O QUE ESTARÁ EM BOA PARTE DA RAIZ DO AUMENTO DO PREÇO DO PETRÓLEO

Não é tempo perdido o que se gastar a passar pelas vistas este artigo, da autoria de Hugh Fitzgerald do site Jihad Watch.
Fitzgerald vê com apreciável lucidez o lóbi petrolífero árabe por trás do aumento do preço dos combustíveis. Diz ele que «alguns analistas culparam os "especuladores", sem perceberem o quão pequena é a quantia de dinheiro que os especuladores controlam - veja-se o que diz Philip K. Verleger - enquanto quase todo o aumento do preço vai para os Estados produtores de petróleo. Dificilmente seria surpreendente descobrir-se que os Sauditas e outros Árabes estavam de facto por trás de alguns destes especuladores, e que até lhe estavam a dar emprego. Ao fim ao cabo, os especuladores não apenas aumentam o preço, mas também se tornam no objecto da crítica que desvia a fúria (geral) dos Estados plutocráticos.»

Denunciando a Arábia Saudita como falsa aliada dos EUA, critica os que ingenuamente o ignoraram e continuam a ignorar, esquecendo por exemplo o papel saudita no caso de Afeganistão, que nunca foi o do simples combate ao Comunismo, mas sim o do apoio aos Talibãs em toda a linha mesmo depois da derrota e da retirada soviéticas.

Fitzgerald lamenta que os governos norte-americanos não tenham já desde 1973 começado a prevenir o que agora se está a passar e se tenham deixado enganar pelo «bluff» árabe segundo o qual «o petróleo é uma arma». Este truque islâmico acabou infelizmente por resultar, pelo que o Ocidente adoptou dum modo geral uma política de apaziguamento dos Estados Árabes, permitindo que estes jogassem com os preços e entretanto acabassem por travar o investimento em fontes alternativas de energia (solar, eólica, etc.).
Acusa por isso mesmo todos os que, a seu ver, sempre estiveram a soldo dos Sauditas - «aqueles "conselheiros de relações públicas", tais como o sequaz de Kennedy Fred Dutton, ou aqueles ex-diplomatas (ver James Akins), ou antigos agentes da Cia (ver Raymond Close), ou todas aquelas corporações que apoiaram a Arábia Saudita. (...) todos aqueles homens de negócios que estavam tão ansiosos por contratos sauditas. E depois havia todos aqueles que assim que deixavam o serviço público decidiam "fazer dinheiro a sério", como eles tão grotescamente diziam - o que é insultuoso para todos nós, que adoraríamos ter os seus salários governamentais. (Isto agora lembrou-me qualquer coisita que também se passa cá pelo burgo, quando certos bem-pensantes e melhor-falantes dizem que "os bons e competentes não querem trabalhar para o Estado, onde se ganha pouco, preferem ir para o privado"... sinal de que a bastardia piratesca de quem vê com olhos de mercenário apátrida o trabalho pela Pátria é igual dos dois lados do Atlântico - nota do bloguista) Depois há os Carlyle, e todos os outros promotores que se convenceram, por estarem tão sequiosos de "reciclar" dinheiro do petróleo árabe, que a Arábia Saudita era nossa "amiga" e "aliada".(...)

E aqui estamos nós hoje, com o petróleo a cento e quarenta dólares por barril, que é sem dúvida onde o preço deve estar. Mas devia estar aí por nossa própria iniciativa, porque devíamos ter começado a aplicar taxas ao petróleo, e a aplicar taxas ao uso da gasolina, e a fazer uma transição suave para esse preço, reduzindo o uso do petróleo e tendo subsidiado o transporte público, e reconstruindo a trilha do comboio. Há muito que devíamos ter dado subsídios às companhias de energia solar que se foram abaixo - mesmo estando a baixar os preços e a fazer tudo correctamente.

O lóbi saudita é o mais poderoso lóbi em Washington. Geralmente, o lóbi do petróleo árabe é o mais poderoso em todas as capitais do Ocidente.»

Ou seja, até ao nível meramente económico se verifica que o contacto com o mundo islâmico tem sido mais ruinoso do que proveitoso, a longo prazo.