ROMUVA
Romuva significa «Santuário», ou ainda «Morada da Paz Interior», e é o termo com que mais frequentemente se designa a religião étnica da Lituânia. Fontes históricas do século XIV indicam que no centro das terras do Báltico (actual região de Kalininegrado) existiu em tempos o santuário que tinha a designação de Romuva, reverenciado por todas as nações bálticas, onde ardia o fogo sagrado.
A Lituânia é, juntamente com a Letónia, uma representante actual do ramo báltico da família indo-europeia. Romuva, é, como se disse, o nome que se dá à religião nacional na Lituânia. Na Letónia, a designação utilizada é «Dievturiba».
Quando há mil anos os vizinhos Eslavos (Russos, Polacos) foram dominados pelo Cristianismo, os Baltas mantiveram a sua religião étnica, isto é, pagã, por mais quatrocentos anos. Durante este período, estabeleceram um poderoso Estado de grande extensão territorial. A arcaica religião indo-europeia - base das culturas grega, romana, persa, hindu, céltica, germânica... - estava ainda viva nesta área da Europa, que, coincidentemente ou não, constitui o centro geográfico da Europa (não, o centro geográfico da Europa não é a chamada «Europa Central», mas sim a Lituânia, mais precisamente a sua capital, Vilnius). É um simbolismo interessante, no mínimo. Assim, o Fogo Eterno ardia ainda no templo pagão de Vilnius, e as pessoas ainda prestavam culto a Perkunas, Deus do Trovão, bem como a arcaicas Deusas da Terra. Os Baltas sempre veneraram muito o Fogo. O Fogo era por eles tido como sagrado e eterno. Parece tratar-se aqui duma característica tipicamente indo-europeia, já que o Fogo é igualmente essencial, ou mais ainda, no Irão ariano, onde simboliza o próprio Deus Máximo (Ahura-Mazda), tanto que os actuais sacerdotes persas até são chamados «Padres do Fogo»; e, de volta à Europa, é conhecida a importância crucial que o Fogo Sagrado tinha em Roma, pois que tanto o lar como a cidade tinham no seu centro o Fogo Sagrado, mantido e nutrido por um sacerdócio feminino excepcionalmente importante e inteiramente dedicado a tal missão, o das Vestais, sacerdotisas de Vesta, Deusa do Fogo do Lar e da Pátria. A palavra indo-europeia para dizer «Fogo» é entretanto comum a vários destes povos: na Índia ariana, origina o teónimo Agni, Deus do Fogo; entre os Eslavos, o Deus do Fogo chama-Se Ogoni; na Lituânia, o fogo chama-se «ugnis»; no Lácio, «ignis».
As tribos bálticas tinham santuários nas altas colinas e em margens de rios, onde uma chama sagrada era mantida, guardada por sacerdotes, e em cada casa ardia o fogo sagrado que nunca era extinto (exactamente como em Roma, repita-se).
Quando há mil anos os vizinhos Eslavos (Russos, Polacos) foram dominados pelo Cristianismo, os Baltas mantiveram a sua religião étnica, isto é, pagã, por mais quatrocentos anos. Durante este período, estabeleceram um poderoso Estado de grande extensão territorial. A arcaica religião indo-europeia - base das culturas grega, romana, persa, hindu, céltica, germânica... - estava ainda viva nesta área da Europa, que, coincidentemente ou não, constitui o centro geográfico da Europa (não, o centro geográfico da Europa não é a chamada «Europa Central», mas sim a Lituânia, mais precisamente a sua capital, Vilnius). É um simbolismo interessante, no mínimo. Assim, o Fogo Eterno ardia ainda no templo pagão de Vilnius, e as pessoas ainda prestavam culto a Perkunas, Deus do Trovão, bem como a arcaicas Deusas da Terra. Os Baltas sempre veneraram muito o Fogo. O Fogo era por eles tido como sagrado e eterno. Parece tratar-se aqui duma característica tipicamente indo-europeia, já que o Fogo é igualmente essencial, ou mais ainda, no Irão ariano, onde simboliza o próprio Deus Máximo (Ahura-Mazda), tanto que os actuais sacerdotes persas até são chamados «Padres do Fogo»; e, de volta à Europa, é conhecida a importância crucial que o Fogo Sagrado tinha em Roma, pois que tanto o lar como a cidade tinham no seu centro o Fogo Sagrado, mantido e nutrido por um sacerdócio feminino excepcionalmente importante e inteiramente dedicado a tal missão, o das Vestais, sacerdotisas de Vesta, Deusa do Fogo do Lar e da Pátria. A palavra indo-europeia para dizer «Fogo» é entretanto comum a vários destes povos: na Índia ariana, origina o teónimo Agni, Deus do Fogo; entre os Eslavos, o Deus do Fogo chama-Se Ogoni; na Lituânia, o fogo chama-se «ugnis»; no Lácio, «ignis».
