terça-feira, maio 06, 2008

HOMEM DE FERRO


É medianamente agradável que uma das minhas personagens de banda desenhada favoritas tenha finalmente feito a sua aparição no grande ecrã: no Primeiro de Maio, antiga data da celebração da luz, o luminoso «Vingador Dourado», mais conhecido por «Homem-de-Ferro», estreou-se bombasticamente nos cinemas de todo o mundo.

Capitalista metalizado, foi sempre um dos super-heróis menos destacados de entre os principais, ou seja, de entre aqueles que compõem a «constelação» de referências criada nos anos sessenta pelo judeu Martin Stanley Lieber (mais conhecido como Stan Lee), base, ainda hoje, da própria editora Marvel: Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Hulk, Thor (adaptação da mitologia nórdica), X-Men, Surfista Prateado, Demolidor. Homem-de-Ferro foi criado na mesma altura que estes, mas apareceu sempre como que relegado para segundo plano.

A tal circunstância não será estranho o aspecto marcadamente ideológico da personagem. A nona arte, bem como as outras artes todas, está quase sempre dominada pela Esquerda liberal. E, com toda a verosimilhança, pode dizer-se que a malta da Esquerda liberal não gosta dum capitalista armado. Armado com armas e armado em herói. Herói e ainda por cima patriota. Pior, começou a ser herói ao lutar contra os comunistas do Vietname...
Cúmulo do escândalo, não lhe bastava ser capitalista e patriota, e anti-comunista, ainda tinha de ser empresário da indústria de armamento.



Na banda desenhada original, tudo começa quando um industrial do armamento, Tony Stark, é aprisionado no Vietname pela guerrilha comunista. Obrigado a trabalhar para fabricar uma arma poderosa que seria usada contra as forças norte-americanas, Stark consegue todavia iludir os Vietcongues e construir uma armadura de combate, com a qual chacina os seus raptores e passa a dividir a sua vida entre as suas funções como empresário e, no seu secreto e mascarado alter-ego, os seus deveres como herói defensor da moral e da América. Esta clássica divisão de «personalidade» do super-herói típico tem no entanto uma nuance que o distingue de todas as outras: como Homem-de-Ferro, é combatente metódico, prudente; como Tony Stark, granjeia fama de playboy desregrado, mulherengo e alcoólico, para além de sofrer dum problema cardíaco.

Uma coisa destas na banda desenhada europeia seria completamente impensável. Aliás, mesmo na América não sobrevive facilmente - e tanto assim é que, neste filme, altera-se ligeiramente a história, pois que o herói, em vez de continuar a fabricar armas, resolve, logo quando começa a ser herói, que a sua empresa deixará de as produzir...

Nesta produção cinematográfica que ora estreia, os comunistas vietnamitas são substituídos por um grupo de indistintos guerrilheiros afegãos, o que até se compreende, visto que se o sujeito tivesse começado a ser herói no tempo da guerra do Vietname, teria agora pelo menos setenta anos. Mas a sua «consciência» tendencialmente pacifista, que exibe no filme, a desautorizar o pensamento conservador-militarizador, por assim dizer, que tão bem caracteriza certa Direita americana, é elemento que pura e simplesmente empobrece e vulgariza o produto final.

Está bem conseguida a sua caracterização como solitário trocista, sarcástico, cínico, brutal. Faltou-lhe ser alcoólico, como é na banda desenhada, e até tinha ficado bem se o fosse no filme, dava pano para mangas. A variação ideológica é que, a meu ver, estraga um bocado o arranjo. E descarrila de vez no chavão mais baratinho e primário quando o enredo leva a «perceber» que afinal os maus mais maus são americanos (de Direita, claro... empresários...) que, malandros e maquiavélicos, manipulam os terroristas do Médio Oriente em seu proveito. Uma ideia muito simpática a toda à Esquerda e à anti-americanagem em geral. E nem sequer falta a referência «subtil» à conspiração de silêncio que consiste em subornar dezenas de pessoas para que se calem sobre um facto que o governo quer esconder...

Adiante. Cum granu salis na algibeira, pode-se simplesmente desfrutar do espectáculo visual dos armamentos e da alta tecnologia, da beleza de Gwyneth Paltrow e de outras actrizes e das relativamente boas cenas de acção, tirando o irritante e entendiante vício americano do «in extremis». Pelo meio aparece o quase lendário e acima referido Stan Lee, como é da praxe (surge como figurante em todos os filmes de super-heróis que criou). No fim, ainda se pode ouvir o clássico «Iron Man», dos não menos clássicos Black Sabbath, uma das bandas «fundadoras» do Heavy Metal, nos nostálgicos anos setenta.


