os resgates da Grécia e da Irlanda, agravou-se, constata o professor. “No entanto, este terceiro pedido nacional de ajuda não tem realmente a ver com dívida. Portugal teve um forte desempenho económico na década de 90 e estava a gerir a sua retoma, depois da recessão global, melhor do que vários outros países da Europa, mas sofreu uma pressão injusta e arbitrária por parte dos detentores de obrigações, especulações e analistas de “rating” da dívida que, por razões ideológicas ou de tacanhez, conseguiram levar à queda de um governo democraticamente eleito e levaram, potencialmente, a que o próximo governo esteja de mãos atadas”, salienta Robert Fishman no seu artigo de opinião publicado no jornal norte-americano.
O sociólogo adverte que “estas forças do mercado, se não forem reguladas, ameaçam eclipsar a capacidade de os governos democráticos – talvez até mesmo o norte-americano – fazerem as suas próprias escolhas em matéria de impostos e despesa pública”.(...)
Na opinião de Fishman - que escreveu, em conjunto com Anthony Messina, o livro intitulado “The Year of the Euro: the cultural, social and political import of Europe’s common currency” -, a solicitação de ajuda externa à UE e ao FMI por parte de Portugal deverá constituir um aviso para as democracias de todo o mundo.
A crise que teve início no ano passado, com os resgates da Grécia e da Irlanda, agravou-se, constata o professor. “No entanto, este terceiro pedido nacional de ajuda não tem realmente a ver com dívida. Portugal teve um forte desempenho económico na década de 90 e estava a gerir a sua retoma, depois da recessão global, melhor do que vários outros países da Europa, mas sofreu uma pressão injusta e arbitrária por parte dos detentores de obrigações, especulações e analistas de “rating” da dívida que, por razões ideológicas ou de tacanhez, conseguiram levar à queda de um governo democraticamente eleito e levaram, potencialmente, a que o próximo governo esteja de mãos atadas”, salienta Robert Fishman no seu artigo de opinião publicado no jornal norte-americano.
O sociólogo adverte que “estas forças do mercado, se não forem reguladas, ameaçam eclipsar a capacidade de os governos democráticos – talvez até mesmo o norte-americano – fazerem as suas próprias escolhas em matéria de impostos e despesa pública”.(...)
“A crise não resulta da actuação de Portugal. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de outros países, como a Itália, que não foram sujeitos a avaliações [de ‘rating’] tão devastadoras. O seu défice orçamental é inferior ao de vários outros países europeus e tem estado a diminuir rapidamente, na sequência dos esforços governamentais nesse sentido”, refere o professor, que fala ainda sobre o facto de Portugal ter registado, no primeiro trimestre de 2010, uma das melhores taxas de retoma económica da UE.
Em inúmeros indicadores – como as encomendas à indústria, inovação empresarial, taxa de sucesso da escolaridade secundária e crescimento das exportações -, Portugal igualou ou superou os seus vizinhos do Sul e mesmo do Ocidente da Europa, destaca o sociólogo.(...)
Em inúmeros indicadores – como as encomendas à indústria, inovação empresarial, taxa de sucesso da escolaridade secundária e crescimento das exportações -, Portugal igualou ou superou os seus vizinhos do Sul e mesmo do Ocidente da Europa, destaca o sociólogo.(...)
“O BCE poderia ter comprado dívida pública portuguesa de forma mais agressiva e ter afastado a mais recente onda de pânico”.
Além disso, Fishman afirma que é também essencial que a UE e os EUA regulem o processo utilizado pelas agências de “rating” para avaliarem a qualidade da dívida de um país. “Ao distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal, as agências de notação financeira – cujo papel na aceleração da crise das hipotecas ‘subprime’ nos EUA foi extensamente documentado – minaram a sua retoma económica e a sua liberdade política”, acusa o académico.
“No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”.
Além disso, Fishman afirma que é também essencial que a UE e os EUA regulem o processo utilizado pelas agências de “rating” para avaliarem a qualidade da dívida de um país. “Ao distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal, as agências de notação financeira – cujo papel na aceleração da crise das hipotecas ‘subprime’ nos EUA foi extensamente documentado – minaram a sua retoma económica e a sua liberdade política”, acusa o académico.