As tribos bálticas tinham santuários nas altas colinas e em margens de rios, onde uma chama sagrada era mantida, guardada por sacerdotes, e em cada casa ardia o fogo sagrado que nunca era extinto (exactamente como em Roma, repita-se).
Símbolo de Perkons, Deus do Trovão
Símbolo de Jumis, Deus da Colheita, que tem entretanto alguma semelhança com o latino Janus
Símbolo de Auseklis, Deusa da Aurora, etimológica e funcionalmente equivalente à latina Aurora e à helénica Ausos
Naturalmente que a Cristandade não podia tolerar que tal coisa continuasse a existir, fosse em que parte do planeta fosse. Por isso, o papa ordenou cruzadas contra os pagãos do Báltico.
No século XIV, o rei balta Gediminas - penúltimo líder pagão da Lituânia - decretou que a Lituânia deveria ser uma terra de tolerância, de acordo com a antiga tradição lituana. Ficou famosa a sua proclamação a respeito disto, datada de 1324: «Que toda a gente possa adorar os seus Deuses na Lituânia.»
Sucede que Gediminas nunca se deixou baptizar. E disse: «Que me dizem sobre os cristãos? Onde é que se encontraria mais mal, injustiça, crime, imoralidade e ganância do que entre os cristãos, especialmente aqueles que se apresentam a si mesmos como monges virtuosos, por exemplo, os cruzados, mas que cometem tantos crimes...»
Esta tolerância ingénua e sincera não salvou os Baltas de serem atacados pela Cristandade armada. Nos séculos XIII e XIV, os papas de Roma canalizaram forças conjuntas de vários Estados católicos contra o Báltico, forças estas que tinham na linha da frente a Ordem Teutónica, a Ordem dos Cavaleiros da Cruz e outras Ordens de cavalaria. A resistência dos Baltas contra a agressão cristã foi dura, mas não podia conter o poder dos números, das armas e do dinheiro utilizado por várias potentados militares europeus. Milhares de pessoas morreram, e pelo menos duas culturas foram destruídas (as dos Prussianos e dos Sudovianos, Baltas Ocidentais). A Lituânia foi o único Estado europeu que resistiu longo tempo à agressão das hostes do Judeu Morto, mas, constrangida e isolada, acabou por aceitar o Cristianismo em 1387. Mesmo assim, o seu rei Mindaugas só publicamente aceitou o Cristianismo, pois que, assim que se viu livre do sufoco militar imediato, renunciou ao baptismo e regressou ao culto dos antigos Deuses dos seus ancestrais, o que levou o papa a continuar a lançar as suas hostes contra a população desta parte da Europa.
Durante duzentos anos de guerra entre a Ordem Teutónica e os Lituanos, os cronistas mostraram-se chocados ao verem como os Lituanos davam as suas próprias vidas. A Ordem Teutónica conseguiu conquistar política e militarmente vários povos do Báltico, mas nunca conseguiu exercer sobre estes o domínio espiritual. Os aldeãos prussianos mantiveram-se pagãos até serem exterminados no século XVII, depois de terem aceite oficialmente o baptismo no século XIII, quando todos os ritos e costumes pagãos foram estritamente proibidos.
A conversão da Lituânia, no dealbar do século XV, afectou sobretudo a nobreza; a população em geral, pelo contrário, manteve as tradições dos seus ancestrais e persistiu secretamente na adoração aos seus Deuses por mais alguns séculos.
Efectivamente, nos séculos XVII, XVIII e XIX, crónicas e documentos de igrejas protestantes e católicas queixaram-se da prática disseminada do paganismo lituano e do desinteresse da população pelo Cristianismo. No XIX, embora a maioria dos Lituanos fosse nominalmente cristã - baptizados na infância - preferiam celebrar as antigas festividades e tradições folclóricas, enquanto a Igreja advogou sempre a destruição dos elementos pagãos.
