POLITIQUICE CORRECTA TRAVA LIBERDADE RELIGIOSA EM PRISÃO NORTE-AMERICANA

O Valknut, ou Laço dos Caídos (Mortos), símbolo da ligação honrosa e além túmulo entre os homens e Odin, Senhor da Sabedoria e Rei dos Deuses

Divulga-se aqui um comunicado e um apelo da secção norte-americana de uma organização gentia inglesa, o Odinic Rite ou «Rito Odínico», em prol da liberdade religiosa numa prisão dos EUA.

Sucede que num estabelecimento prisional do Michigan, os gentios germanistas (doravante denominados «asatruars», isto é, fiéis do Asatru, «Lealdade aos Ases», adoração dos Deuses do Norte Germânico) não estão autorizados a prestar culto em grupo, tendo de se limitar a práticas religiosas individuais.

Uma carta redigida pelo capelão da prisão em 2005 é especialmente significativa quanto às motivações desta interdição:
«Talvez como resultado de uma decisão do Supremo Tribunal (…) recebemos uma série de requerimentos para instalar serviços religiosos colectivos para grupos aos quais tinham sido negados privilégios relativos a encontros em grupo.
Também vieram requerimentos da Wicca e do Asatru. O Asatru é por vezes denominado Odinismo.
Estes dois grupos são largamente aceites pelas Forças Armadas dos Estados Unidos e pela Agência Federal das Prisões.
Em 1966, o Departamento decidiu não aceitar estes grupos religiosos com serviços de grupo. Acreditava-se que haveria uma reacção da parte do público/média contra o facto de o departamento estar a aceitar bruxas e/ou que estes grupos religiosos demoníacos poderiam ser prejudiciais. Aprovámos a propriedade religiosa para grupos, mas dissemos que teriam de prestar culto individualmente.
Foi reconhecido em 1996 que seríamos derrotados em tribunal se nos fosse requerida a integração de serviços colectivos. Apesar de alguns casos terem surgido, o Departamento persistiu na sua posição de permitir apenas o culto solitário mas não em grupo.
Enquanto a Wicca tem raízes nas Ilhas Britânicas, o Asatru vem da Escandinávia. Embora não seja um credo racista em si, as suas origens escandinavas fazem com que seja visto como uma religião «de brancos». Presidiários que se inclinam para a ideologia supremacista branca identificam-se frequentemente com esta fé.
Há presidiários a requerer serviços colectivos para estes credos, esperando (…) vencer em tribunal. Recomendo que continuemos na nossa posição anterior: isto é, aprovação da posse de itens religiosos e permissão de culto individual.
Conseguimos viver neste estado de coisas durante muitos anos.
Obteríamos uma reacção negativa do público, dos média e provavelmente da legislatura se começássemos a aceitar serviços colectivos.
Não estou ao corrente de qualquer apoio comunitário ao Asatru.»

Para contrariar esta última afirmação, há já uma petição online para que se respeitem os direitos religiosos dos asatruars da prisão de Michigan.

Já agora, fica aqui uma ligação para um grupo asatruar português: Asatru Portugal