“No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”.
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para ler o artigo na íntegra.
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9 Comments:
portugal ja esta lixado e nas mãos deles muito mais que qualquer outro país com excepção das holandas da vida e cia, que ainda estão mais..
e gente me pareçe que Portugal hojé está comendo na mão dos Judeus.
para os fans do gajo que vai à v mostrar gráficos:
o fmi esteve em portugal no tempo do salazar
São mercenários/as em Portugal e no estrangeiro ao serviço dos exploradores do povo português, ganharam dinheiro a fundo perdido e depois fecharam as portas deixando os funcionários sem nada!
O que querem é o FMI em Portugal, para limpar algumas dividas que fizeram e agora temos nós que as pagar!!!
Já é tempo de devolverem, com juros o que levaram de todos nós a fundo perdido!!!!!!!
Os governos podem não ter sido bons, mas os sanguessugas levaram-nos ao extremo, consumindo tudo,e ainda nos fazendo passar pela vergonha de não sermos capazes de governar o nosso pais!!!
Temos de averiguar e denunciar, com nomes e valores, quem está por detrás desta infâmia que estamos passando!!!!
Para mim, são portugueses e não só, sem escrúpulos, que nos roubaram, que estão havidos do poder, do dinheiro, da fama e de tudo o que pensam que lhes dá estatuto!!!!
Levaram uma empresa com um património de 5 milhões de euros quase à falência, transaccionaram as acções por 0,01 euros cada, assim dá uma empresa aos estrangeiros...
Anónimo disse...
e gente me pareçe que Portugal hojé está comendo na mão dos Judeus.
14 de Abril de 2011 02h05min00s WEST
as agências de rating estão nas mãos de quem?
PORTUGAL A SER ALVO DE PLANOS DE DOMÍNIO DO CAPITALISMO INTERNACIONAL VIA AGÊNCIAS DE RATING?
E toda a Europa que está já debaixo do domínio do capitalismo financeiro cujo Bruxelas está às ordens, assim como a maior parte dos políticos europeus que não fazem mais nada do que cumprir a agenda que lhes foi dada.
Acabaram com a soberania monetária das nações, mas nem tão pouco a Europa tem soberania monetária porque a BCE nem pode prestar dinheiro as diferentes nações que são obrigadas de pedir aos bancos comercias com juros elevadas.
Assim todo o crescimento das nações é mamado pelo os juros.
A solução é de sair do euro, e recuperar o poder de criar a sua própria moeda, poder fazer assim desvaluações competitivas tal como poder ter dinheiro que se empresta a si pròprio a 0% de juros.
Tenham juizo!
Deixámos os xuxas e os não xuxas gastar em nosso nome e, na hora de pagar, brincamos às teorias da conspiração?
mesmo com taxas de 0,00001% acham que Portugal devia continuar a viver de empréstimos que não pode pagar?
Agora precisamos do favor de nos emprestarem dinheiro. Só espero que não o desbaratemos e tenhamos a capacidade de o ir pagando para podermos ser novamente independentes!
«A crise não resulta da actuação de Portugal. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de outros países, como a Itália, que não foram sujeitos a avaliações [de ‘rating’] tão devastadoras.»
Desde o início desta "crise da dívida" que ando a dizer isso e não sou economista. Cada vez que esse filhos da puta das agências nos baixam o rating, os juros da nossa dívida disparam.
Não me venham com tretas, isto é itencional e concertado. Basta ver onde estão localizadas as princiais agências (EUA) para se perceber isso. E eles não perdem uma oportunidade para nos tramarem.
Recomendo vivamente a leitura do seguinte artigo:
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mercados/agencias-de-rating-ratings-moodys-sp-standard--poors-agencia-financeira/1246923-1727.html
...que esclarece a forma como as duas principais agêncais de rating (Moody's e Standard & Poor's) deram cabo da economia americana por não actualizarem os ratings dos produtos imobiliários atempadamente, baixando os ratings rapidamente quando já era tarde demais.
São estes gajos quem efectivamente manda no mundo!
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