segunda-feira, agosto 25, 2008

NOVO MAPA GENÉTICO DA EUROPA

Como se pode ler nesta página, uma equipa de biólogos construiu recentemente um mapa genético da Europa, mostrando o grau de semelhança entre as várias populações europeias.
E a conclusão é confirmação do que já se sabia: todas as populações são muito semelhantes entre si, embora as diferenças sejam suficientes para que se possa elaborar testes individuais para saber de que país europeu é que um indivíduo é provavelmente oriundo.

O mapa mostra à direita a localização geográfica na Europa de cada população estudada, e, à esquerda, a relação genética entre estas vinte e três populações. O mapa foi construído por Manfred Kayser, Oscar Lao e outros especialistas e apareceu publicado num artigo da revista «Current Biology», publicada na Internet a 7 de Agosto.

As maiores diferenças genéticas na Europa verificam-se entre populações do norte e do sul - o eixo vertical mostra as diferenças norte-sul, o eixo horizontal mostra as diferenças leste-oeste. A área consignada a cada população reflecte a variação genética da mesma.

Dizem os autores do estudo que a Europa foi colonizada três vezes no passado distante, sempre a partir do sul. Há cerca de quarenta e cinco mil anos, os primeiros humanos modernos aí entraram vindos do sul. Os glaciares retornaram há vinte mil anos e a segunda colonização ocorreu há dezassete mil anos por parte de pessoas a retornar dos seus refúgios meridionais. A terceira invasão foi a dos agricultores a trazer a nova tecnologia agrícola do Próximo Oriente há cerca de dez mil anos.

Um país, todavia, destaca-se do resto da Europa pela sua composição genética. Não, não é Portugal, como queriam os luso-tropicalistas, os antirras cá do burgo e os Minho-até-Timor. Não, o «anti-racismo e o amor às outras raças» que alguns queriam dar como traço característico e até obrigatório dos Portugueses, não chegou para produzir uma afro-europa aqui neste extremo ocidente europeu. Tirem daí o sentido, afunde-se à grande o vosso africanismo-mundialismo tuga, bem podem limpar as mãos à parede com a vossa incitação à miscigenação, mete nojo a vossa converseta. O país europeu que se diferencia mais claramente do ponto de vista genético em relação aos outros países europeus é a Finlândia, o que terá a ver com o facto de que a população finlandesa foi em tempos muito pequena e depois expandiu-se, carregando consigo os traços atípicos da sua ancestralidade (ou, digo eu, devido à sua ancestralidade uralo-altaica).

Uma outra barreira genética é entre os Italianos e o resto dos Europeus. Isto mostra o papel dos Alpes em impedir o livre fluir de povos entre a Itália e o resto da Europa.

Um dos aspectos genéticos abordados foi o da tolerância à lactose. Segundo Manfred Kayser, a tolerância à lactose é uma adaptação que surgiu entre as culturas pastoris do norte europeu há cerca de cinco mil anos. A maior parte das pessoas abandona o gene da digestão da lactose, mas os povos possuidores de gado norte-europeus alcançaram uma vantagem notável ao conservarem esse gene na idade adulta.

Pode-se por meio desta lista formar uma ideia a respeito da diferente tolerância à lactose consoante os diferentes grupos étnicos e raciais.

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"Uma outra barreira genética é entre os Italianos e o resto dos Europeus. Isto mostra o papel dos Alpes em impedir o livre fluir de povos entre a Itália e o resto da Europa."

Ou não será maior distancia genetica devido ao império romano?
vários povos migraram e várias invasões ocorreram por la nessa epoca.

26 de agosto de 2008 às 00:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Mas durante o período imperial, os Itálicos expandiram-se para a Europa Ocidental, ou seja, misturaram-se com os Europeus situados para aquém dos Alpes (aquém, na nossa perspectiva, bem entendido). Posteriormente, a Itália foi grandemente invadida por povos germânicos, e também aí se cruzou o sangue itálico com o dos outros Europeus.

26 de agosto de 2008 às 09:56:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quanto a Portugal há dois tipos de populações. Há a população de Lisboa e arredores, com cerca de 2 milhões de pessoas, e há a população do resto do pais. Na primeira população há, desde há +ou- 25 anos para cá, muita gente nada europeia ou mestiça. Aquele mapa genético não reflecte esta situação. Se a "colheita" genética representativa de Portugal tivesse sido feita em Lisboa, como apareceria Portugal representado naquele mapa? Espanha e Italia aparecem representadas com colheitas em 2 locais diferentes dos seus territórios. Porque não se fez o mesmo com Portugal?

1 de setembro de 2008 às 17:43:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Porque em Portugal não há tanta diferença genética no seio do País como em Itália e em Espanha. Estes dois países também têm muita imigração, mas é evidente que os imigrantes não contam para o estudo.

3 de setembro de 2008 às 18:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

no link que deixas te não fim nenhum mapa genético, assim como aqueles mapas não contém informação nenhuma. Como estou interessado no assunto pergunto se tens alguma informação relevante. Agradeço a atenção. Abraço DM.

12 de fevereiro de 2013 às 01:46:00 WET  
Blogger Caturo said...

De momento não estou a ver mais nenhuma informação que eu tenha sobre isso, para além dos mapas, que situam Portugal no contexto genético europeu.
Saudações.

13 de fevereiro de 2013 às 05:27:00 WET  
Blogger Unknown said...

E os bascos não contaram para este estudo?...ou simplesmente os estudos contam atravês de países?

23 de dezembro de 2015 às 15:24:00 WET  
Blogger Caturo said...

Se calhar contaram e desequilibraram a percentagem de «sangue indo-europeu» de Espanha... não sei.

23 de dezembro de 2015 às 18:31:00 WET  

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