COMISSÃO EUROPEIA REJEITA QUESTIONAMENTO SOBRE O PASSADO EXTREMISTA DO SEU PRESIDENTE

A Comissão Europeia enviou ao Partido Nacional Britânico (BNP) uma missiva a dizer que o presidente da dita, José Manuel Durão Barroso, considera «inadmissível» qualquer questionamento sobre o seu passado maoísta.

Isto na sequência de um questionário que o eurodeputado e líder do BNP Nick Griffin lançou a respeito das ligações de Durão Barroso à extrema-esquerda, nomeadamente ao partido PCTP/MRPP (primeiro, Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado, depois com o acrescento de Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses). Afirma o BNP que um vídeo (clicar no link acima para ver) de uma filmagem de 1976 mostra Durão Barroso a criticar o «sistema educacional burguês» que «atira os estudantes contra os trabalhadores e os trabalhadores contra os estudantes», além de evidenciar a sua ligação ao Maoísmo.

O questionário, intitulado «Conexões marxistas dos Comissários», incluiu o seguinte texto:

«Dado que a Comissão não considera que as filiações políticas extremistas, totalitárias, de comissários e oficiais não eleitos - que iniciam a legislação - sejam importantes para as pessoas que eles governam, queiram por amabilidade responder o seguinte a respeito do comissário Barroso:

1 - Por quanto tempo foi ele um membro de um partido maoísta?

2 - Será que, dada a eliminação de entre sessenta a cem milhões de pessoas na China maoísta, irá o Senhor Barroso condenar o Maoísmo?

3 - Será que o Sr. Barroso alguma vez expressou arrependimento pelas suas ligações passadas, que muitas pessoas considerariam de umn extremo mau gosto?

4 - Será que o Sr. Barroso irá pedir desculpa às pessoas da Europa e da China pela sua anterior militância em tal organização e, se não, porque não?

5 - Será que o Sr. Barroso considera a sua anterior filiação um erro?

6 - Será que o Sr. Barroso irá condenar, directamente, tanto a organização da qual fez parte como as suas políticas?»

Diante da recusa da Comissão Europeia em responder ao que acima se enuncia, Griffin afirmou que os políticos patriotas são costantemente forçados a pedir desculpas pelas suas indiscrições de juventude e por coisas parvas que disseram ou fizeram no passado. E acrescentou: «toda a gente pode mudar, mas é sempre tranquilizante ouvir da boca dos próprios que tais devaneios juvenis já não se aplicam. É por isso preocupante que o Sr. Barroso, cujo salário é agora mais elevado do que o do presidente da América, não discute sequer o seu passado extremista comunista, nem tampouco peça desculpas ou o repudie.»

E, com esta, o BNP alcançou mais uma vitória ideológica, ao mostrar a verdadeira face do sistema. Porque de facto o que está em causa não é o passado político de Durão Barroso, até porque as citações referidas pelo BNP não são especialmente graves - à luz da doutrina nacionalista - o que realmente interessa é mais uma vez expor a política dos dois pesos e duas medidas por parte da elite reinante. Aliás, é de duvidar que algum político com passado nacional-socialista fosse sequer aceite a meio da hierarquia eurocrática, quanto mais no lugar que agora ocupa Durão Barroso...