Vários cronistas medievais descreveram algumas das características da religião báltica: cremação, crença na reencarnação, veneração de bosques sagrados, de árvores, de campos, de águas e do fogo, crença na existência de muitos Deuses e espíritos, oferendas sacriciais e adivinhações.
A tradição folclórica do Báltico - lituana e letã - está ainda hoje repleta de heranças evidentemente pagãs. O estrato cristão é recente e facilmente separável do acervo geral de elementos tradicionais. Para estudos de religião comparada, o valor do folclore lituano e letão é tão importante como o das línguas lituana e letã para a reconstrução da «Língua-Mãe» dos Indo-Europeus (e o Lituano é a língua viva mais puramente indo-europeia do mundo). Alguns dos traços folclóricos têm provavelmente raízes na Idade do Ferro ou até na pré-história.
Ritual báltico da Romuva - o salto sobre a fogueira parece ser uma antiga tradição indo-europeia, com paralelo no folclore português, por exemplo, e talvez até na tradição hindu de andar sobre as chamas.
Actualidade
No século XIX começou a recuperação consciente da religiosidade pagã báltica.
O mais importante aspecto deste restauro foi o renovado interesse na Lituânia pelo seu folclore. A antiga religião pagã, étnica, nacional, começou a ser cada vez mais formalmente identificada como parte integral da consciência nacional lituana.
A primeira organização pagã lituana, Visuomybe, estabelecida em 1929, com centro em Romuva (antigo santuário pagão), foi desmantelada e severamente perseguida durante a ocupação soviética.
Mas nas décadas de sessenta e setenta, assistiu-se na Lituânia ao retorno do interesse pelas tradições arcaicas, sobretudo na essência pagã das mesmas. Formaram-se por isso muitos grupos folclóricos. Chegou mesmo a registar-se um retomar das actividades pagãs da Romuva, em 1967, mas em 1971 o Estado Soviético suprimiu-as. Acabaram todavia por sobreviver e começaram a ser toleradas a partir de 1988. Os activistas da Romuva eram apoiados por vários intelectuais, entre os quais a famosa historiadora Marija Gimbutas, que entretanto se estabeleceu nos EUA. A Romuva começou a organizar conferências, campos de Verão e protecção de monumentos históricos e da Natureza. Estas actividades granjearam o apoio da população lituana. O governo limitou-se a reconhecer formalmente a organização Romuva, sem todavia a financiar. Há discussões no Parlamento Lituano a respeito da possível inclusão da Romuva na categoria das religiões tradicionais. A Romuva da Lituânia abarca dez comunidades e tem vários milhares de membros. É liderada por Jonas Trinkunas, que em 2002 foi nomeado «Krivis», ou sumo-sacerdote da Romuva.
Em 1991/92, surgiram várias congregações da Romuva, não apenas na Lituânia, mais especificamente em Vilnius e em Kaunas, mas também no seio das comunidades lituanas emigradas, nomeadamente nos EUA (Chicago, Boston) e no Canadá (Toronto).
No século XIX começou a recuperação consciente da religiosidade pagã báltica.
O mais importante aspecto deste restauro foi o renovado interesse na Lituânia pelo seu folclore. A antiga religião pagã, étnica, nacional, começou a ser cada vez mais formalmente identificada como parte integral da consciência nacional lituana.
A primeira organização pagã lituana, Visuomybe, estabelecida em 1929, com centro em Romuva (antigo santuário pagão), foi desmantelada e severamente perseguida durante a ocupação soviética.
Mas nas décadas de sessenta e setenta, assistiu-se na Lituânia ao retorno do interesse pelas tradições arcaicas, sobretudo na essência pagã das mesmas. Formaram-se por isso muitos grupos folclóricos. Chegou mesmo a registar-se um retomar das actividades pagãs da Romuva, em 1967, mas em 1971 o Estado Soviético suprimiu-as. Acabaram todavia por sobreviver e começaram a ser toleradas a partir de 1988. Os activistas da Romuva eram apoiados por vários intelectuais, entre os quais a famosa historiadora Marija Gimbutas, que entretanto se estabeleceu nos EUA. A Romuva começou a organizar conferências, campos de Verão e protecção de monumentos históricos e da Natureza. Estas actividades granjearam o apoio da população lituana. O governo limitou-se a reconhecer formalmente a organização Romuva, sem todavia a financiar. Há discussões no Parlamento Lituano a respeito da possível inclusão da Romuva na categoria das religiões tradicionais. A Romuva da Lituânia abarca dez comunidades e tem vários milhares de membros. É liderada por Jonas Trinkunas, que em 2002 foi nomeado «Krivis», ou sumo-sacerdote da Romuva.
