LÍDER DA IGREJA CRISTÃ INGLESA DIZ QUE A LEI DA CHÁRIA É «INEVITÁVEL»

O Arcebispo de Cantuária, que é o principal líder da Igreja de Inglaterra, proferiu ontem um discurso no qual afirma que a lei da chária (lei islâmica) terá mais tarde ou mais cedo de ser aceite no Reino Unido.

Afirma ele, o Dr. Rowan Williams, que a adopção de certos aspectos da chária no país «parece inevitável». Declara que a Inglaterra tem de encarar o facto de que alguns dos seus cidadãos não se relacionam com o sistema legal britânico. E, portanto, adoptar partes da lei islâmica irá ajudar a manter a coesão social.

Diz até que «os muçulmanos não devem ter de escolher entre as duras alternativas da lealdade cultural ou da lealdade estatal», o que, note-se, pretende precisamente iludir a grande objecção que John Locke pôs à permissão da existência de religiões cuja natureza fosse hostil à Nação. O Dr. Williams pura e simplesmente quer fazer de conta que esse risco não existe, que é, como está na moda dizer-se, «uma falsa questão».

Ou seja, mais uma aplicação do mandamento cristão de dar a outra face, mas desta vez em versão avestruz, a de fazer-se de novas, a de «deslocar a questão» para outro ponto...

O vigário inglês chegou mesmo ao ponto de dizer que «a abordagem legal que diz simplesmente que há uma só lei para toda a gente, penso que é um pouco perigosa.»
Ou seja, agora um dos princípios básicos da Democracia Ocidental é algo «perigoso», diz um dos líderes cristãos mais relevantes da Europa. Agora é preciso criar «excepções» para quem tem uma certa religião, como se um massa crescente de alienígenas tivesse o direito de estar acima ou à margem da Lei. O que tem mais graça é que, se estes alienígenas aumentarem suficientemente em número para tomar todo o país, a lei que o Arcebispo de Cantuária quer que lhes seja aplicada, acabará por ser generalizadamente imposta aos Britânicos, e nessa altura haverá uma só lei para todos, lei essa que implicará a sujeição dele próprio, clérigo cristão, e de todos os outros não muslos.

O mais grave é que Williams até sabe que o que propõe viola um dos princípios da vivência europeia, mas tenta dourar a pílula de maneira a que a coluna vertebral inglesa se dobre «por inteligência e sensibilidade»: com efeito, afirma que «o princípio de que há apenas uma lei para toda a gente, é um importante pilar da nossa identidade social como democracia ocidental. Mas penso que é um erro supôr que isso significa que as pessoas não têm outras afinidades, outras lealdades que enformam e ditam o seu comportamento perante a sociedade e a lei precisa de levar isto em conta.»

O governo britânico fez já saber que rejeita por completo tal ideia.

Por enquanto...

A atitude deste arauto do Judeu Morto é mais um testemunho de que existe realmente uma «claque» pró-islâmica, dimiesca, no seio da Cristandade ocidental, o que bem se coaduna com o apelo cristão a dar a outra face ao oponente (a carta aberta dos intelectuais cristãos ao mundo islâmico foi disto clara demonstração), para além de derivar de uma simpatia que certa beatagem tem pelo fanatismo muçulmano, do qual invejam a firmeza e a pujança, visto que queriam poder fazer o mesmo no Ocidente que os muslos fazem na Arábia Saudita e afins. A vitória da Liberdade de pensamento e de expressão no mundo ocidental constituiu uma magna derrota para esta gente, motivo pelo qual se sente de certo modo vingada pelo crescente poder e agressividade das hostes de Mafoma, até porque, ao fim ao cabo, o Islão é um irmãozinho mais novo do Cristianismo, como disse certo papa, e a mentalidade totalitária e repressora da liberdade individual é comum aos dois credos semitas universalistas. O Cristianismo no Ocidente é agora, mais do que nunca, um cavalo de Tróia por demais evidente.