FRANCESES CADA VEZ MAIS «RACISTAS»

Uma sondagem recente do instituto BVA realizada a pedido de dois grupos anti-discriminação franceses indica que mais de um em cada dez franceses admitem ser racistas e muitos têm preconceitos contra imigrantes, homossexuais, negros, árabes e judeus.
Trinta por cento dos Franceses acham que os Judeus têm mais influência na Finança e nos Média do que outros grupos; vinte e oito por cento diz achar que os Árabes são mais propensos a cometer crimes do que gente doutros grupos - e é de notar que no ano ano passado a percentagem de franceses que assim pensava era menos de metade da deste ano.
Quinze por cento dos Franceses admite abertamente ser «bastante ou um pouco racista» - no estudo anterior, esta percentagem não ia além do um por cento...
Quarenta e nove por cento dos que responderam ao inquérito pensam que os imigrantes têm mais possibilidade de explorar a segurança social do que os franceses nativos.
Vinte e oito por cento consideram que os negros são fisicamente mais poderosos do que outros grupos.
Um terço dos que dizem não ser racistas, afirmam que não reagem quando ouvem outros a usar linguagem racista.
«A capacidade francesa para se indignar está em declínio», lamenta Arielle Schwab, presidente da União dos Estudantes Franceses Judeus, que atribui o aumento do «preconceito» às condições políticas de França, onde o governo lançou um debate sobre a identidade nacional. Contra esse debate queixa-se também o SOS Racisme (sim, também há lá, aliás, começou lá), e que também critica a proibição do véu islâmico, e alega que nos últimos meses o discurso racista entrou no âmbito social e politicamente dominante (tornou-se «mainstream»).

O Povo Francês acorda, pois, lentamente, mostrando que, tal como outros Povos Europeus, também consegue resistir à evangelização anti-racista. Resta saber se este despertar irá ganhar terreno e galvanizar-se politicamente a tempo de evitar a submersão da França na maré da iminvasão terceiro-mundista.