ARTE SOBRE ALCORÃO REMOVIDA DE LIVRARIA

Na livraria Ulefoss do condado de Telemark, uma exibição artística baseada no Alcorão foi atacada e pediu-se ao seu autor, Ahmed Mashhouri, que a removesse.
O trabalho está agora exposto noutra livraria, em Porsgrunn.

O que é irónico e emblemático dos tempos cada vez mais politicamente correctos e portanto dimiescos em que vivemos é que a obra de arte tinha o título de «Não é proibido pensar» ("Det er ikke forbudt å tenke") e nem por isso deixou de ser atingida pela intolerância islâmica e prejudicada na sua exposição ao público.

A peça consiste numa série de doze imagens alusivas às mais controversas citações do livro sagrado do Islão. Diz Mashhouri que «o meu objectivo não é insultar ninguém e a sua fé. É ter um entendimento melhor das leis encontradas no Alcorão. Estas leis ficavam talvez bem em tempos idos, mas hoje parecem simplesmente desumanas. Espero que o meu trabalho seja um despertar para os meus correligionários.»

O artista trabalhou com a mulher em prol dos direitos humanos no Irão. Mas tiveram de procurar asilo na Noruega.

Acrescenta que «em discussões, as pessoas gostam de ouvir que este tipo de coisas não se encontram no Alcorão. Queremos mostrar que estas coisas estão mesmo no Alcorão.»

Depois dos ataques aos seus trabalhos, foi-lhe pedido que retirasse o seu trabalho de exibição, o que o entristeceu: «fiquei desapontado, pensava eu que tinha vindo para um país com liberdade».

Os donos da livraria dizem que não exerceram qualquer acto de censura: «Não, o que não podíamos era arriscar que as imagens fossem destruídas e depois era preciso chamar a polícia. Somos uma pequena comunidade. Uma vez que o trabalho estaria exposto por apenas dois dias, pedimos que fosse removido um dia antes.»

Ou seja, censura por cobardia. E não se julgue que esta mentalidade não está abundamentemente disseminada pela Europa fora.

As imagens foram entretanto colocadas em islamgraph.blogspot.com.