Em 1991/92, surgiram várias congregações da Romuva, não apenas na Lituânia, mais especificamente em Vilnius e em Kaunas, mas também no seio das comunidades lituanas emigradas, nomeadamente nos EUA (Chicago, Boston) e no Canadá (Toronto).
Doutrina
Grande parte do trabalho de reconstrução da Romuva baseia-se no calendário folclórico: as festividades tradicionais foram analisadas, a literatura etnográfica foi estudada, alguns aspectos foram eliminados; as explicações «tradicionais» dos feriados foram rejeitadas por estarem manchadas de Cristianismo; e, preenchendo o vazio deixado, averiguou-se que alguns dos dias santos eram realmente consagrados a Deuses antigos. O estudo do rico e vasto repertório de canções sagradas (dainos) desempenha um papel preponderante neste Renascimento Sacro, bem como a busca pela Harmonia (Darna), o que, note-se, tem bom paralelismo com a Pax Deorum (Paz dos Deuses, isto é, harmonia entre os homens e as Divindades, objectivo principal do ritual romano). Ao cantar as dainos, os romuvianos acreditam que as suas almas são purificadas e as mentes inquietas são tranquilizadas e «fixadas». As canções também expressam e fazem sentir a re-ligação ao Cosmos e devolvem ao homem a Liberdade. Por essas e por outras é que a KGB tanto odiava estas canções folclóricas.
Grande parte do trabalho de reconstrução da Romuva baseia-se no calendário folclórico: as festividades tradicionais foram analisadas, a literatura etnográfica foi estudada, alguns aspectos foram eliminados; as explicações «tradicionais» dos feriados foram rejeitadas por estarem manchadas de Cristianismo; e, preenchendo o vazio deixado, averiguou-se que alguns dos dias santos eram realmente consagrados a Deuses antigos. O estudo do rico e vasto repertório de canções sagradas (dainos) desempenha um papel preponderante neste Renascimento Sacro, bem como a busca pela Harmonia (Darna), o que, note-se, tem bom paralelismo com a Pax Deorum (Paz dos Deuses, isto é, harmonia entre os homens e as Divindades, objectivo principal do ritual romano). Ao cantar as dainos, os romuvianos acreditam que as suas almas são purificadas e as mentes inquietas são tranquilizadas e «fixadas». As canções também expressam e fazem sentir a re-ligação ao Cosmos e devolvem ao homem a Liberdade. Por essas e por outras é que a KGB tanto odiava estas canções folclóricas.
A realização espiritual é também alcançada por meditação na Natureza. Afirma a Romuva que o homem é posto na Terra para aprovar o mundo, não para o rejeitar, por isso a espiritualidade é encontrada na vida activa e na participação espiritual, com especial destaque para a ética (Dora).
A Romuva presta culto a uma realidade suprema, que inclui o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, a família e a tribo, incluindo todos os ancestrais, toda a Natureza e todo o Universo. Proclama que não há inferno eterno, nem danação, nem salvação eterna - apenas a continuidade da vida na presença da Divindade. Aceita todos os caminhos espirituais genuínos. Cada alma é livre de procurar o seu próprio caminho, seja por devoção, por meditação ou por serviço à sociedade. Os festivais, as peregrinações, a entoação dos hinos sagrados (dainas) e o culto caseiro são práticas altamente valorizadas.
A Romuva ensina também a reverência por todas as formas de vida.
Uma característica central desta Fé é o Fogo Sagrado que, alimentado em todo e cada lar.
