terça-feira, novembro 17, 2009

OCI TENTA NOVA ABORDAGEM PARA DESTRUIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO DO OCIDENTE

Parece estar em diminuição, a nível mundial, o apoio mundial à campanha para proibir a «difamação de religiões», projecto que a OCI (Organização da Conferência Islâmica) tenta desde há nos concretizar na ONU. Chile, México, Panama, Uruguai, que se abstiveram em 2008, votaram contra este ano. Lesoto e Sri Lanka, que votaram a favor no ano passado, este ano abstiveram-se. A favor, continuam a votar a maioria dos cinquenta e sete países da OCI (excluindo o Burkina Faso e os Camarões, que se abstiveram), bem como a China, Cuba, Rússia e Venezuela. No total, oitenta e um países votaram a favor da resolução no Terceiro Comité (que só será propriamente votada em Dezembro, na Assembleia Geral), cinquenta e cinco contra, enquanto quarenta e três se abstiveram. (Clicar aqui para ver o gráfico, pdf).

Para quem não sabe, o bloco muçulmano, representado pela OCI, que congrega dezenas de países muçulmanos (e também Moçambique), tem feito os possíveis para que a ONU silencie de vez a liberdade de expressão a respeito do Islão, de modo a que ninguém no mundo possa livremente criticar a religião de Mafoma, como já foi aqui noticiado diversas vezes. Todos os anos têm conseguido a maioria dos votos na ONU para aprovar as sucessivas resoluções, cada vez mais próximas de se tornarem vinculativas.

Ora, como a táctica parece estar a falhar, a OCI vira-se agora para outra estratégia: tenta levar um painel da ONU a alterar um tratado internacional já existente para incluir a proibição da difamação de religiões. Ao contrário do que com as resoluções sucede, que não têm adquirido força de lei, e até estão, como se viu acima, a perder força e aderência, a alteração do ICERD (International Convention on the Elimination of All Forms of Racial Discrimination, ou Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial) no sentido de estender a letra da lei da questão racial à questão religiosa, poderá adquirir força de lei.

E que não haja dúvidas - o que a OCI quer proibir são manifestações da liberdade de expressão ocidental tais como a publicação das caricaturas a satirizar Maomé ou a sugestão de que o Alcorão promove a violência contra os não muçulmanos. No texto da resolução que irá a votação na Assembleia Geral em Dezembro, está escrito o seguinte: «o Islão é frequente e erradamente associado às violações dos direitos humanos e ao terrorismoO grosso do mundo islâmico, alegadamente moderado e tolerante e viva-o-al-Andaluz e tal, quer pois impedir a divulgação de opiniões que façam notar a motivação islâmica de crimes cometidos diariamente no mundo inteiro, onde quer que os muçulmanos tenham força para se imporem pela intimidação e/ou pela violência.
Como já aqui foi referido, os críticos desta movimentação islamista na ONU acusam a OCI de, a coberto dos direitos humanos, quererem colocar o Islão acima de toda a crítica e escrutínio, impingindo assim aos países ocidentais as restrições que a lei islâmica impõe nos países muçulmanos, sabendo-se que nalguns destes Estados se castiga com a morte a apostasia e a blasfémia. Os defensores da liberdade de expressão afirmam também que só as pessoas podem estar a salvo da difamação, não as doutrinas, que devem poder ser atacadas.

Assim, a Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional, organização norte-americana, declarou já este ano que o plano para expandir o âmbito da ICERD para cobrir a religião «iria minar as garantias internacionais dos direitos humanos, incluindo a liberdade de religião» e «minar as instituições que protegem os direitos humanos universais em todo o mundo.»

Com todo o descaramento que é próprio de quem está habituado a entoar o cântico da vítima para enganar os incautos, o secretário-geral da OCI Ekmeleddin Ihsanoglu, de origem turca, alega que os «os muçulmanos continuam a sofrer com a crescente tendência de islamofobia(...) no Ocidente», porque «alguns média» fazem mau uso da sua liberdade de expressão para «justificar os seus actos de incitação ao ódio», e depois reitera que «o Islão é uma religião de paz e tolerância» e que «os ensinamentos islâmicos promovem a coexistência pacífica e o respeito pela honra e dignidade humanaToda esta conversa só para justificar a submissão dos Ocidentais aos ditames islâmicos - para que o Islão possa avançar em solo europeu sem que o cidadão europeu seja alertado dos perigos deste credo, e simplesmente porque a cambada de Mafoma não admite que lhes critiquem as ideias.

Deve ser a isto que a politicagem correcta chama «um muçulmano moderado»...

Mais do que qualquer acto de terrorismo ou de violência urbana, este tipo de atitudes, dominantes no mundo islâmico (não há nada mais dominante no mundo islâmico do que a OCI...), atestam, sem margem para qualquer espécie de dúvida, a incompatibilidade fundamental, incontornável e visceral do Islão com o Ocidente e inclusivamente a guerra ideológica sem quartel que opõe, desde há mais de um milénio, estes dois blocos civilizacionais.