CRIMINALIDADE SOBE EM SAMORA CORREIA

Muitos dos comerciantes que possuem um espaço de venda no Centro Grossista 2006, em Porto Alto, Samora Correia, local onde no final da tarde de anteontem um chinês foi morto a tiro por quatro assaltantes encapuzados, vivem agora no receio de que mais furtos e assaltos, frequentes nos últimos meses, possam terminar em mais homicídios. Entretanto, a Polícia Judiciária de Lisboa continua à procura dos quatro assaltantes, que fugiram do local do crime num Seat branco.
"Não me recordo de nada semelhante desde que trabalho aqui, há dez anos", refere ao CM um fiel de armazém, que pede para não ser identificado. "Nos últimos tempos temos notado um aumento dos furtos aqui nos armazéns. Até tivemos de começar a fechar sempre os portões porque os ladrões chegavam e começavam a carregar carrinhas", denuncia. Ainda assim, não deixa de ficar surpreendido com o que aconteceu com o arrendatário do armazém de revenda de lingerie.
"Ele estava aí sempre com a mulher e os dois filhos, há cerca de cinco meses. Não se dava muito com ninguém, mas não lhe eram conhecidas inimizades", explica.
Segundo fonte da GNR, quatro homens encapuzados entraram, cerca das 19h25 de anteontem, no armazém e tentaram roubar o chinês, de 42 anos, mas como este resistiu os ladrões acabaram por disparar e atingiram a vítima no abdómen. No local, a polícia encontrou dois invólucros de calibre 7.65 mm e um cartucho de 12 mm.
Outra comerciante, que também não quis ser identificada, garantiu que a zona tem sido alvo de assaltos frequentes. "Até um restaurante ao lado já foi roubado", refere. O armazém onde o crime ocorreu permaneceu fechado todo o dia de ontem e, segundo o CM apurou, não foi visitado por ninguém da família do comerciante. Na manhã de anteontem, os assaltantes já teriam passado no local.

Portanto, uma súbita onda de criminalidade está a tornar mais negro o quotidiano de Samora Correia. Súbita, disse eu, pois que, segundo um dos testemunhos acima, a coisa não era frequente na zona.

Donde será que vem tão desagradável novidade?

Assim de repente, encontrei esta notícia:

Há um ano Samora Correia foi elevada à categoria de cidade mas a maior parte dos inquiridos acredita que a pouco e pouco isso se irá sentir. A chegada de novos moradores e de muitos imigrantes é bem aceite e a cidade torna-se, a pouco e pouco mais cosmopolita.

(...)

Assegura que o número de habitantes aumentou bastante. Quer com imigrantes, pessoas vindas de outros países, quer com portugueses que decidiram mudar-se para a terra ribatejana.

(...)

Nestas passagens acima, todos os que dizem que apareceram muitos imigrantes, apressam-se a dizer que «convivem muito bem» com esta nova realidade e que «não têm problema nenhum com isso», e que «dão-se bem com toda a gente».

Mas porque é que não haveriam de conviver muito bem com toda a gente, mas então ainda é preciso dizer coisas dessas? E para quê?...

Bem, nem toda a gente o diz, como se lê no trecho a seguir:

Natural de Coruche, Paula Nunes mudou-se para Samora Correia há cerca de uma década. Quando questionada sobre o que mudou na terra que a acolheu, a resposta é clara. “Por enquanto acho que ainda não mudou muita coisa. Não há grande diferença no último ano. Há muita falta de escolas, creches e muito ainda por fazer”, salienta.

A empresária esteve emigrada em Inglaterra e sabe como é trabalhar num país que não o nosso. Concorda com a vinda de todos aqueles que vêm para trabalhar mas deixa um alerta. “Há muita gente imigrante que vem estragar um pouco Samora Correia e o país em geral”, afirma convicta. (...)

Ah bom... ok...