E já agora, para que não se pense que tudo isto será sempre ficção científica, dê-se uma vista de olhos aqui, onde se fala da criação, na Escócia, dum braço mecânico mais forte do que o braço humano...

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"pelo judeu Martin Stanley Lieber (mais conhecido como Stan Lee), base, ainda hoje, da própria editora Marvel: Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Hulk, Thor (adaptação da mitologia nórdica),"

Caturo, se os judeus sao maus e nao gostam dos europeus, como é que este fez uma banda desenhada acerca de mitologia norte-europeia?


"da beleza de Gwyneth Paltrow"

Convem lembrar que esta senhora é metade judia metade inglesa.
Infelizmente ja teve 2 filhos :( enfim muito mau, cada vez temos mais misturas.. e estes filhos da puta dos judeus adoram as mais bonitas loiras europeias..
estranho como depois certos nacionalistas dizem que eles planeiam acabar com a raça europeia...

6 de maio de 2008 às 19:05:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Os Judeus não são todos iguais... nem querem todos as mesmas coisas... julgo eu...

Há judeus que se borrifam completamente para quaisquer planos sionistas de controle mundial. Andam simplesmente ao seu, ou querem tão somente sopas e descanso. Stan Lee parece ser um desses, embora se possa também afirmar que os seus «X-Men» passam uma mensagem de apoio às minorias étnicas «superiores» que são oprimidas pelas maiorias «raivosas, temerosas e invejosas».

Quanto às misturas que produzem pessoas como Gwyneth Paltrow, o que há a fazer? Nada de especialmente grave. É gente integrável no Ocidente, até prova em contrário.

6 de maio de 2008 às 19:13:00 WEST  
Blogger Sónia Gonçalves said...

Caturo,sabes me dizer onde é que eu posso ver o filme "Fitna" de Geert Wilders.Este filme causou uma polémica dos diabos e eu interesso-me por estes assuntos.Há dias estive a ver o site do "Jihad Watch" e não consegui perceber,sinceramente,porque é que certas pessoas acusam o site de anti-islâmico e pró-judaico.Não é preciso que se faça de cada cidadão um polícia,mas,perante a ameaça do terrorismo,por sinal,islâmico,alguma coisa tem que ser feita para se alertar os habitantes da Europa.Não se trata de se ser anti-islamismo,mas sim de chamar a atenção para um perigo bem real.Ninguém gosta de bombas ao pé de casa...

6 de maio de 2008 às 20:03:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"sabes me dizer onde é que eu posso ver o filme "Fitna" de Geert Wilders."


http://www.groepwilders.com/website/default.aspx?ID=4

6 de maio de 2008 às 20:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.groepwilders.com/
website/default.aspx?ID=4

6 de maio de 2008 às 20:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

May 18, 2008, the film “Christopher Columbus, The Enigma “ will be show in Vale de Cambra.

6 de maio de 2008 às 20:12:00 WEST  
Blogger Caturo said...

http://gladio.blogspot.com/2008/03/fitna-o-filme-anti-islmico-de-geert.html´

O problema não está só nas bombas, cara Sónia - e é mesmo isso que Wilders mostra, e é mesmo isso que os seus detratores se «esquecem» de comentar. Porque o essencial do «Fitna» não é, como alguns disseram, para desviar as atenções, o «terrorismo islâmico», mas a própria natureza opressora do Islão (dominação mundial, maus tratos às mulheres, mutilações de ladrões, pena de morte para os homossexuais), com ou sem terrorismo.

6 de maio de 2008 às 20:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Fitna:
http://www.groepwilders.com/
website/details.aspx?ID=65

6 de maio de 2008 às 20:27:00 WEST  
Blogger Sónia Gonçalves said...

Merci.

6 de maio de 2008 às 20:51:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"sabes me dizer onde é que eu posso ver o filme "Fitna" de Geert Wilders."

www.youtube.com

6 de maio de 2008 às 20:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Filme
Blindness (2008)
http://www.imdb.com/title/tt0861689/

É baseado na obra do nosso ilustríssimo José Saramago.

7 de maio de 2008 às 00:46:00 WEST  

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