Esta religião entende que os diferentes pares da Natureza, tais como luz-trevas, fogo-água, homem-mulher, não implicam necessariamente uma relação de bem-mal. Os pares opostos não são estáticos. Pelo contrário, além de interagirem, também mudam e crescem. Não há Deuses absolutamente bons ou absolutamente maus. O Bem nasce da interacção de forças diferentes mas não hostis, com a interacção do homem. O Mal, ou Blogis, é a queda da harmonia, ou quebra da Darna. A Darna não é inalterável, porquanto depende dos esforços do homem e dos seus Deuses. O conceito báltico de Darna é similar ao hindu de Dharma.
A professora Eugenija Shimkunaite explicou em 1970 o significado desta restauração: «Quando o mundo entra numa situação crítica, é tempo de procurar as nossas raízes. Não houve grandes mudanças culturais na Lituânia, não houve grandes invasões. Estes dados, lembrados por nós, irão um dia provar-se úteis na reconstrução dum mundo saudável. Somos o povo mais europeu de todos (como a Ciência confirma). Olhemos para nós próprios, para a nossa sacralidade. Muitas coisas são sagradas para nós: os lagos, os rios, os dias, etc.. Nem a servidão nos conseguiu quebrar.» Estas palavras galvanizaram os romuvianos e muitos outros folcloristas da época - e, acrescento eu, são susceptíveis de inspirar todos os bons pagãos europeus.
A Romuva presta culto a uma realidade suprema, que inclui o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, a família e a tribo, incluindo todos os ancestrais, toda a Natureza e todo o Universo. Proclama que não há inferno eterno, nem danação, nem salvação eterna - apenas a continuidade da vida na presença da Divindade. Aceita todos os caminhos espirituais genuínos. Cada alma é livre de procurar o seu próprio caminho, seja por devoção, por meditação ou por serviço à sociedade. Os festivais, as peregrinações, a entoação dos hinos sagrados (dainas) e o culto caseiro são práticas altamente valorizadas.
A Romuva ensina também a reverência por todas as formas de vida.
Uma característica central desta Fé é o Fogo Sagrado que, alimentado em todo e cada lar.
Esta religião entende que os diferentes pares da Natureza, tais como luz-trevas, fogo-água, homem-mulher, não implicam necessariamente uma relação de bem-mal. Os pares opostos não são estáticos. Pelo contrário, além de interagirem, também mudam e crescem. Não há Deuses absolutamente bons ou absolutamente maus. O Bem nasce da interacção de forças diferentes mas não hostis, com a interacção do homem. O Mal, ou Blogis, é a queda da harmonia, ou quebra da Darna. A Darna não é inalterável, porquanto depende dos esforços do homem e dos seus Deuses. O conceito báltico de Darna é similar ao hindu de Dharma.
A professora Eugenija Shimkunaite explicou em 1970 o significado desta restauração: «Quando o mundo entra numa situação crítica, é tempo de procurar as nossas raízes. Não houve grandes mudanças culturais na Lituânia, não houve grandes invasões. Estes dados, lembrados por nós, irão um dia provar-se úteis na reconstrução dum mundo saudável. Somos o povo mais europeu de todos (como a Ciência confirma). Olhemos para nós próprios, para a nossa sacralidade. Muitas coisas são sagradas para nós: os lagos, os rios, os dias, etc.. Nem a servidão nos conseguiu quebrar.» Estas palavras galvanizaram os romuvianos e muitos outros folcloristas da época - e, acrescento eu, são susceptíveis de inspirar todos os bons pagãos europeus.
Lançar uma semente para o futuro
Etiquetas: Baltas, Religião, Resistência Pagã
10 Comments:
O que é feito do pnr ???
Pelo que soube,muitos ex-militantes do quase extinto pnr, estão-se a virar para o partido do Mestiço Castro o B.D.N., e para o partido da Susana Barbosa o P.L.
Então não era para o PND? Ou esse também já está extinto?
Mas o PNR está quase extinto porquê?
Ja saiu o filme do gajo.
http://www.liveleak.com/view?i=7d9_1206624103
Agora é o P.L., que está na moda.
PNR está na penumbra, já nem a sede abre e nem o Pinto Coelho quer saber desse partido sombrio cheio de deliquêntes nazi-skin,e cagões de cemitérios.
O Pinto Coelho anda tão calado. Ó homem não deixe morrer o partido!
http://suckandsmile.blogspot.com/2008/03/depois-da-banca-pt-zeimal-bava.html
Fica registado, cara Sónia...
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