RABI NÃO QUER CRUCIFIXOS JUNTO AO MURO DAS LAMENTAÇÕES

Em Israel, o rabi do muro ocidental, ou muro das lamentações, Shmuel Rabinovitch, diz que o papa Bento XVI não deve usar nenhum crucifixo quando visitar o sítio, evento previsto para 12 de Maio.
Alega Rabinovitch que as cruzes são símbolos que «magoam os sentimentos judaicos» e já barrou o acesso ao muro das lamentações a pelo menos dois grupos de clérigos cristãos que se recusaram a esconder o seu emblema quando quiseram visitar o local: «A minha posição é que não é adequado entrar na área do muro das lamentações com símbolos religiosos, incluindo a cruz. Sinto o mesmo em relação a um judeu pondo o talit e empunhando o tefilin [cobertura de cabeça e pergaminho, respectivamente] numa igreja.»

O papa João Paulo II já lá tinha rezado sem tirar a cruz, mas este rabi é indiferente a tal precedente.

Antes de 1967, quando o muro das lamentações estava incluído na área sob domínio jordano, os Judeus estavam proibidos de aí orar. Na sequência da Guerra dos Seis Dias, Israel reconquistou Jerusalém oriental, incluindo a zona onde se localiza este monumento religioso e abriu o sítio a todas as confissões religiosas.